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4 – 2º dia em Montevideo

domingo, setembro 28th, 2008

(Oi pessoal bacana! Vamos voltar aos posts com o roteiro da viagem. Estamos agora no segundo dia de Montevideo e ainda há muito para acontecer. Notícias no post anterior, em “Notinhas da Fê” que, aliás, deve voltar em breve por aqui. Continuem escrevendo, mandando recados, beijos e abraços porque só assim meu dia fica mais feliz)

Dia 14 de agosto de 2008. Começamos o dia no Museo Del Gaucho y La Moneda (avenida 18 de Julio, 998). Na verdade, são dois museus em um único prédio, belíssimo, na avenida mais importante da cidade, sendo que cada um funciona em um andar diferente. Há vestimentas de época, obras de arte e moedas desde 1840. O ingresso é gratuito e o lugar merece uma visita. A construção é chamada também de “Palacio Heber” e data de 1896-1897. Hoje pertence ao Banco de La República Oriental Del Uruguay, que destinou o prédio aos museus.

Logo em frente está localizada a Plaza Fabini, que leva o nome do engenheiro Juan Fabini e possui no centro o monumento Entrevero de José Belloni, inaugurado em 1967 e rodeado por água. A praça, pequena e agradável bem no centro de Montevideo, é refúgio das pessoas no meio do dia. Ao seu redor é possível ver que o sol abriga muita gente.

Andando pela avenida chega-se à Plaza de Cagancha, que relembra a batalha de mesmo nome ocorrida em 1839. A praça possui no seu entorno construções importantes como o Ateneo, o Palacio Piria e o Museo Pedagógico. Neste último entramos apenas com a intenção de pedir informações para a próxima etapa do passeio, mas a simpatia da atendente foi tanta que não resistimos e conhecemos o prédio. “Entrem, fiquem à vontade, podem tirar fotos. Estão vendo aquela porta ali? Podem entrar. Temos uma biblioteca grande também”, disse a moça da porta. Entramos e gostamos, o lugar é preservado, bonito e organizado. Na saída, ela ainda perguntou “Tiraram muitas fotos?” e ficou feliz ao saber que eu tinha registrado tudo. No local funciona a Biblioteca Pedagógica Central.

A próxima parada foi no Palacio Santos, na mesma avenida, onde funciona atualmente o Ministério das Relações Exteriores. A casa rosada leva o nome de um antigo presidente, Máximo Santos, mas não pode ser visitada.

Um pouco mais à frente está a Intendencia Municipal de Montevideo, um belo e imponente prédio. O segredo maior se esconde na rua atrás, onde se encontra o Mercado de La Abundancia, um espaço onde se pode encontrar comida boa e barata. Quase não se vê turistas e os restaurantes estão lá há cerca de 10 anos. Antes disso havia uma espécie de feira. Na parte de baixo está o mercado de artesanato, com várias barraquinhas com arte local. Vale a pena pesquisar os preços e o pagamento é realizado em um caixa único, que inclusive aceita cartões de crédito.

Nesse dia almoçamos no mercado uma paella de frutos do mar no Bar Los Refranes. Estava uma delícia, o prato era enorme, com preço justo e o atendimento foi ótimo. Para duas pessoas, a paella custou 380 pesos uruguaios, pouco menos que R$ 38. Mas serve três pessoas numa boa.

Depois do almoço e das compras, voltamos andando pela avenida. Foi delicioso entrar nas lojas, conversas com as pessoas, pedir informações e ser bem atendida, parar no jornaleiro e conversar sobre as publicações locais e perceber, mais uma vez, que o povo uruguaio é incrível. Passear na avenida principal da cidade, por si só, já é muito bom. Pegamos o carro e seguimos rumo ao Obelisco a Los Constituyentes, feito com granito rosado.

De lá fomos a outro canto da cidade, próximo ao Estádio e ao Museo Del Futbol. Gostei. O museu não possui somente a história do Uruguai, mas de todo o futebol, com camisas de grandes craques, fotos, taças e pedaços de histórias desse esporte. Vale o ingresso e a visita ao Estadio Centenario, grande e muito bonito – mais para frente descobrimos que o estádio do Boca Juniors, em Buenos Aires (Argentina) não chegava nem aos pés desse em Montevideo.

A última visita foi ao Parque Rodó, onde funciona o Museo Nacional de Artes Visuales. Belo parque, lindo museu. Ainda demos a sorte de encontrar por lá o artista uruguaio Anhelo Hernández, pintor que está com 85 anos de idade e é um importante ícone para a pintura local. Vimos sua exposição, conversamos brevemente com ele e tiramos fotos. Como seu povo, Anhelo é solícito e gentil. É discípulo da arte de Joaquín Torres-García.

Ainda andamos pelo parque, saímos e avistamos o prédio do Mercosul, andamos pelas Ramblas, fomos ao Shopping de Montevideo (mas o Punta Carretas é bem mais agradável, apesar de menor) e jantamos na rede local Il Mondo Della Pizza. Uma pizza para dois de quatro queijos, deliciosa, com bom preço. Terminamos o dia no Baar Fun-Fun, tomando mais uma Uvita para nos despedirmos da cidade que nos conquistou.

(Continua…)