Archive for the ‘Notícias’ Category

Manchete de hoje sobre o Chile

terça-feira, março 2nd, 2010

MEGATERREMOTO

Número de mortos no Chile chega a 723

A região mais atingida foi Maule, com 544 mortos e 4 desaparecidos

Fernanda França

O terremoto de 8,8 de magnitude que atingiu o Chile às 3h34 de sábado já tem um saldo parcial de 723 mortos e 19 desaparecidos. A última informação foi divulgada pela Onemi (Oficina Nacional de Emergência) do Chile pelo jornal chileno La Tercera. O periódico do país informou que a região mais atingida foi Maule, com um total de 544 mortos e quatro desaparecidos. A imprensa local chama o ocorrido de megaterremoto.

A região de Valparaíso registra 16 mortos e oito desaparecidos, a região Metropolitana está com 38 mortos e cinco desaparecidos, em O’Higgins são 48 mortos e dois desaparecidos, Bío Bío contabiliza 64 mortos e Araucanía 13 mortos. O epicentro do tremor foi localizado no mar, a 35 km de profundidade, em Maule, a 99 km da cidade de Talca. Este foi considerado o quinto maior terremoto da história, com cerca de um minuto de duração. O tremor atingiu até mesmo a capital, Santiago, a 325 km de distância.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, decretou estado de catástrofe nas regiões de Maule e Bío Bío. O sismo e os tsunamis provocados pelo terremoto afetaram mais de 2 milhões de pessoas e cerca de 1,5 milhão de casas foram atingidas. O governo brasileiro anunciou na tarde de ontem que irá enviar um hospital de campanha da Marinha ao Chile para ajudar as vítimas do terremoto, além de equipes de busca e aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira). Há cerca de 600 brasileiros no país.

Ontem a comunicação em Santiago voltava à normalidade, embora alguns setores ainda estivessem sem eletricidade. Nas cidades de Maule e Bío Bío, segundo o jornal La Tercera, a situação é muito mais complicada devido ao nível de destruição. Os trens metropolitanos iniciaram viagens que seriam realizadas até as 22h00 da capital para o norte do país.

Concepción teve o primeiro toque de recolher na noite de domingo, decretado pelas autoridades após saques a lojas e supermercados. Na área costeira da mesma cidade, um tsunami posterior ao terremoto provocou danos, assim como em Talcahuano e Penco. A região de Maule teve um novo terremoto na manhã de domingo com magnitude 6,1, a 184 km ao sul de Santiago. No final da tarde de ontem, um pequeno avião que ia prestar ajuda em Concepción caiu com seis pessoas. Até a tarde de ontem as causas eram desconhecidas.

REDES SOCIAIS

Nas regiões em que há comunicação pela internet, moradores informam pelas redes sociais a situação de cidades após o terremoto. No Twitter, as informações vão desde como ajudar o país até dicas para as pessoas que estão no Chile, como desbloquear a senha da internet wi-fi para que outras pessoas possam usar para se comunicar nesse período em que a comunicação ainda não foi restabelecida. No Facebook, são dadas informações de jornais, rádios e há pedidos de informação sobre parentes e amigos desaparecidos.

(mais…)

Como foi o seu Carnaval?

terça-feira, fevereiro 16th, 2010

Parte do meu foi assim:

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TRABALHANDO, viu, garotada? Cobrindo o Carnaval na avenida. Parte ruim: eu estava muito, muito mal da gripe. Parte boa: demos risada e nos divertimos. Agradecimentos ao Má, ao fotógrafo Fabrício Leme de Morais e à jornalista Karina, repórter da Nova Onda FM. Sem eles, a noite não teria sido como foi. Obrigada, pessoal! :-)

Mas o que eu gostei de ver mesmo foi a comissão de frente da Unidos da Tijuca. O que foi aquilo? O máximo! Mesmo se você não gosta de Carnaval, assista. Adorei.

E como foi seu Carnaval?

Alegrias,

Fernanda.

