Em pauta, a traição.

Assisti a “Sexo com Amor?”, um filme brasileiro com direção de Wolf Maya. À parte dos elogios para a Maria Clara Gueiros (ótima) e a Marília Gabriela (sempre ótima, sou fã, tão fã que posso dizer que um dos maiores sonhos da minha vida é ser entrevistada por ela), o filme me trouxe à mente a novela “Viver a Vida”. Como? Por quê?

Oras, porque só há traição.

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Não são histórias que têm traição, que explicam a traição, mas que só existem porque há traição. Não assisto à novela, mas sei do que se trata. E não é porque não vejo novelas – eu vejo e adoro, a última foi “Caras e Bocas” – mas sim porque acho a novela péssima, me deem licença, minhas desculpas a quem gosta.

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Acho estranho valorizarem tanto a traição como algo normal. O normal, aliás, é trair, já perceberam? O normal é querer trair, só trair, ser traído e todo o restante que gira em torno disso. Eu vejo e me pergunto o que uma criança aprenderia com uma coisa dessas. Em “Viver a Vida” todas as personagens traem, já traíram, pensam em trair ou foram traídos. Não há um casal que possa ser feliz, só feliz, assim, porque deveria ser o normal ser feliz com quem escolhemos casar ou namorar. Porque não é uma prisão perpétua, é um relacionamento e baseado nesse fato tão claro, as pessoas ficam umas com as outras porque querem e o normal deveria gostar de estar com o/a companheiro/a.

Sinceramente, alguém acha tão normal assim a traição ser o padrão?

Eu não acho.

Alegrias,

Fernanda.

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18 Respostas to “Em pauta, a traição.”

  1. Tacito Gueiros Says:

    Vc não me pediu nem nada, mas eu sou enxerido. Graças à minha esposa, Vivien (sim, essa mesma que vc conhece) acabei de passar 9 minutos com Blanda. Como especialista que me considero em comédia romântica – também graças a ela – tenho que admitir que é uma das “best ever”: Blanda nos cativa com sua doce rabujice consigo mesma.
    Mas acompanhá-la em sua eterna briga contra o despertador pode dar dicas preciosas a nós, homens…

    PS: É impressão minha ou Blanda se parece com Sandra Bullock (bem) mais jovem?

    Grande beijo, e muito sucesso pra ti e pra a Blanda!

    Fernanda França Reply:

    Tacito, que honra ter você aqui no blog! Sim, porque a Sil querida fala tanto de você que é como se todos nós fôssemos amigos!! :-) Meu marido foi o primeiro homem a ler o livro, mas eu realmente achava que o amor pudesse influenciar fortemente em sua opinião favorável. Depois meu pai leu. Mas ver um homem (que ainda não me conhece pessoalmente) lendo e curtindo é muuuuuuito legal pra mim. Você tem ideia de como seu comentário me fez bem hoje? Obrigada!! Posso publicá-lo no meu site? ;-) E sobre o “look” de Blanda, acho que você tem uma ideia bem parecida do que eu tenho dela. Bem mais jovem, claro, porque Blandinha tem apenas 24 anos. Mas acho que todas as mulheres têm um pouco da Blanda, né não? :-) Beijos, Fernanda.

  2. Elianinha Says:

    Fê, por este motivo não assisto novela. Elas são a realidade do que está acontecendo, como você mesma citou, como se isto fosse tudo normal.
    Beijos!

    Fernanda França Reply:

    Por isso eu prefiro as novelas do Walcyr Carrasco – são hilárias, ágeis e inteligentes. Beijos!

  3. Ana Says:

    hahaha, tô aqui rindo pq achei que o Tacito fosse comentar que acabou traindo a Vivien com a… Blanda! rsrsrs. Afinal, o assunto do post é esse né? ;-)
    “E foram tórridos 9 minutos com ela…”

    Tacito e Vivien, por favor, não me levem a mal. Mas foi inevitável! ;-)

    Amiga, sempre ouço dizer que traição é normal sim. Que a natureza animal não é monogâmica. Aí argumentamos que não somos animais (mas somos!) e que somos civilizados, temos consciência, moral, ética, etc. Apesar de sempre manter uma relação monogâmica e me sentir bem apenas assim, acredito que a natureza humana não seja monogâmica. Assim como os índios (não sei dizer se todos) não são. É uma questão cultural o trair ou não trair. Concordo que bagunça a vida emocional das pessoas, especialmente quando um dos dois não concorda com isso, quando se tem filhos, quando a família está envolvida, enfim. Preferia que fosse diferente. Não traio, não gosto, me faz mal, quando acontece com os outros me constrange mas entendo que isso (o desconforto com relação à traição) faça parte da nossa cultura. E, querendo ou não, gostando ou não, isso acontece mesmo. Agora se deveria ou não aparecer dessa forma na novela, aí já é uma outra conversa. Como não acompanho, não posso falar muito. Mas acho que tudo o que aparece em exagero tende a incomodar. Num filme, novela ou livro só devem aparecer coisas boas? Bons exemplos? Não sei responder. A vida só é boa?

    Precisamos marcar um dia inteiro pra terminar esse papo, não acha?
    E, desculpe se te decepcionei com minha resposta. Como falei, não assisto a essa novela. Talvez por isso, não tenha sido tomada pela sua indignação, questionamento.
    Uma beijoca!
    E viva nossas relações monogâmicas felizes!

