Semana da Amamentação

Hoje começa a Semana Mundial da Amamentação. Eu sempre adorei escrever sobre o tema e deixo para vocês a matéria que saiu hoje no jornal em que trabalho. Agora quero saber de vocês: amamentaram? Se não, qual foi o motivo? Se ainda não são mães, pretendem amamentar? Se são pais, auxiliaram as companheiras na amamentação? O que pensam sobre o assunto? Vamos bater um papo aí nos comentários! E convido todos a participarem da “blogagem coletiva” sobre o tema.

Bom final de semana a todos.
Alegrias,
Fernanda.

EM TODO O MUNDO
Semana da amamentação começa hoje

Este ano,
destaque é a
importância do
apoio à mulher

Fernanda França

A foto da atriz Dira Paes amamentando seu filho Inácio, de dois meses, e ao lado da mãe, dona Flor, é a imagem escolhida para representar a 17ª Semana Mundial de Amamentação, que tem início hoje em todo o Brasil, numa parceria entre o Ministério da Saúde e a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). O tema deste ano é “Nada mais natural que amamentar. Nada mais importante que apoiar” e lembra a necessidade do auxílio à mulher que amamenta.
Todos os anos a Semana aborda um aspecto da amamentação, definido pela Waba, da sigla em inglês, Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno e o movimento acontece em mais de 120 países. Este ano, a Semana pretende mostrar aos familiares e amigos da lactante como é importante o apoio para que o leite materno seja oferecido à criança. A amamentação ainda é um costume cultural recente na sociedade brasileira.
De acordo com a enfermeira obstetra da Santa Casa de Misericórdia de Mogi Guaçu, Elaine Aparecida de Almeida, mestre em saúde da criança e do adolescente, a mãe ainda vê na chupeta e mamadeira um apoio, em contrapartida não possui incentivo de pessoas com experiência na amamentação para auxiliar no processo. “É importante a mulher ter ao lado alguém que esteja disposto a ajudar”, disse.
O auxílio à mãe precisa respeitar a natureza da amamentação, de acordo com Elaine. Por exemplo, a produção de prolactina, hormônio que estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias, é maior no período noturno, quando a mulher está em repouso. Se o leite artificial é oferecido à criança nesse momento, no dia seguinte a produção será menor. A enfermeira lembrou que a amamentação é um período de entrega de todos os envolvidos. “Amamentar requer 24 horas por dia da mãe”.
O apoio à mulher que amamenta deve acontecer para que o processo seja mais fácil para ela e para a criança, além de criar um vínculo entre a família e o bebê. “A mãe pode não conseguir ordenhar a mama sozinha. O marido ou pessoa mais próxima tem um papel essencial no aleitamento”, lembrou a enfermeira. Para conhecer o processo, a Santa Casa mantém um Ambulatório de Aleitamento Materno que atende mães e familiares em qualquer horário e dia da semana. O auxílio pode ser feito por telefone ou pessoalmente.

NÃO DESISTIR
Para Elaine, é importante que a mulher não desista de amamentar, já que os primeiros 20 ou 30 dias são difíceis, mas depois o processo se torna natural e mais fácil. “É normal encontrar dificuldades, mas tudo se encaixa em seu lugar. Basta não desistir”, incentivou. Um dos problemas mais freqüentes atendidos na Santa Casa é o da mama regurgitada, ou seja, muito cheia de leite. Os ensinamentos populares dizem que água quente auxilia, mas não é verdade.
“O leite se ejeta com o calor, mas a produção aumenta e pode chegar a um ponto em que a mulher desiste de amamentar. O ideal é fazer compressas de água fria ou gelada”, orientou a especialista. Até os seis meses, a criança deve ser alimentada exclusivamente de leite materno e a amamentação deve se estender até os dois anos de idade com a introdução de demais alimentos. É recomendado que o leite artificial seja incluído na alimentação somente após os dois anos da criança. Todas as mulheres podem amamentar. No Brasil, o único caso contra-indicado é para mães portadoras do vírus da Aids.

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