Archive for the ‘Cinema’ Category

Lua Nova por uma leiga

terça-feira, dezembro 29th, 2009

Então as meninas e as não-tão-meninas estão apaixonadas pelo Edward há tempos, que eu sei. Leem os livros, devoram as páginas, suspiram pelo vampirão e lotam os cinemas. Mas eu não li nenhum dos livros, embora (como sempre digo) já admiro a escritora, mesmo sem nunca ter lido, porque fazer o povo ler é uma vitória. Ela deve ser boa mesmo. Mas não li e fui ao cinema ver Crepúsculo e agora Lua Nova.

_29122009_luanovaO melhor mesmo foram os comentários. Ele: “Esse vampirinho não tem pegada, né?”. E eu “O lobinho é bem mais hómi, né?”. Depois: “Mas pensou ter que virar vampira pra só depois descobrir que o vampirinho não dá conta do recado? E ser condenada a ficar com ele para sempre?”. E daí pra pior.

À parte das piadas e do fato que, sim, acho que o lobisomem é mais fortuço e garanhão que o branquelo dentucinho, há algumas coisas que incomodam a mim, espectadora que não conhece a história. Sabem? Aquela coisa de que um dos lobinhos machucou a namorada, por exemplo. Ficou furiosinho e destruiu o rosto dela. E ela fica com ele toda dócil. É comigo, fofo? Vai pra coleira, cachorro. Não faz sentido os homens todos desse filme serem tão “viris” a ponto de serem, na verdade, retratos de alguns homens violentos do mundo real. O vampirinho é a mesma coisa, empurra a amadinha para protegê-la, machuca porque quer seu bem. Que bem é esse?

Tá, eu sei que tirei o romance da coisa, mas me incomoda esse tipo de coisa. A mocinha do filme acha supernormal, sabe. Eu não acho. Mas tirando a veia crítica além da conta, o filme é bonitinho, apesar de lento (o primeiro é mais ágil e melhor). Mas essa Bella só se mete em confusão: primeiro vampiro, depois lobisomem. Será que ela não cogita em professor, engenheiro, pedreiro, mecânico, qualquer coisa normal? Eu, hein. :mrgreen:

Alegrias,

Fernanda.

Filme – Up, Altas Aventuras

segunda-feira, dezembro 14th, 2009

Um dos filmes mais lindos que vi nos últimos tempos: Up, Altas Aventuras. Uma animação deliciosa, singela, linda, linda, linda. Não dá para explicar muito, mas lá vão a sinopse e a opinião.

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Sinopse: Carl Fredricksen é um vendedor de balões que, aos 78 anos, está prestes a perder a casa em que sempre viveu com sua esposa, a falecida Ellie. O terreno onde a casa fica localizada interessa a um empresário, que deseja construir no local um edifício. Após um incidente em que acerta um homem com sua bengala, Carl é considerado uma ameaça pública e forçado a ser internado em um asilo. Para evitar que isto aconteça, ele enche milhares de balões em sua casa, fazendo com que ela levante voo. O objetivo de Carl é viajar para uma floresta na América do Sul, um local onde ele e Ellie sempre desejaram morar. Só que, após o início da aventura, ele descobre que seu pior pesadelo embarcou junto: Russell, um menino de 8 anos.

Opinião: O início do filme, na sequência com a esposa Ellie, é uma das coisas mais lindas que já vi em animação. Assistam e me digam. Mostra por que Carl é como é, faz o que faz. E então depois que parte com sua casa e as aventuras começam, é diversão pura. Um filme maravilhoso para adultos e crianças. Destaque para o pássaro lindo, para o cachorro e a coleira especial, mas mais ainda para o primeiro personagem principal da terceira idade da animação, o fofo do Carl.

Vale. Vale MUITO ver.

Alegrias,

Fernanda.

Tão leve e tão doce

sexta-feira, dezembro 4th, 2009

Eu conheci o texto de Adriana Falcão quando assisti à “A Máquina” no cinema. O filme é doce, leve, tão lindo. E então comprei o livro, devorei, fiquei encantada com as palavras. Descobri que a escritora é uma das roteiristas de “A Grande Família” e fez todo o sentido, porque eu AMO esse programa. Eu vejo e dou risada, me divirto e admiro cada palavra do roteiro. Fico imaginando que são brilhantes esses roteiristas e Adriana Falcão tinha de estar lá. Eu digo que quando crescer quero escrever assim, como ela. Tão lindamente. Um dia eu aprendo um pouquinho. Mas ó, se você não conhece, eu deixo a dica.

[Trecho do Livro "A Máquina"]
Seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas sua boca não ouviu e beijou.

Alegrias,

Fernanda.