Parabéns aos jornalistas!

sexta-feira, janeiro 29th, 2010

Hoje é dia do jornalista. Óquei, você pode contestar, na internet há diferentes datas para essa comemoração, mas aqui no jornal em que trabalho lembramos hoje. E quero uma salva de palmas para todos os jornalistas! (coro: eeee!!!!) :lol:

Eu sou jornalista formada há mais de nove anos (cof cof, isso denuncia idade? não, né?) e trabalho na área há mais de 12 anos (eu estava na faculdade e tals). Adoro, adoro mesmo, o que eu faço. Não gosto de jornalista urubu, de programa/jornal abutre, de notícia ruim blábláblá. Ah, mas elas existem? Existem. E temos de informar. Mas não suporto quem se alimenta de coisa ruim.

Apesar dos pesares, o jornalista tem um peso na sociedade que talvez a prórpia sociedade não reconheça e que, certamente, o mercado não reconhece. Somos formadores de opinião, informamos, esclarecemos, ensinamos por meio de nossos entrevistados. E a profissão é mal vista, mal remunerada e nem mesmo é reconhecida hoje em dia. Dá uma tristeza enorme saber que sua profissão não é mais reconhecida, sabe? Que está essa zona no Ministério do Trabalho, essa história de diploma que já me cansou a beleza que nunca tive. Bah.

De qualquer forma, embora tenha se tornado um post-desabafo, meus parabéns aos jornalistas do Brasil. E a mim, que estudei, batalhei e trabalhei para ser uma profissional honesta. Disso eu me orgulho :-)

Alegrias,

Fernanda.

Adestramento de animais

quinta-feira, janeiro 21st, 2010

Na terça-feira eu fiz uma entrevista que durou cerca de duas horas e foi muito, muito bacana. Eu adoro entrevistar pessoas, conhecer assuntos e depois escrever sobre eles. É a melhor parte do meu trabalho, entrevistar gente legal e aprender. O assunto era adestramento e treinamento de cães (principalmente) e de gatos (acreditem!).

O fotógrafo Fabrício Leme de Morais registrou a minha cara feliz enquanto eu acarinhava os cães Joe e Vicky – e pedia a patinha. Lindos! O trabalho do adestrador Andrey é muito bacana, é um verdadeiro encantador de cães da região. A matéria só sai em fevereiro, mas as fotos da minha felicidade estão aqui.

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Alegrias,

Fernanda.

Matéria com animais

sexta-feira, dezembro 11th, 2009

Eu sou louca por animais. Todos. Exceto barata e rato (e outros amigos do submundo) que, digamos assim, não considero como amigos. Mas à parte das exceções, quer me ver feliz é me colocar perto dos bichos. Hoje fui fazer uma matéria em um parque da cidade, que infelizmente está abandonado, para saber os projetos da Secretaria de Meio Ambiente para revitalizá-lo. Espero que dê certo, porque vai ficar lindo.

E lá eu não resisti e tirei algumas fotos dos animais. Tão lindos. E pensei logo em vocês, claro. Aqui estão.

Alegrias,

Fernanda.

Dia Mundial de Luta contra a Aids

terça-feira, dezembro 1st, 2009

É hoje! Dia Mundial de Luta contra a Aids. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. E aí, vamos divulgar?

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1º DE DEZEMBRO

Combate a preconceito é tema de Dia Mundial de Luta contra a Aids

Rede atende gratuitamente portadores de HIV/Aids

Fernanda França

Aperto de mão, beijo na boca, abraço e compartilhamento de utensílios não são comportamentos que transmitem Aids. Mas o preconceito ainda existe e é tema deste ano para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado no dia 1º de dezembro. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. Com a entrada dos antirretrovirais, a qualidade de vida do paciente é muito maior e a Aids passa de doença fatal a doença crônica.

“O preconceito ainda existe. Não se pega Aids sentando na mesma cadeira, usando a mesma piscina ou pelo beijo. A doença é transmitida pelo sangue, sexo e de mãe para filho”, explicou a enfermeira do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida. Por isso o preservativo é tão importante no combate à doença, seringas nunca devem ser compartilhadas e as grávidas portadoras de HIV devem ter acompanhamento médico.

