Archive for the ‘Notícias’ Category

Pessoas desaparecidas

terça-feira, abril 22nd, 2014

Se seu carro for furtado e você registrar queixa, imediatamente o sistema policial de todo o Brasil saberá sobre o ocorrido. Se uma criança desaparece e a queixa é feita, apenas o estado de moradia “enxerga” o boletim de ocorrência. Não existe um sistema unificado para auxiliar na localização dessas pessoas desaparecidas. Nossos carros são mais importantes do que as pessoas?

Foi esse trecho que mais chamou a minha atenção na entrevista com Marcus Roberto Claudino, major da Polícia Militar de Santa Catarina e autor do livro ‘Mortos sem sepultura’. Para ouvir a entrevista na CBN, o link está aqui: http://cbn.globoradio.globo.com/programas/show-da-noticia/2014/04/19/NO-ANO-PASSADO-16-MIL-PESSOAS-FORAM-ENTERRADAS-COMO-INDIGENTES.htm#ixzz2zaQwd7X1

Selecionei alguns trechos:

“Cada estado tem um boletim de ocorrência diferente e esses boletins não se comunicam. Então esse é um problema que não é de cada estado (…) Se não tivermos do poder público algo que (…) tenha um alerta em nível nacional e que tenha uma lógica… porque só para dar um exemplo, no ano passado em São Paulo 1.600 pessoas foram enterradas como indigentes (…) Todos os anos temos 200 mil pessoas no Brasil (desaparecidas) (…) 90% dos desaparecimentos com crianças acontecem em momentos que a criança está sozinha, num trajeto pra escola, brincando num pátio, brincando no prédio com outros amiguinhos, e eu sempre falo ‘se você vai brincar ou tem um trajeto pra fazer sozinho, que vá em grupo porque é mais seguro’ (…) A sociedade tem que pressionar (…) Se nós tratarmos uma criança desaparecida como a segurança pública trata um carro, isso é 100%, é 1000% da resolução do problema, porque se você registrar um veículo furtado, fez um boletim, ligou pro 190, ele está em toda a rede, em todo o Brasil, agora se uma criança desaparece, ela fica no estado.”

Vamos assinar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Pessoa Desaparecida. Esse descaso precisa acabar. É necessária uma mudança urgente. Leia mais aqui e assine: http://www.abaixoassinadobrasil.com.br/index.php/projeto-de-lei

Alegrias,

Fernanda.

Gabo

quinta-feira, abril 17th, 2014

Descanse em paz, Gabriel García Márquez. Suas obras viverão para sempre!

Caso Torres

quinta-feira, abril 3rd, 2014

Estou muito triste e decepcionada.
Para quem não está sabendo sobre o caso de Torres (RS), aqui está um link resumido e muito bem explicado sobre o que aconteceu.

Vocês compreendem a gravidade do caso que abre um precedente perigoso – o Estado passa a poder decidir sobre qualquer assunto por você, ignorando os seus direitos básicos? Adelir foi levada de casa por POLICIAIS armados, como uma criminosa, enquanto aguardava a evolução de seu trabalho de parto para voltar ao hospital. Os exames mostraram que estava tudo bem com o bebê e com ela e que não havia nenhuma indicação real de cesariana. Ela quis esperar em casa, mas foi levada e forçada a fazer uma cirurgia que ela não desejava. E mais uma lei foi violada quando o pai do bebê foi impedido de assistir à cirurgia.

“Ela foi arrancada de sua casa, em trabalho de parto, por policiais armados. Levada contra sua vontade para um hospital. E o Estado e a Obstetrícia brasileira fizeram nela uma cirurgia que não era necessária, sem qualquer tipo de indicação. Apropriaram-se de seu corpo, de sua vontade, de sua condição humana, arrancaram seu bebê contra sua vontade para dizer: “Seu corpo é nosso”. ESTAMOS EM ESTADO DE LUTO!” – por Cientista Que Virou Mãe.