A vida imita a arte ou vice-versa?

quarta-feira, outubro 28th, 2009

“Segredos na Noite” – Um famoso apresentador de rádio fica amigo de um adolescente com problemas de saúde, que afirma ser seu maior fã. A dificuldade de contato entre eles dá início a uma jornada do apresentador em sua busca. Com Robin Williams, Toni Collette, Sandra Oh e Rory Culkin.

O filme é ótimo, sim, eu assisti no início do ano, se não me engano. Mas o que mais me impressionou foi a história, digamos, tão “real”. A vida imita a arte ou a arte imita a vida?

O trailer:

Filme – Ao Entardecer

sábado, outubro 24th, 2009

Para quem gosta de filmes como eu, de vez em quando vou colocar uma opinião por aqui (assim como fazia no blog antigo). E eu acabei de ver “Ao Entardecer” e fiquei emocionada. Tudo bem que dizer que eu chorei não conta nada porque, dããã, eu choro até em comercial. Mas esse filme é lindo mesmo. E imaginem: Vanessa Redgrave, Meryl Streep, Glenn Close, Toni Collette, Claire Danes, Natasha Richardson, todas juntas e muito mais?

(mais…)

Alfred Hitchcock

quinta-feira, abril 23rd, 2009

Eu acho que viciei nos filmes da TCM (canal da TV a cabo, sabe qualé?). Se você tem aí, dê uma checada porque tem muita coisa boa. Caso contrário, também pode alugar algumas dessas pérolas. A mais recente que eu descobri foi o programa “Alfred Hitchcock Presents”, dirigida e apresentada pelo mestre do cinema entre 1955 e 1965. Cada episódio tem meia hora de duração e é de tirar o fôlego. Como um cara podia ser tão genial?

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Adoro suspense. E qual é o seu gênero preferido de filme?

Alegrias,
Fernanda.

Filme – Billy Elliot

segunda-feira, abril 20th, 2009

CATEGORIA: Tem que ver!!

Mais um filme que merece ser visto: “Billy Elliot” (mesmo título original) de 2000 e com direção de Stephen Daldry. Billy Elliot (Jamie Bell) vive em uma cidade pequena da Inglaterra e seu pai trabalha nas minas. Aos 11 anos, o pai o obriga a praticar boxe, mas o garoto descobre o balé clássico. A história mostra o empenho de Billy para seguir o seu sonho e vencer os preconceitos. Belíssimo drama, que faz refletir. Até onde você vai pelos seus sonhos?

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Conte pra mim… qual é o grande sonho da sua vida?

Alegrias,
Fernanda.

Filme – Vaidosa

quarta-feira, abril 15th, 2009

CATEGORIA: Tem que ver!!

Alguns filmes nós vemos e revemos porque adoramos. Ou assistimos apenas uma vez, mas ficam na memória para sempre. E na categoria que eu indico “tem que ver!!” está “Vaidosa” (título original: Mr. Skeffington), de 1944, com Bette Davis e Claude Rains e direção de Vincent Sherman. Enredo bacana, mensagem linda e uma atuação ótima da belíssima Bette Davis. Não gosta de filme antigo? Ah, deixe de ser bobo como eu era e acabe com esse preconceito já.

O filme é de época e seu início se passa em 1914, quando Fanny Trellis, uma mulher que é desejada por muitos homens, acaba se casando com o rico Job Skeffington para salvar seu irmão, que deu um desfalque na empresa de Job e também acabou com o dinheiro da família. Fanny, que só se preocupa com sua beleza, acaba reavaliando seus valores após uma série de acontecimentos. O filme tem uma grande passagem no tempo, com o crescimento da filha de Fanny, traições, a guerra e muito mais.

Eu sou romântica mesmo e achei linda a conversa que a filha tem com Fanny, quando a mãe percebe que a beleza não significava nada porque seu marido a amaria de qualquer jeito e na cena final, que eu não conto porque vocês vão assistir que eu sei. Chorei. E ri, porque ao mesmo tempo em que a história é emocionante, tem um “quê” de comédia bem interessante. Resumo? Vale a pena.

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Bom divertimento!
Alegrias,
Fernanda.

Filmes sobre escritores

sexta-feira, março 13th, 2009

Eu adoro filmes em que aparecem escritores, sejam baseados em fatos reais ou ficcionais. Há um que eu sempre assisto e me lembrei agora de falar para vocês: Miss Potter. Esse filme é lindo, lindo, lindo. Eu choro todas as vezes que vejo, fico emocionada com muitas cenas… O filme conta a história da escritora Beatrix Potter (interpretada por Renée Zellweger) e se passa no início do século XX. Beatrix é, até hoje, uma das principais escritoras de livros infantis no mundo, criou muitos personagens e os desenhava. Este é um filme que eu recomendo. A fotografia é belíssima, a história é linda, é um dos meus favoritos.

