Sampa – 455 anos
Outro dia eu acabei em uma conversa mais ou menos assim: me perguntaram algumas coisas sobre São Paulo e eu falei, com sinceridade, sobre a questão do trânsito, da poluição, enfim, problemas de cidade grande. Mas eis que de repente os não-paulistanos se sentiram no direito de meter o pau na minha cidade e eu saí na defensiva, citando os vários problemas que a cidade onde moro tem (como pichação exagerada e trânsito um pouco intenso demais e desorganizado se considerarmos a proporção daqui para Sampa), porque nenhum lugar é perfeito.
Pronto, típico caso da filha que defende a mãe mesmo que ela não seja aqueeeeela mãe maravilhosa, sabe? Sampa é assim, é minha terra, é minha raiz. E tem problemas, é claro, está repleta deles, mas é um lugar incrível também. Tem gente de todos os lugares do mundo (sem exageros), os melhores restaurantes, os melhores teatros, os melhores cinemas. A vida cultural e gastronômica da minha cidade é imbatível, isso sim. Fora que, não vamos negar, essa capital é um motorzinho que nunca pára (desculpa, ainda não consigo tirar esse acento diferencial, não consigo!), é mesmo aquela velha expressão da “locomotiva”. Não tem como negar.
E pode parecer uma bobagem, mas eu tenho o maior orgulho de dizer “eu sou paulistana”. Não moro mais lá, tenho muito respeito pela cidade que me acolheu e onde moro bem e feliz, mas nasci e cresci em São Paulo e isso nunca vai mudar. Acho bom quando a gente tem alegria em dizer da onde veio, acho bom sentir esse amor. E hoje eu tenho saudade de não estar lá, só por estar mesmo. Sampa, Feliz 455 anos!
Alegrias,
Fernanda.
Tags: Museu do Ipiranga, São Paulo