Quando entraram na minha casa e liguei para a polícia, apareceu apenas um policial (muito tempo depois!), mas ele sequer queria fazer um boletim de ocorrência. Era a minha casa, eu ouvi o ladrão fugindo pela porta do fundo e ninguém fez NADA. Não apareceram policiais armados para me defender. Quando era repórter, atendi várias pessoas que lutavam por algum remédio que o Estado deveria fornecer, mas não conseguiam e ninguém fazia NADA. Agora uma mulher que deseja parir seu filho é levada por policiais e a sociedade vai achar que tudo bem? Não, né? Por favor, digam que não.

“Submeter uma gestante a uma cesariana à força, sob coerção do Estado, através de mandado judicial, é um absurdo: cadê o respeito à AUTONOMIA, um dos pilares da Bioética? Ainda que houvesse indicação absoluta de cesariana, só se admite submeter um indivíduo a um procedimento cirúrgico sem seu consentimento formal em condições de risco iminente de vida (ex.: uma cesariana por DPPNI com choque hemorrágico), o que não era o caso.

Segundo absurdo: não havia indicação absoluta de cesariana. Mulheres com duas ou mais cesáreas podem parir. Bebês em apresentação pélvica podem nascer por via vaginal. Não preciso me remeter a centenas de estudos, basta considerar os guidelines do ACOG, que consideram o parto vaginal uma opção razoável nesses casos, desde que esse seja o desejo da mulher. Além do que, não é obrigatória a interrupção da gravidez depois de 41 semanas, a própria revisão sistemática da Cochrane demonstra que sendo o risco absoluto de morte perinatal pequeno, a conduta expectante pode ser uma alternativa e as mulheres devem tomar a decisão depois de esclarecidas sobre riscos e benefícios.

Terceiro e não menor absurdo: a justificativa desse ato arbitrário foi “o direito do nascituro”, juridicamente sem fundamento!”
(pela médica obstetra Melania Amorim)

O caso diz respeito a todos nós. A quem opta pelo parto normal, a quem escolhe a cesárea, a quem acha que não é correto ser levado(a) por policiais para fazer algo contra sua vontade. O corpo é nosso!

Fernanda.

Carlos Páez Vilaró

terça-feira, fevereiro 25th, 2014

“O artista uruguaio Carlos Páez Vilaró, 90, morreu nesta segunda-feira, 24, em Casapueblo, a residência que ele havia construído junto ao mar que definiu como uma “escultura viva””. (Estadão)

Eu tive a honra de conhecer Vilaró na Casapueblo, em Punta Ballena, na visita que fiz ao Uruguai em 2008. Depois que eu o conheci pessoalmente passei a acompanhar mais sua história. Conhecê-lo foi inesquecível e eu narrei esse dia aqui no meu blog: http://fernandafranca.com.br/blog/?p=790

Eu gostava tanto de seu trabalho (e passei a admirá-lo como pessoa) que há um capítulo chamado Punta Ballena no meu livro Malas, Memórias e Marshmallows. Lá a personagem Melissa visita a Casapueblo e conta um pouco a história do artista.

Hoje meu coração está triste.

Dia do Orgulho Heterossexual – que vergonha!

quinta-feira, agosto 4th, 2011
Ai, ai, leiam primeiro, porque é difícil até saber como começar…

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (2) o projeto de lei 294/2005, do vereador Carlos Apolinário (DEM), que institui, no município, o Dia do Orgulho Heterossexual. O projeto depende apenas de sanção do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para virar lei.

(…)

O texto propõe que a data deverá ser comemorada todo terceiro domingo do mês de dezembro. O projeto estabelece que a data passará a constar do calendário oficial do município e afirma que caberá à Prefeitura de São Paulo “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.

Autor do projeto, o vereador Carlos Apolinário afirmou que o projeto não é contra a comunidade gay. “Faço um apelo pelo respeito à figura humana dos gays”, afirmou. Apolinário disse que o projeto foi apenas uma forma de se manifestar contra “excessos e privilégios” destinados à comunidade gay. Ele afirmou que um dos privilégios é a realização da Parada LGBT na Avenida Paulista (…)

(texto de matéria do G1, aqui).