No final de semana assisti ao Alex & Emma, outra história sobre um escritor (dessa vez, pura ficção), Alex Sheldon (Luke Wilson), que deve US$ 100 mil a agiotas. Ele tem 30 dias para pagar a dívida e, para isso, precisa terminar um romance. O escritor contrata a tipógrafa Emma Dinsmore (Kate Hudson) para ajudar a escrever o livro a tempo. A comédia romântica mostra a mistura entre realidade e ficção, é uma graça. Um filme bem leve e doce.

E você, conhece algum filme que conta a história de um escritor?

Alegrias,
Fernanda.

Filmes da semana

terça-feira, fevereiro 10th, 2009

Todos bons, nenhum que eu quisesse destacar sozinho num post, então lá vão os títulos como dicas para uma boa sessão de cinema em casa.

Fahrenheit 9/11
Sinopse: Documentário – O diretor Michael Moore investiga como os Estados Unidos se tornaram alvo de terroristas, a partir dos eventos ocorridos no atentado de 11 de setembro de 2001. Os paralelos entre as duas gerações da família Bush que já comandaram o país e ainda as relações entre o atual Presidente americano, George W. Bush, e Osama Bin Laden.
Opinião: Muito, muito bom!

Um Crime Americano
Sinopse: Drama – 1965. Sylvia (Ellen Page) e Jennie Likens (Hayley McFarland) são irmãs deixadas na casa de Gertrude Baniszweski (Catherine Keener) por uma longa temporada, já que seus pais trabalham em um circo. Gertrude é uma mãe solteira com 7 crianças e que, devido a dificuldades financeiras, aceita cuidar das garotas. Só que ela não esperava o quanto a presença delas afetaria sua natureza instável.
Opinião: Ótimo (mas muito forte, afinal, trata-se de uma história real e você nem tem idéia do que vai encontrar nesse filme)

Mais Estranho que a Ficção
Sinopse: Comédia – Certa manhã, Harold Crick (Will Ferrell), um funcionário da Receita Federal, passa a ouvir seus pensamentos como se fossem narrados por uma voz feminina. A voz narra não apenas suas idéias, mas também seus sentimentos e atos com grande precisão. Apenas Harold consegue ouvir esta voz, o que o faz ficar agoniado. Esta sensação aumenta ainda mais quando descobre pela voz que está prestes a morrer, o que o faz desesperadamente tentar descobrir quem está falando em sua cabeça e como impedir sua própria morte.
Opinião: Uma graça de filme, envolvente e com um romance que é muito fofo.

A Outra
Sinopse: Drama – Ana (Natalie Portman) e Maria (Scarlett Johansson) Bolena são irmãs que foram convencidas por seu pai e tio ambiciosos a aumentar o status da família tentando conquistar o coração de Henrique Tudor (Eric Bana), o rei da Inglaterra. Elas são levadas à corte e logo Maria conquista o rei, dando-lhe um filho ilegítimo. Porém isto não faz com que Ana desista de seu intento, buscando de todas as formas passar para trás tanto sua irmã quanto a rainha Catarina de Aragão (Ana Torrent).
Opinião: Muito bom. Para quem gosta de história, pela interpretação das atrizes principais e, claro, pelo Eric Bana.

O Senhor das Armas
Sinopse: Drama – Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um traficante de armas que realiza negócios nos mais variados locais do planeta. Estando constantemente em perigosas zonas de guerra, Yuri tenta sempre se manter um passo a frente de Jack Valentine (Ethan Hawke), um agente da Interpol, e também de seus concorrentes e até mesmo clientes, entre os quais estão alguns dos mais famosos ditadores do planeta.
Opinião: Muito, muito bom!

Sinopses do site Adorocinema.com, que eu consulto sempre.

Já leram o post sobre humor? Vão lá ;o)
Até amanhã.

Alegrias,
Fernanda.

“A Espiã”

terça-feira, fevereiro 3rd, 2009

“A Espiã” (Zwartboek) é produção de 2006 da Holanda, Alemanha e Bélgica. Nele, a cantora judia Rachel Stein decide fugir, na Segunda Guerra Mundial, quando seu barco é interceptado e todos a bordo são mortos, exceto ela. A moça adota o nome de Ellis de Vries e se envolve com um oficial alemão para conseguir executar planos da Resistência. As histórias foram baseadas em fatos reais, e quantos fatos assustadores aconteceram naquela época, não é mesmo? Vale a pena ver não só por quem gosta de filmes de guerra (que nem é meu caso), mas também por aqueles que se interessam em conhecer um pouco mais da história, mesmo que por meio da ficção baseada em acontecimentos verdadeiros.

