Estudar vale a pena!

Hoje li um post no blog da minha amiga Lelei e me inspirei a escrever sobre os estudos. Vi que no Twitter se falava muito em #estudarvaleapena e resolvi contar minha história também.

Estudar vale a pena? Ô se vale! Vale muito!

Como disse a Lelei, não nego que existem muitos problemas com a educação no mundo. O Brasil precisa aprender muito, mas o que está em questão, aqui, é se estudar vale a pena. No que a educação contribuiu para a minha vida?

Minha educação começou informalmente, em casa, com minha avó, que cuidava de mim enquanto meus pais iam trabalhar. Minha mãe era professora (ainda é) de Ciências para ensino fundamental e Biologia para Ensino Médio e trabalhava de manhã e à noite. À tarde ela não pegava aulas para ficar comigo e meu irmão. Bem pequena, minha avó lia histórias para nós dois e foi quando descobri o universo da literatura. Cada história linda! Aos 4 anos, entrei na primeira escola, perto de casa, por indicação do médico, que disse para minha mãe que eu deveria me relacionar com outras crianças porque era muuuuito tímida. Hahaha, vocês duvidam, né? Pois é. Fui tímida um dia, quem diria, meu Pai?

Na escola, foi muito rápido até que eu me tornasse amiga de todos. A escola, logo no começo, fez maravilhas na minha vida. E naquele primeiro ano, na peça de teatro da escola, eu fui a protagonista da história, dá para acreditar? De menina tímida à menina falante graças à escola. E eu AMAVA ir para a escola. Mudei para outra, também perto de casa, onde estudei até a primeira série e fiz amigos para toda a vida… Foi quando conheci minha amiga Carol. Então comecei a segunda série no Santa Maria. Minha mãe dava aulas lá e eu seria bolsista. E lá conheci outros amigos que fazem parte da minha vida até hoje (galera do facebook, são vocês!!! hahaha), mas deixo de exemplo quando conheci um coleguinha que me pediu uma caneta emprestada na cadeira de trás. Não sei se ele se lembra, porque tínhamos 7 anos, mas ele se tornou um dos meus melhores amigos, foi padrinho do meu casamento e até hoje é meu amigo querido Ivinho.

Bom, só estou falando de amigos, né? Mas o estudo foi importante para tudo na minha vida! Eu estudava meeeesmo, queria mostrar que merecia a bolsa de estudos e não só porque era filha de professora. Em casa, minha mãe ainda auxiliava nas lições, meu pai ajudava naquelas de matemática e afins. Aos 10 anos comecei a estudar inglês porque gostava. Em pouco tempo, consegui bolsa de 50%, que eu me lembro era o máximo que a Cultura Inglesa dava na época. Comecei a fazer teatro com a turma do inglês e participei de várias montagens, por anos. Estudei inglês até os 19 anos, mas por causa dos estudos, aos 16 anos tive meu primeiro trabalho: fui professora particular de inglês.

Saí do Santa Maria para entrar em um dos colegiais mais difíceis de São Paulo, na época chamado de Federal, onde estudei com a Lelei que citei no começo do post e onde conheci minha amiga Luciana, que eu chamo de editora, porque desde os 15 anos ela é a primeira pessoa a ler tudo o que eu escrevo. Trocávamos muitas cartas naquela época (hoje trocamos e-mails, rs). Na época da Federal estudei como uma condenada (risos). Imaginem um ser humano da área de humanas (eu!) no meio de circuitos elétricos? Não dá para explicar em poucas linhas, mas era considerada a melhor escola técnica da cidade, eu poderia sair com uma profissão, a escola era gratuita e não havia condições de se pagar uma particular e blablabla. Então eu fiz, né.

Mesmo o lado ruim teve seu lado bom. Aos 16 anos, no terceiro ano de colegial, consegui um estágio na Telesp, sentei, chorei e decidi (tão novinha, fala sério!) que eu não ia mais fazer o que não gostava. Eu ia estudar Jornalismo, como sempre quis. Já havia até feito o exame admissional, mas não me lembro como, se telefonei ou fui lá, mas desisti. E saí do curso técnico, que na época tinha duração de 4 anos. Formei-me como Auxiliar Técnica em Telecomunicações e prestei poucas universidades. Uma vestibulanda de Jornalismo que consegue pontuar mais em Física (!!) do que em Geografia era engraçado. Mas eu praticamente não tive as aulas que teriam maior peso para mim. Amigos disseram: presta no ano que vem, mas decidi estudar numa faculdade particular mesmo. E segui meu sonho.

Um pouco antes, com 16, resolvi estudar italiano, para entender a língua da minha segunda pátria. E estudei tanto, com tanto amor, que logo consegui bolsa de 100%. Sou completamente apaixonada pelo idioma assim como amo a língua portuguesa.