    Fernanda França Reply:

    Nossa, não posso me estender aqui, rs… mas em resumo, não sei se aceito o argumento do animal não ser monogâmico. O peixe que criamos é (eu disse PEIXE! nem mamífero é). Ele tem apenas uma parceira (que o aceita ou não) e ficam juntos a vida toda. Só se um morre o outro acaba escolhendo outra parceira. Não sei não, sabe. Isso dá pano pra manga, haha… Adorei seu comentário. Beijo com saudade.

  4. Vivien Says:

    ahahahhaha… Sabe que eu o vi namorando o livro algumas vezes, como que ensaiando uma leitura. Ontem ele me liga dizendo: “odeio a Blanda!” Ele inventou de pegar para dar uma olhada após o almoço e terminou perdendo a hora hauahuahauahua… Depois eu o vejo levando “Blanda” ao banheiro, é mole? Assim eu fico com ciúmes! xêro!

    Fernanda França Reply:

    Hahahahaha adoreeeeeei isso. Adorei, nossa, adorei, amiga. Falei ontem pro Má que saber que os homens estão lendo me anima a escrever ainda mais. Porque se eles também gostaram é um elogio e tanto, né? rsrsrsrs Obrigada pelo carinho de vcs dois. São dois queridos!!! beijos!!!!

  5. Patricia Barboza Says:

    Lindona, vi o filme. É muito engraçado, principalmente nas cenas da Maria Clara Gueiros. Sobre a novela… eu não vejo, mas como vi na Globo.com que o Zé Mayer era pai do Thiago Lacerda, eu tive que assistir. Como assim???? rsrsrss…

    Fernanda França Reply:

    Paty, na boa, o Thiago Lacerda merecia outro pai, hahahaha. Beijo. Fê.

  6. Nanda Says:

    Amiga, eu tb não vejo a novela e nem sabia que a traição era tão comum assim. Eu tb não acho comum trair. Fico com raiva qdo algumas amigas (solteiras) dizem que TODO homem trai. Eu odeio generalizar. E odeio essa “vulgaridade” de achar que tudo hoje em dia é comum.
    Bjs.

    Fernanda França Reply:

    Também detesto generalizações. Ninguém é igual a ninguém, né? Por isso nos atraímos (imãs), as amigas que pensam da mesma maneira, hehehe… Beijos!!!

  7. Osinete Says:

    Ainda não vi o filme e também não vejo nenhuma novela da Globo.Mas,adoro as novelas pieguissimas do México ou Venezuela (sejá lá de onde vem aquilo).
    Aquelas “Marias disso e daquilo” assisti a todas.Foi a minha maneira de fugir da nossa realidade,sem falar que os atores são sempre os mesmos e tem uns lindões que me fazem esquecer até o Thiago Lacerda e Fábio Assunção e outros do mesmo “calibre” rsrsrs
    Quanto à traição,seu post me remeteu aos filmes:Pontes de Madison,Fim de Caso.Só prá citar dois tipos de traição bem questionáveis.
    Não sei se é ingenuidade da minha parte,mas acho que quando o casal vive em harmonia na mesma sintonia,não existe a possibillidade de traição.
    Bjs

    Fernanda França Reply:

    “Não sei se é ingenuidade da minha parte,mas acho que quando o casal vive em harmonia na mesma sintonia,não existe a possibillidade de traição.” – Adorei isso, querida. Sou ingênua também, então. ;-) Smack.

  8. Luciana Says:

    Era essa matéria que eu queria comentar contigo. Bom, deixa eu explicar, eu leio suas matérias no iTouch na mamada das 6h, só que não consigo responder porque não dá para digitar enquanto o pequeno mama… e depois eu nunca tenho tempo para voltar… sorry!
    Vamos a traição… eu não acredito que seja tolerante a traição, sincereamente, eu preferia nem saber se fosse comigo. Neste caso, acredito que o que os olhos não veem o coração não sente.
    Agora o problema da novela não é só a traição: é a ociosidade dos personagens, ninguém trabalha naquela novela, é a falta de ética… imagine uma criança que faz chantagem com um adulto? Um absurdo! E a total falta de enredo… é uma enrolação total!
    Eu assisto a novela, quase todos os dias, porque eu ainda não encontrei nada melhor na TV, neste horário… O que você assiste nesse horário?
    Beijos,
    Lu

    Fernanda França Reply:

    Puxa, é verdade, esqueci de comentar isso, ninguém trabalha na novela! Parece pecado trabalhar, uma coisa nociva! Bom, agora eu assisto House todo dia às 20h00 (no Universal Channel) e depois disso é que vou ver janta, essas coisas, então geralmente não vejo mais nada, a não ser quando começa algum filme bom. Beijo, amiga.

  9. Patricia Says:

    Viver a Vida é uma novela horrível. A primeira que assisto depois de muitos anos (graças a internet) e não é só a traição que é vista como normal (que na verdade de normal não tem nada): os personagens vivem a encher a cara (Marcos esta sempre com um copo na mão); ninguém trabalha (parece que só os médidos né); honestidade (Isabel) virou falta de educação e por ai vai. Eu assisto, pois gosto de ouvir as pessoas falando português, mas juro, até o diálogo é péssimo. Socorro!

  10. Lelei Says:

    bom vc sabe a minha opinião sobre isso porque a gente já conversou sobre isso também :) eu acho a banalização da traíção no Brasil uma coisa vergonhosa, e não é a toa que muita gente se perde no caminho, se desvia de um amor verdadeiro por pura pressão da sociedade de ter que galinhar… :(

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