“Os antirretrovirais entram em 1997 e mudam a vida dos pacientes, que passam a ficar vivos. Com o diagnóstico precoce, pode-se dar mais qualidade de vida ao paciente. A partir de 2000 entram os tratamentos para gestantes portadoras de HIV”, contou Clara. Os medicamentos antirretrovirais inibem a reprodução do HIV no sangue. O tratamento também é conhecido como coquetel.

O coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 2000, em torno de 6 óbitos por 100 mil habitantes. Nos últimos oito anos, as mortes por Aids em homens caem e em mulheres mantêm-se estáveis. Em Mogi Guaçu, até 1998 o número de mortes sempre superava o registro de pacientes vivos com a doença. A partir de 1999, os casos passam a ser equivalentes e em seguida aumentam consideravelmente os registros de pacientes vivos.

Em 1991, por exemplo, eram 10 pacientes e nove morreram. Em 1993, dos 15 portadores de HIV, apenas dois sobreviveram. Em 2002, eram 34 infectados e 26 permaneceram vivos. Em 2007, dos 40 pacientes, 33 continuaram o tratamento. Em 2008 foram apenas quatro mortes e em 2009 duas.

TRATAMENTO

Todo o tratamento para pacientes de Aids é gratuito no Brasil, que é considerado o país mais avançado do mundo na distribuição de medicamentos para portadores de HIV. Em Mogi Guaçu, todos os anos o Ministério da Saúde investe R$ 75 mil para compra de material com contrapartida de R$ 25 mil da Prefeitura Municipal. Os medicamentos são fornecidos pelo Governo Federal e custam cerca de R$ 3 mil por mês por paciente, além dos gastos com os laboratórios em que são feitos os exames, cerca de R$ 1,2 mil por paciente por ano. A Prefeitura investe R$ 80 mil com Recursos Humanos por ano na área de HIV/Aids.

E aí, mulheres?

quarta-feira, novembro 25th, 2009

Assisti ao documentário “Indústria do Orgasmo” na GNT e quis anotar os pontos para passar para vocês, mas no fim das contas não deu tempo. Em resumo: tratava de medicamentos para mulheres e homens e falava de tratamentos com remédios e de problemas que nem seriam problemas (afinal, não existe um certo ou errado no sexo) e de mulheres que buscam vaginoplastia, uma cirurgia plástica na vagina.

Eu quero discutir algumas questões com vocês.

- Todos os problemas da sexualidade feminina se tratam com remédio? As indústrias farmacêuticas têm interesse em divulgar seus feitos, mas e a parcela do relacionamento, onde fica?

- Existe um normal para relacionamento sexual? Tantas vezes por dia, tantas vezes por semana, tantas vezes por mês? Por favor! Existe o que satisfaz você e seu parceiro. Existe isso, ser feliz.

- Há “tratamentos” como a implantação de um aparelho na coluna da mulher, operado com controle remoto, para ela sentir orgasmo quando desejar – e a balança do documentário aponta que os perigos podem ser desde dores até a mulher não andar mais, enquanto os benefícios são desconhecidos. Será que não estamos indo além do limite?

- Muitos problemas devem ser tratados, sim. Existem mulheres e homens que precisam de atenção médica, sim. E essas pessoas devem buscar auxílio, sim. Mas não é delas que estamos falando aqui.

- No documentário, uma afirmação me deixou pensativa. “Qualquer cirurgia desnecessária na região genital é uma mutilação”. Tantos povos ainda lutam para combater a mutilação feminina e a mulher, por livre e espontânea vontade, quer mudar porque… é “feia”, é “grande”, é “pequena”. Digam: quem disse isso? As revistas, a moda, a mídia disseram que a mulher tem que seguir um padrão de beleza em todos os sentidos? E você acreditou que para ser feliz é assim que funciona? Não é, não. Ou daqui a pouco seremos todas robôs – e robôs clones.

