Dia Mundial de Luta contra a Aids

É hoje! Dia Mundial de Luta contra a Aids. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. E aí, vamos divulgar?

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1º DE DEZEMBRO

Combate a preconceito é tema de Dia Mundial de Luta contra a Aids

Rede atende gratuitamente portadores de HIV/Aids

Fernanda França

Aperto de mão, beijo na boca, abraço e compartilhamento de utensílios não são comportamentos que transmitem Aids. Mas o preconceito ainda existe e é tema deste ano para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado no dia 1º de dezembro. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. Com a entrada dos antirretrovirais, a qualidade de vida do paciente é muito maior e a Aids passa de doença fatal a doença crônica.

“O preconceito ainda existe. Não se pega Aids sentando na mesma cadeira, usando a mesma piscina ou pelo beijo. A doença é transmitida pelo sangue, sexo e de mãe para filho”, explicou a enfermeira do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida. Por isso o preservativo é tão importante no combate à doença, seringas nunca devem ser compartilhadas e as grávidas portadoras de HIV devem ter acompanhamento médico.

“Os antirretrovirais entram em 1997 e mudam a vida dos pacientes, que passam a ficar vivos. Com o diagnóstico precoce, pode-se dar mais qualidade de vida ao paciente. A partir de 2000 entram os tratamentos para gestantes portadoras de HIV”, contou Clara. Os medicamentos antirretrovirais inibem a reprodução do HIV no sangue. O tratamento também é conhecido como coquetel.

O coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 2000, em torno de 6 óbitos por 100 mil habitantes. Nos últimos oito anos, as mortes por Aids em homens caem e em mulheres mantêm-se estáveis. Em Mogi Guaçu, até 1998 o número de mortes sempre superava o registro de pacientes vivos com a doença. A partir de 1999, os casos passam a ser equivalentes e em seguida aumentam consideravelmente os registros de pacientes vivos.

Em 1991, por exemplo, eram 10 pacientes e nove morreram. Em 1993, dos 15 portadores de HIV, apenas dois sobreviveram. Em 2002, eram 34 infectados e 26 permaneceram vivos. Em 2007, dos 40 pacientes, 33 continuaram o tratamento. Em 2008 foram apenas quatro mortes e em 2009 duas.

TRATAMENTO

Todo o tratamento para pacientes de Aids é gratuito no Brasil, que é considerado o país mais avançado do mundo na distribuição de medicamentos para portadores de HIV. Em Mogi Guaçu, todos os anos o Ministério da Saúde investe R$ 75 mil para compra de material com contrapartida de R$ 25 mil da Prefeitura Municipal. Os medicamentos são fornecidos pelo Governo Federal e custam cerca de R$ 3 mil por mês por paciente, além dos gastos com os laboratórios em que são feitos os exames, cerca de R$ 1,2 mil por paciente por ano. A Prefeitura investe R$ 80 mil com Recursos Humanos por ano na área de HIV/Aids.

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13 Respostas to “Dia Mundial de Luta contra a Aids”

  1. Elianinha Says:

    A dona Néia, da AMI, esteve ontem na Gazeta.
    Estou na luta para as sacolinhas de Natal das crianças para a entidade.
    É possível viver, como diz o post. Duro são os remédios que “judiam” demais destes. Realmente é um coquetel.
    Beijão!

    Fernanda França Reply:

    Se eu não tivesse me comprometido com outras sacolinhas de crianças que também precisam muito, eu te ajudaria. Boa sorte, amiga! Olha, pelo menos hoje a doença não é mais fatal, mas crônica. Não é? Beijoca!

  2. Ana Says:

    Curiosamente há tempos não ouço falar sobre esse tipo de preconceito. Mas, se há campanha, só pode ser porque ainda existe, que pena. Gostaria de ver campanhas e mais informação sobre outras doenças também, acho que o governo poderia fazer uma espécie de “rodízio” de informações. As diferentes doenças mentais por exemplo (qual a melhor forma de convivência, respeito e comunicação) e outras contagiosas como a tuberculose e a lepra. Não é um assunto exatamente agradável mas acho que isso evitaria a exclusão dessas pessoas e ficaríamos mais em paz com a consciência e ao mesmo tempo mais seguros.