O longa, dirigido por Paul Verhoeven, nem é simplesmente “um filme de guerra”, já que vimos apenas a história pessoal de Rachel – como demonstrado em cena inicial do filme, em que ela começa a relembrar o que aconteceu em sua vida. Mas é por meio dela, e de algumas cenas até mesmo “chocantes” que mostram a mudança de Rachel em Ellis, que percebemos o quanto a mulher morena foi afetada com a morte de toda a sua família e passa a ser a loira amante do oficial. A infiltração de uma judia no meio dos nazistas mostra a podridão de todos os lados e uma barbária que realmente aconteceu com os judeus. E há tão pouco tempo.

Assista ao trailer aqui.

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Alegrias,

Fernanda.

“O Advogado do Terror”

quarta-feira, janeiro 28th, 2009

Eu tinha uma certa resistência em falar sobre filmes porque assisto a tantos que ficaria difícil escolher sobre qual escrever. Há finais de semana em que eu e marido assistimos a cinco ou seis de uma só vez, às vezes mais, e durante a semana sempre um ou outro também conseguimos ver. Então, em vez de falar sobre todos, quem sabe, quando algo me chamar realmente a atenção, eu venho aqui e conto pra vocês? É o caso do documentário francês “O Advogado do Terror” (L’Avocat de la Terreur) de 2007.

Ah, não me venha com essa de que documentário é chato e que não assiste a filmes que não são americanos. Eu sou daquelas que curto de tudo – desde um bom romance água com açúcar delícia até terror dos brabos –, inclusive bons documentários. Este aqui conta a história de Jacques Vergès, polêmico advogado que se tornou conhecido por casos como a defesa de Djamilah Bouhried, que lutou pela libertação da Argélia do domínio francês, mas que após reaparecer dos oito anos escondido, passou a defender tipos como o “açougueiro de Lyon” Klaus Barbie, Carlos (o Chacal) e Slobodan Milošević.

Dirigido por Barbet Schroeder, o interessante aqui é que não há um controle da direção para que você ache isso ou aquilo. A decisão é toda sua. Você assiste, conhece a história – que é contada pelo próprio Vergès e conhecidos – e decide o que pensa sobre ele. Um advogado de bem que só tenta proteger pessoas com ideais e que se protegem com as armas que têm ou um grandessíssimo de um inescrupuloso, cínico e manipulador? (Eu estou mais para a segunda opção).

Vale a pena ver, conhecer, tentar entender, embora depois dessa dose de realidade brutal pareça ainda mais difícil compreender o ser humano. É chocante, em alguns momentos, ver o que todos esses “personagens” puderam fazer e saber que tudo isso é parte da história recente do mundo. Para quem entende francês, o site do filme é esse aqui, mas aqui está o trailer com legendas em português.

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Ensaio sobre a cegueira

domingo, maio 18th, 2008

Quando comprei “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago, há alguns meses, eu não lembrei do fato de que um filme estava sendo rodado baseado no texto do escritor português e ainda mais com direção do brasileiro Fernando Meirelles, do ótimo “Cidade de Deus”. Na verdade, eu sou uma louca por livros e depois que os compro eles podem passar meses na estante, até serem escolhidos. Há poucos dias, encontrei Saramago e agora não consigo tirar da cabeça: como é que eu não li antes nenhum livro desse homem?

“Ensaio Sobre a Cegueira” é brilhante. Do começo ao fim, pela linguagem diferente e única utilizada pelo autor (quero ver um doido qualquer tentar colocar vírgula no lugar da interrogação pra ver o que sairia), uma história incrível, personagens bem construídos e sem nome, narrativa que prende a atenção. Eu não queria parar de ler e chegar ao fim foi um alívio e ao mesmo tempo uma saudade. Sempre tenho essa sensação quando acabo de ler uma obra prima.

Entre livro e cinema, fico com o primeiro. Mas também adoro cinema, de verdade. Não sei como um texto denso como esse ficará na telona, mas o diretor é fera e deve ter feito um trabalho maravilhoso. Estou curiosíssima para ver o resultado. Por enquanto, já penso no fim da quarentena de marido para escapar a uma livraria e adquirir mais obras de Saramago.

Falando em literatura, eu atualizo sempre a lista de livros lidos aí ao lado esquerdo no blog. Passei a colocar um resumo e minha opinião sobre cada obra este ano.

Em tempo: O blog do filme Blindness (Cegueira), escrito pelo Meirelles, é esse. E é uma delícia de ser lido.

Boa semana a todos, com muita leitura. Ler é uma grande viagem.
Alegrias,
Fernanda.