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O intelectulóide

quarta-feira, fevereiro 11th, 2009

Detesto gente metida a intelectulóide. Não é o intelectual mesmo, aquele que manja, que sabe, que tem cultura (e ai, como é bom conversar com gente assim!), mas o tonto que acha que é mais que os outros por causa de algum motivo qualquer que ele julga que é importante (dã). Esse aí, o babaca, é o intelectulóide.

Pois bem, o intelectulóide é um ser até engraçado. Sério, dá para rir com esse tipo de pessoa. É aquele tipo que critica coisas que acha que não são boas o bastante (pra quem?) e que acha que quem toma determinadas atitudes não merece respeito (dele?). É ele que dá risadinha de canto de boca ou se julga superior. O intelectulóide é assim, o intelectual nem sequer menciona quem é, porque quem tem cultura de verdade não precisa enfiar goela abaixo dos outros… a pessoa é, sabe, tem e pronto! Os outros logo percebem.

O intelectulóide, por exemplo, critica programas de TV. É legal criticar programas de TV porque, tipo, quem vê TV é acéfalo, sabe? (ele pensa assim). Então é chique falar mal de absolutamente qualquer coisa que passa na telinha. Eu até acho que trocar um livro legal pela televisão não é bacana, a gente precisa ter medida pra tudo nessa vida, a TV não educa e blábláblá, mas gentem, quem é que não vê um programinha ou outro, um telejornal ou uma novela?

Eu assisto a tudo (sou jornalista e não vale, né?), eu gosto até de saber o que rola. Não era assim na época em que morava em Sampa e não tinha tempo pra nada porque o perdia no trânsito, mas hoje eu posso e vejo novelas, sim. É divertido, é entretenimento. E, oras, entretenimento é pra entreter, não ensinar. Se eu passo o dia todo lendo notícia, escrevendo notícia, dedico horas da semana a ler livros e assisto a novelas, vocês me consideram burra? Ou, pior, alienada? Toc toc toc, assistir à TV e ser alienada são coisas completamente diferentes. Se eu assistisse à TV 24 horas por dia e só fizesse isso da minha vida, aí sim, pode ser que eu seria uma alienada. Mas pode ser que não. Não dá pra generalizar.

Até a Big Brother eu assisto (óh, pode pular da cadeira), mas eu não voto porque dinheiro é coisa séria e oras, é entretenimento, mas não sou tonta. E assisto quando dá, porque se estou no final de um bom livro ou marido me chama pra jantar, eu vou sem culpa e não vejo e não tô nem aí. O que eu quero dizer é que o programa pode ser um lixo, você pode dar risada e nem por isso vai deixar de ser menos inteligente ou legal porque viu alguns “episódios”.

O intelectulóide também mete o pau em livro de auto-ajuda e obras tipo Harry Potter. Tá bem que eu não leio auto-ajuda porque não gosto, mas querem saber? Acho ótimo quem lê. Ler é bom de qualquer jeito. E qual é o problema com auto-ajuda, hein? E Harry Potter eu amo, digam o que quiserem. A mulher escreve muito e fez milhões de adolescentes pegarem um livro pra ler, tem um mérito danado. Ler, povo, é bom sempre, qualquer coisa, sem preconceito. Eu leio romance e terror, você pode gostar de drama e estamos todos felizes e tá tudo certo. Menos pro intelectulóide.

A vida é muito boa para colocarmos rótulos em tudo. Você pode ser uma pessoa supercabeça e ler e assistir ao que quiser que não vai deixar de ter opiniões próprias por causa disso. E uma coisa eu aprendi, caros, é que quem muito fala, não é. Quem é, fica quietinho. Sacaram?

Alegrias e beijos.
Ah, se você é um intelectulóide, sempre há tempo de deixar de ser chato. Pense nisso. (embora eu tenha quase 100% de certeza que intelectulóides não entram aqui).
Fernanda.