Eu acabei de assistir ao documentário e por isso estou tão pensativa. Acho que para sermos felizes precisamos fechar os olhos e tapar os ouvidos para um tanto de besteiras que vemos por aí. Não existe felicidade padronizada e beleza não é igual para todas. O conceito de ser bonita vai muito além do que você vê em revistas. E ser uma mulher “saudável” depende do seu conceito. E de mais ninguém. Você é feliz? Só isso importa. Vai por mim. Só isso.

Alegrias,

Fernanda.

Resgate de cão mobiliza moradores

quarta-feira, novembro 11th, 2009

Ser repórter, em alguns dias, me enche de orgulho. Hoje fomos a um chamado de moradores e conhecemos a história de um cãozinho que estava preso desde domingo num bueiro e não conseguia sair. Chegando ao local, chamei os Bombeiros (eles já tinham sido acionados), mas ficamos esperando. Acompanhei o resgate do cãozinho e não resisti: tirei fotos. Foi tão emocionante! Abaixo, as fotos e a matéria com a história do cachorrinho para vocês conhecerem.

Infelizmente, o restante do dia não foi tão feliz (e também um caso relacionado a animais). Mas isso eu conto amanhã. Hoje vamos ficar com a felicidade de Rei.

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PRESO NO BUEIRO

Resgate de cão mobiliza moradores

 

Fernanda França

Um cachorro malhado foi a atração da rua Guarani, no Jardim Igaçaba (Zona Oeste) na tarde de ontem. Desde domingo, Rei, que também é chamado de Paraná pelos moradores do bairro, estava preso dentro de um dos bueiros. O latido e o choro podiam ser ouvidos, mas o animal não saía e ninguém conseguia tirá-lo. Na tarde de ontem, o Corpo de Bombeiros fez o resgate por volta das 18h30, depois de quebrar o asfalto para retirar Rei.

Com uma platéia de moradores e auxílio do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), os bombeiros utilizaram uma retroescavadeira e quebraram o solo até alcançar a caixa de contenção em que o cachorro estava preso. O famoso Rei saiu com aplausos e já ganhou uma casa definitiva. Antes do acidente, o animal, que havia sido abandonado no bairro, estava sendo cuidado por um dos moradores.

A confusão começou no domingo por volta das 15h00, quando vizinhos começaram a ouvir latidos vindo do bueiro. Tentaram retirar o cachorro, mas não conseguiram. Resolveram chamar o Corpo de Bombeiros, que foi à rua pela primeira vez. “Não consegui dormir de domingo para segunda-feira porque o cachorro chorava, coitadinho. Tentamos de tudo e não resolveu”, lembrou a cozinheira Eva dos Santos, que mora em frente ao bueiro.

A ajudante de produção Márcia Maria da Silva Eleutério contou que na segunda-feira chamou o Samae, que não conseguiu fazer o resgate. “E o cachorro estava sempre chorando, desde domingo. Eu passei o dia inteiro no trabalho só pensando nele”, disse Márcia. Ela imaginava que poderia ser o animal que estava sendo cuidado por seu irmão. Na tarde de ontem, os moradores telefonaram para o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) por volta das 15h00 e novamente para os Bombeiros às 17h30.

O Corpo de Bombeiros foi ao local mais uma vez e quando retornou já estava acompanhado por membros do Samae. O solo foi perfurado até chegar à caixa de contenção e por volta das 18h30 o cachorro foi resgatado. Rei e os bombeiros foram aplaudidos pelos moradores que acompanharam todo o processo. O animal foi identificado por Márcia e levado para comer e tomar um banho. Depois da aventura, Rei ganhou uma família.

Queda para comemorar

segunda-feira, novembro 9th, 2009

Símbolo maior da Guerra Fria, o Muro de Berlim foi construído em 1961 e dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da Alemanha – que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética – e a República Federal da Alemanha -conduzida sob o regime capitalista. Depois da derrocada dos regimes socialistas, ele foi derrubado em 9 de novembro de 1989.