Olha, e depois sou eu que tenho criatividade para escrever ficção? E tem coisa mais absurda do que isso? Claro que ainda podemos torcer para o prefeito de São Paulo vetar. Há esperança.

A questão é a seguinte, meu povo e minha pova: Dia do Orgulho Heterossexual, sério? Já falei aqui sobre o Dia do Homem, é quase a mesma coisa. Eu sou heterossexual e nunca precisei de um dia para que as pessoas me respeitassem por isso. Eu me casei com um homem e nunca ninguém me recriminou, nunca apanhei na rua por ser hétero, nunca sofri preconceito porque sou mulher, casada com um homem e pronto. Eu não preciso de um dia para que as pessoas me respeitem por eu ser quem eu sou. Preciso de um Dia da Mulher para lembrar que, sim, as mulheres ainda sofrem preconceito, ganham menos do que os homens nas mesmas funções e muitas sofrem violência doméstica. Como mulher, eu sei o que é precisar que as pessoas lembrem todos os dias que os avanços foram feitos, mas ainda há muito para se fazer, mas como heterossexual eu nunca sofri preconceito, você já?

Aí vem o autor dessa beleza e diz que quer “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”. Pera lá, meu amigo, e a comunidade LGBT não tem moral e nem bons costumes? E quantos heterossexuais sem moral e sem bom costume que guarda dinheiro na cueca, rouba, mata e agride homossexuais existem por aí? Ética, moral, vergonha na cara e várias outras palavras podem pertencer ou não a héteros ou a gays. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Mas tem mais, meus amigos, tem mais. Ele diz que “o projeto foi apenas uma forma de se manifestar contra “excessos e privilégios” destinados à comunidade gay”. Privilégios de serem discriminados ainda hoje, em pleno 2011? Privilégio de sofrerem violência gratuita? Não é privilégio nenhum garantir à comunidade LGBT os direitos que os heterossexuais já têm. Se o casamento gay existe em alguns lugares, não é um excesso, é um direito. Eu sou mulher e tive o direito de casar com meu marido, não tive? Então eu ter casado com um homem é um excesso ou um privilégio? Direitos iguais para uma sociedade mais justa.

Só quando a humanidade compreender que precisa aceitar as pessoas sem impor as suas próprias verdades é que passaremos a viver em paz. Cada um na sua felicidade sem se incomodar em como o outro é feliz. Porque o que importa, mesmo, é caráter, é ética, é honestidade. São os valores que determinam quem eu quero como amigo ou não. Quem eu acho que pode ser um bom líder ou não. Ser hétero, gay, negro, branco, mulher ou homem não faz a menor diferença. Faz pra você?

Alegrias,

Fernanda.

Nicholas Winton, o herói anônimo da Segunda Guerra

segunda-feira, junho 13th, 2011

Recebi parte desse vídeo de uma amiga (obrigada, Telminha!) por e-mail e fui buscar mais informações. Encontrei o vídeo abaixo no YouTube e, pela voz, é Sérgio Chapelin, apresentador do Globo Repórter (um dos programas de que mais gosto da Globo). Fiquei emocionada ao assistir a história de Nicholas Winton e por imaginar que existem pessoas tão boas assim no mundo. Fui pesquisar, ele está com 102 anos, acho que alguns anos a mais com saúde é uma forma de Deus recompensá-lo por tudo o que ele fez. ;-)

Alegrias,

Fernanda.

Oficina de Literatura

segunda-feira, março 21st, 2011

Olá, pessoal!

A pedido do pessoal sempre bacana do SESC, divulgo uma grande oportunidade para escritores e pessoas que querem se tornar escritoras. Será uma oficina gratuita de literatura! O máximo, não é? Não percam essa chance!

Mais informações abaixo.

Alegrias,

Fernanda.