No primeiro ano de faculdade, ainda dava aulas de inglês. No segundo ano, comecei a trabalhar na Rádio Metropolitana, onde fiquei quase dois anos. Nesse meio-tempo, um professor da faculdade me ofereceu um freela na revista Caras, para um projeto de música. Foi meu grande mestre Edson! Comecei a fazer freelas para várias revistas, saí da rádio, trabalhei com assessoria de imprensa e em seguida no Diário do Grande ABC. Não fui efetivada porque ainda era estudante e no quarto ano comecei a trabalhar como repórter em um site de investimentos. Tudo isso ainda sem ser formada. Em seguida, fui gerente de um site cultural. Nessa empresa, efetivada, fiquei por três anos. Nessa época, estudei espanhol, fiz curso de expressão verbal e participei de treinamento no Sebrae.

Resolvi fazer uma Pós-Graduação em Comunicação Jornalística na Cásper Líbero. Eu sempre achei que precisava estudar mais, aprender mais. E foi maravilhoso! Fiz curso de palhaço durante um ano (amoooooo!), saí do site, morei nos Estados Unidos, voltei, casei e me mudei para o interior, onde, Graças a Deus, não me faltou a oportunidade de trabalhar. Comecei a dar aulas de inglês no Yázigi, mas um mês depois me chamaram para trabalhar na Gazeta Guaçuana, onde fiquei por cinco anos como repórter. Lá fiz amigos e um trabalho do qual me orgulho muito!

Durante o trabalho na Gazeta, fiz curso de atualização gramatical na PUC e dois cursos – de RAC (Reportagem com Auxílio de Computador) e Jornalismo 2.0 no Center for Journalism in the Americas – University of Texas at Austin à distância. Eu GOSTO de estudar, de conhecer… Estou sempre disposta a aprender algo novo. Acho que por isso, graças ao estudo, nunca me faltou trabalho e boas oportunidades, como estar nos Estados Unidos e saber o idioma local. Ou viajar de mochilão pelo mundo e saber me virar bem em qualquer lugar. Estudar vale a pena porque aprendemos não só sobre uma matéria, mas sobre a vida.

Para copiar a Lelei, aqui está uma foto minha (de óculos, cabelão e magricela) ao lado da Luciana e da Juliana lá na Federal, no alto dos 16 anos...

Hoje sou escritora. Leio muito, até mesmo artigos técnicos sobre vários assuntos. Estudei piano alguns anos e devido à mudança, ainda não retomei, mas irei. Nesse segundo semestre devo estudar muito mais, novos cursos, mas como ainda é segredinho, depois eu conto. A verdade é que não consigo ficar parada e sempre estou aprendendo algo novo.

É difícil resumir porque estudar vale a pena. Minha experiência é apenas minha história, mas sei que eu não seria quem sou hoje (uma mulher realizada com o que faz) se não tivesse trilhado os caminhos do estudo. E se depender de mim, trilharei ainda muitos caminhos… porque o conhecimento nos leva longe! :-)

Alegrias,

Fernanda.

4 Respostas to “Estudar vale a pena!”

  1. Maggie Says:

    Ahahhahah Está faltando a foto que você tirou com o ursinho na mão. Sua primeira participação na peça de teatro da escola. Isso porque você era totalmente tímida e foi o médico que pediu para colocá-la na escola.
    Essa foto é muito lindinha!!!
    Beijocas
    Mamy

  2. Lelei Says:

    E não é só o Brasil que precisa aprender não, acho que a maioria dos países tem MUITO o que aprender ainda!!
    rsrs e quem não trocava carta na Federal que atire a primeira pedra! =) Tenho a letra da lu nos cadernos que guardo até hoje também!
    E sua história mostra mesmo que o estudo valeu nem que fôsse para descartar e ter a escolha de fazer outra coisa! a Federal te deu eu, quer presente melhor?? Mesmo que a menina magrinha e novinha não era tão centrada e madura qto sou hoje :(
    Eu lembro de ouvir você na rádio enquanto voltava da faculdade pra casa!! E não éramos amigas ainda, mas ouvia todos os dias e adorava mesmo!!
    E com certeza somos parecidas nisso, CDF do começo até o fim o que será que futuro tem pra nos ensinar? Beijo amiga!

  3. Lidiane Carvalho Says:

    Muito legal seu texto. A educação muitas vezes é vista como algo chato. E os jovens acabam achando que ela não leva a nada que não é importante. É bacana quando alguém resolve falar porque ela foi importante pra você.
    Parabéns pela coragem de ter saído do curso técnico, não dá pra ser feliz plenamente fazendo o que não gosta, é preciso ir a luta, e conseguir o que é melhor para nós cada pessoa tem um gosto. Muito sucesso, em seus caminhos.

  4. Cláudia Says:

    Inspirador…
    Parabéns, valeu muito a pena essa sua vontade incansável de aprender…
    Bjos

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