(Fonte: UOL Educação)

Definitivamente, uma queda para ser comemorada!

Aqui está a reportagem do Jornal Nacional com o Sérgio Chapelin sobre a queda do muro, em 1989. Eu era pequena, mas me lembro. E vocês?

 

Rio 2016

terça-feira, outubro 13th, 2009

Um pouco atrasada, mas quero saber o que vocês pensam sobre as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016. Para descontrair…

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Via Marcelo Rubens Paiva.

Alegrias,

Fernanda.

Tenha pelo menos um amigo

segunda-feira, outubro 5th, 2009

Lendo uma matéria de 2006 da revista Superinteressante, que eu adoro, vi um tópico que quero discutir com vocês. Em resoluções que podem fazer sua vida melhor, foram feitas propostas e entre elas: tenha pelo menos um amigo.

A amizade libera substâncias hormonais no cérebro que favorecem a alegria de viver e o bem-estar. Segundo o psicanalista Contardo Calligaris, o único jeito de ultrapassar a barreira da solidão é justamente tendo pelo menos um amigo e um amor. “Não se consegue uma amizade sem generosidade”, afirma o psiquiatra. Para termos pelo menos um amigo, diz ele, precisamos nos livrar daquilo que ele chama de “avareza de si mesmo”. Trocando em miúdos: doar-se, estar disponível, saber trocar. E, principalmente, olhar além do próprio umbigo.

Você tem pelo menos um amigo? Parece uma pergunta boba, de resposta simples, mas não é. Estou falando de amigo mesmo, que dá e recebe, que troca, que incentiva, que é sincero. Porque a coisa mais fácil do mundo é encontrar companheiros de balada, de cervejada, de churrascada. Complicado mesmo é poder desabafar e ser você mesmo, ora ajudando, ora sendo ajudado. E aí, pensou melhor? Diminuíram as opções?

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As pessoas têm a tendência natural de buscarem atenção. Se estiverem com um problema, procuram um amigo. Mas aí o problema se repete, o problema muda, o problema cresce e a pessoa hipotética (mas verdadeira) continua sendo o centro das atenções. Ela acredita tão piamente que seu problema é maior do que o dos outros que se esquece que os outros também querem ser ouvidos. Que as pessoas que a ouviram também têm seus dias ruins. E quando essas pessoas somem, ela ainda se sente injustiçada.

Livrar-se do umbiguismo é tarefa difícil. Ouvir é uma das mais raras qualidades encontradas hoje em dia. Ouvir e ler, porque nesses tempos modernos, a internet é, sim, uma grande ferramenta de aproximação entre amigos.

Ouvir e ler parece fácil, mas não é. Experimente lembrar de quantas vezes você parou para ouvir alguém que precisava nesta semana. E calcule, assim por alto, quantas vezes requisitou o ouvido de alguém para suas lamúrias.

É claro que um dia você requisita, em outro você doa. O problema mora em quem não sabe alternar esses dois verbos. Porque amizade é uma via de mão dupla e se você trafega somente em um sentido, pode ter o outro interditado.

Se conseguir ter um amigo, somente um, pelo menos um, que seja exatamente o que dissemos aqui, então você tirou a sorte grande (e seu amigo também). E, certamente, a vida de vocês é mais feliz do que se não tivessem um ao outro.

Alegrias,

Fernanda.

Acabooou… A-ca-bou!

sexta-feira, junho 19th, 2009

Muito bem, o assunto já foi tratado pelos grandes veículos de comunicação, eu já estive irritada a ponto de não conseguir escrever, mas acho que tenho de voltar a falar sobre o tema no meu blog. Agora o diploma de jornalismo não vale mais nada, minha gente. Sua obrigatoriedade não é mais válida. Já falei sobre isso aqui neste link, mas há mais para acrescentar.

Primeiro, exigir um diploma não significa tirar a liberdade de expressão de ninguém. De onde tiraram essa ideia absurda? Qualquer pessoa pode escrever artigos e mandar para jornais, não existe nada que impeça isso.