OFICINA DE LITERATURA

Vocês estão recebendo um convite especial para participar da oficina “Se Capa de Disco Fosse Literatura, que História Você Contaria?”. A oficina tem como proposta que vocês escrevam textos a partir de capas de discos proibidas ou polêmicas dos anos 60, 70 e 80. A oficina está sendo ministrada pela equipe da Mojo Books, que é um site especializado em livros digitais. Como é um convite especial, a atividade será gratuita para vocês. Caso desejem indicar alguma pessoa para participar, enviem também os dados dela. Mas é importante que vocês se inscrevam até terça-feira, dia 22 (amanhã!!!). Pode ser por telefone, email ou na hora da atividade. A oficina já começou, mas como o formato é modular, na terça-feira teremos uma nova turma.

Contato para inscrição:

(11) 3095-9492 ou 3095-9494 – A partir das 12h00.

Por email: andredias@pinheiros.sescsp.org.br (envie nome completo e telefone)

Links:

Oficineiros:
http://www.mojobooks.com.br/

Site SESC:
http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=189773

SESC Pinheiros
Rua Paes Leme, 195 – SP

Meus cadernos de jornalista

segunda-feira, fevereiro 7th, 2011

Recentemente, fiz uma arrumação geral em casa, como faço todos os anos. Minha mãe, que é muito boa em organizar as coisas, me ajudou. Eu não tenho nenhum problema em dar coisas, sejam elas novas ou não. Se eu não uso, é a regra, outra pessoa pode usar, desde uma roupa até um vaso. Eu também recebo coisas de que gosto e amigos ou familiares não querem, sem o me-nor problema. Mas há um ponto difícil para mim. Os meus papéis.

Livros não dou, nem pensar. Eu empresto, sim, porque acho que livro é para ser lido pelo maior número de pessoas. Dou livros, mas novos. Os meus eu prefiro guardar. Acho que é gosto de quem escreve, sei lá. É um dos poucos “apegos materiais” que eu tenho: pelos livros e papéis. São as cartas antigas, cartões, poesias que eu escrevia quando era adolescente, histórias escritas à mão… E os cadernos. Eles também estavam lá, no meio dessa papelada toda. Mas chegou a hora de irem embora.

Durante os cinco anos em que trabalhei no último emprego “formal” (porque ser escritor não é exatamente algo formal), acumulei mais de 30 cadernos. Lá estavam todas as minhas entrevistas e por mais desorganizado que parecesse, eu me entendia naquele caos de palavras. Marcava com caneta vermelha uma palavra-chave para cada matéria e conseguia encontrar entre tantos escritos algo de que precisava. No fim dos cadernos sempre havia algo bem bobo, como a lista de nomes estranhos que fazíamos na redação (Clau, você se lembra? – risos).

Eu não sei por que guardei esses cadernos durante os últimos meses, mas agora foram para a reciclagem. Nem todos estão na foto, mas a maioria, sim. Porque as matérias estão prontas e estarão para sempre nos arquivos dos meus trabalhos (e todos são convidados a lerem), mas eu preciso liberar espaço para mais livros. E para o futuro.

Alegrias,

Fernanda.

Qual é o melhor (abana!) jogador da Copa?

domingo, julho 11th, 2010

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1 – Alexandros Tzorvas – Grécia

2 – Carlos Bocanegra – Estados Unidos

3 – Didier Drogba – Costa do Marfim

4 – Diego Forlán – Uruguai

5 – Fabio Cannavaro – Itália

6 – Jesus Navas – Espanha

7 – Julio César – Brasil

8 – Kaká – Brasil

9 – Lukas Podolski – Alemanha

10 – Matej Mavric – Eslovênia

11 – Jong Tae-Se – Coreia do Norte

12 – Raul Gonzalez – Espanha

13 – Tierry Henry – França

14 – Valon Behrami – Suiça

15 – Xabi Alonso – Espanha

16 – Yoann Gourcuff – França

E aí, hein? Quem leva o prêmio? :mrgreen:

Alegrias,

Fernanda.