    Fernanda França Reply:

    Amiga, eu questionei o pessoal que trabalha com os portadores de HIV justamente isso e sim, infelizmente existe preconceito. Se você sabe que a pessoa com quem conversa, beija, abraça, é portadora, automaticamente muda a postura, sabe? Eu concordei com elas. Tuberculose e hanseníase (lepra) têm campanhas individuais também, todos os anos eu faço matéria, eu vejo o combate. Mas são campanhas nacionais, não mundiais como a da Aids. Beijos!!! ;-)

  3. Yoyo Says:

    O preconceito é algo que certamente causa uma dor maior ao portador do que o próprio vírus portanto, vamos combater!

    Fernanda França Reply:

    Isso mesmo, Yoyo!

  4. Lucia Says:

    Eu tenho um primo muito querido pra mim que eh HIV positive – o que pelo menos aqui eles diferenciam de ter AIDS. E nunca deixaria de lhe abracar, dar beijinhos e trocar carinhos como sempre fiz, desde crianca. Preconceito eh a pior doenca que existe!

    E engracado eh que ele me falou isso mesmo, de conseguir sua medicacao de graca ai no Brasil – isso pq comentei que queria que ele se mudasse pra ca, mas os USA nao chega nem aos pes do Brasil quando se trata de ajudar com os medicamentos de graca. bjos

    Fernanda França Reply:

    Sabe que só depois que você contou que lembrei de uma pessoa muito próxima a mim (muito mesmo) que é soropositiva, mas continuo abraçando e beijando como se não fosse? Ou melhor, isso não faz a menor diferença pra mim. Mas não é sempre assim, Lu. Infelizmente, né?

  5. Lelei Says:

    Eu lembro quando a minha mãe deu um livrinho pra gente que o banco distribuiu pros funcionários darem pros filhos explicando tudo. Eu tinha uns 10, 11 anos mais ou menos. Eu li e reli o livro tantas vezes, as ilustrações eram ótimas, o texto ótimo, e realmente me ajudou a entender tudinho sobre AIDS. Mais uma vez minha mãe nota sendo 10 ;)
    Qualquer preconceito é errado, então parabéns pela informação, :) !!

    Fernanda França Reply:

    A epidemia foi justamente nessa época, início da década de 90, e a gente era criança, né, Má? Ainda bem que temos mães esclarecidas :-) beijos, querida.

  6. Nanda Says:

    Parabéns pela matéria, amiga. Eu adorei a propaganda que o governo está fazendo. Todo preconceito deveria ser abolido.
    Bjs.

  7. Rafael Says:

    Nossa.. demorei pra vir comentar, mas cheguei. De fato temos de lutar contra o preconceito, uma pessoa que se descobre soropositiva terá de aprender a viver uma nova realidade e precisamos estar juntos pra que ela não esmoreça.

    Tive um professor de Cálculo muito bom tanto como professor quanto como pessoa que é soropositivo e muito engajado na luta contra a AIDS, pra quem quiser procurar, procure no Google pelo Jorge Beloqui, foi meu professor na época da faculdade.

    Não se pode esmorecer no uso da camisinha, infelizmente muitos jovens estão se arriscando demais ao não usa-la e se iniciando mais cedo.

    Infelizmente a previsão pra uma vacina, ou um tratamento mais eficaz que não judie tanto a pessoa ainda são uma utopia.

    Uma coisa que quero comentar, e peço desculpas se ofendo alguma crença religiosa aqui. Mas como eu conheço cidades pequenas do Paraná vejo que o governo federal e estadual manda verba e também preservativos pra algumas cidades, pra serem distribídos no centro de saúde. Porém, como numa cidade pequena a Igreja tem uma voz muito forte (põe forte nisso) a distribuição de preservativos é bloqueada.

    Nessas cidades pequenas tem aumentado o número de casos de mulheres casadas soropositivas, pois seus maridos as traem e as infectam. Infelizmente, ainda que tenhamos TV, Internet e Lei Maria da Penha, em muitas cidades pequenas as mulheres são tratadas muito mal, como objeto mesmo!! Serve apenas pra transar, lavar roupa, fazer comida e limpar a casa.

    Agora imaginem o sofrimento dessas mulheres… se em cidades cosmopolitas o soropositivo enfrenta preconceito, imaginem nessas cidades pequenas.

    E a Igreja? Não faz nada… faz vista grossa pra tudo isso…

    Desculpem pelo meu desabafo.

  8. roseli souza # Says:

    éé, como sempre ainda existem pessoas preconceituosas : /
    mas cada um fazendo sua parte pordemos acabar com isso. :}

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