Segundo, a profissão de jornalismo era regulamentada, o que exigia o cumprimento de obrigações como piso salarial e demais benefícios para o profissional. E agora? E agora eu não sei, camaradas. Não existe mais uma profissão regulamentada. E, claro, qualquer um pode ser jornalista.

Terceiro, se qualquer um pode ser jornalista, vocês acham MESMO que a qualidade da informação está assegurada? Jornalismo é profissão séria, nós lidamos com informação, somos formadores de opinião, o quarto poder. Que poder?

Quarto, é claro que faculdade não faz um bom profissional, mas quem disse que faculdade alguma forma um bom profissional? Nem medicina garante a formação de bons médicos! Um bom profissional, em qualquer área, precisa de muito mais: de experiência, de ética, de dedicação. Mas, convenhamos, faculdade é o mínimo, é a base. Em jornalismo não aprendemos somente a escrever (e nem aprendemos a escrever, porque, na boa, ou você nasce pra isso ou não nasce), aprendemos a postura, a ética, as regras para a profissão.

Quinto, e muito sinceramente, como diz minha amiga Cláudia, jornalismo é sacerdócio. Porque antes dessa ação ridícula do STF, a profissão já estava mal remunerada. Você trabalha muito (MUITO com caixa alta, povo) e ganha POUCO (bota pouco nisso), sendo que a responsabilidade é imensa. Agora que a profissão nem é mais regulamentada, que não existe uma base, um mínimo, o que vamos exigir? E, mais para frente, o que vocês, população, vão exigir de um profissional que nem profissional é?

Só para finalizar, eu acho um bocado interessante que os ministros, no fundo, no fundo, não queiram mesmo que a informação tenha qualidade. Só falta tirarem diploma de professor agora.

Entendam como quiserem.

Hoje, infelizmente, é sem alegria.
Fernanda.

PS: Para quem não sabe do que estou falando, abaixo texto da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas). Vale ler também porque a explicação deles é beeeeem melhor do que a minha – que eu admito, é totalmente emocional.

Perplexos e indignados, os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira.

Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

Meu primeiro vídeo

quarta-feira, maio 27th, 2009

Trabalho final do curso de Jornalismo 2.0 do Knight Center for Journalism in Americas da Universidade de Austin, no Texas: um documentário jornalístico para web. Então vocês poderão assistir ao meu primeiro vídeo, minha primeira edição, minha estreia nesse mundo. Espero que gostem!


 

Alegrias,
Fernanda.

Minha voz

terça-feira, maio 26th, 2009

Querem ouvir a minha voz? Quem prometer não rir e se comportar, porque lá é lugar de pessoa séria que estuda, viu, então pode ir, que a tia deixa. É um exercício de podcast para o curso que estou fazendo. O registro de tudo está neste site. E falar sem ler é tão difícil, ai ai ai. Medo da minha voz. Medo.

Alegrias,
Fernanda.

Alcoolismo – para refletir

terça-feira, abril 7th, 2009

Recentemente fiz uma matéria especial sobre o alcoolismo que pode ser lida aqui. Eu gosto muito de escrever sobre temas que possam auxiliar as pessoas a refletirem sobre a condição humana, que sejam capazes de fazer os leitores pensarem sobre o quanto o preconceito não leva a nada, que sejam fonte de informação para a solidariedade ou a ajuda ao próximo ou animais e, também, adoro escrever temas relacionados à saúde.

Nesse caso, apresento o alcoolismo e em uma das matérias da página há a entrevista com dois dependentes que fazem tratamento e estão abstêmios. Exemplos de que é possível! Um pouco antes de a entrevista acabar, um deles me entregou um papel que escreveu com uma poesia para mim. E esses pequenos gestos me emocionam na carreira. De verdade.

Você é uma jornalista
Que entrevista bem pra valer
E nós amamos falar com você
Que Deus a abençoe
Por cada sol que neste mundo nascer

Por Waldeci

Alegrias a todos,
Fernanda.