Vamos ajudar as vítimas das enchentes?

sexta-feira, julho 2nd, 2010

Gente, o assunto de agora é sério. Venho trazer o recado de uma amiga e leitora, a Gerciane, de Pernambuco. Ela está pedindo ajuda para as vítimas das enchentes no nosso Brasil. A Gê trabalhou comigo por alguns anos, eu a conheço pessoalmente e sei que é uma pessoa boa e doce. Quem puder, não hesite em ajudar, com qualquer quantia. Vamos pensar assim? Se cada um dos leitores que entram aqui todos os dias doar somente UM REAL, teremos mais de mil reais para as vítimas. Pense em doar um, dois ou cinco reais. Não vai fazer falta a você, mas pode ajudar muito as famílias. Algumas pessoas preferem não doar a qualquer instituição ou pessoa sem conhecer, então passo abaixo o contato e pedido da Gê, que é uma pessoa de confiança, que eu conheço, e em quem podem confiar para os depósitos. Vamos fazer essa corrente de bem?

(mais…)

Uma nova jornada

segunda-feira, maio 31st, 2010

Sempre abençoei mudanças. Creio que são movimentos de Deus nas nossas vidas. Porém, mesmo com fé, começar uma nova etapa não é fácil. Exige disciplina, bom humor e a crença de que tudo vai dar certo mais uma vez. E é assim que eu me sinto hoje. É a junção da estranheza e da tristeza à esperança.

Hoje é o meu primeiro dia oficialmente como escritora. Não vou dizer “só” como escritora, porque minha amiga Tammy me corrigiu. “Só escritora? Não é muito já?”, brincou. É, é sim. Só quem escreveu um livro sabe como funciona. Mas não posso deixar de mencionar que desde que escolhi ser escritora também, nunca abandonei o jornalismo, minha formação inicial. Desde 2006, quando comecei a escrever Nove Minutos com Blanda em casa, nos finais de semana, à noite e de madrugada, quando podia, eu mantinha dupla jornada, no mínimo. E como disse a amiga Patrícia Barboza, é uma nova adaptação reduzir uma das jornadas.

A partir de hoje, eu continuo a minha caminhada exclusivamente como escritora.

Foram cinco anos na Gazeta Guaçuana. Exatamente cinco anos. Eu me lembro daquele 29 de junho de 2005, quando comecei a trabalhar no jornal. E cinco anos depois minhas últimas matérias foram publicadas, neste sábado. Foi um tempo bom, em que conheci pessoas bacanas, profissionais maravilhosos e amigos. Eu fiz amigos.

Nesse momento, e publicamente, eu quero agradecer pela amizade da Maria Lúcia, que é a pessoa mais gentil que qualquer um já conheceu no contato com o público e que esteve comigo em momentos que nunca mais esquecerei. E dizer muito obrigada, mil vezes, à jornalista Cláudia Marquezi, que é uma das pessoas mais incríveis com quem já trabalhei em todos esses anos de jornalismo. Companheira, competente e daquelas com quem podemos fazer um trabalho real de parceria. Além de ser uma amiga linda. Regina, o meu beijo e o meu obrigada por me acolher quando cheguei ao jornal. E durante esses anos, muitos saíram antes de mim, mas meu agradecimento se estende a eles também. Aos leitores, o meu agradecimento imenso. Espero que continuem acompanhando meu trabalho aqui no blog.

Para quem quiser ler algumas matérias selecionadas que eu escrevi para a Gazeta nesse período em que estive lá, o caminho é esse aqui.

Eu nunca vou deixar de ser jornalista. Já são 12 anos trabalhando na área (e 10 como formada)  porque eu gosto de ser jornalista. Eu tenho orgulho. Mas agora, nesse momento, a minha jornada será na literatura e eu peço o apoio de todos para que dê ainda mais certo do que já começou a dar.

Conto com vocês.

Alegrias,

Fernanda.

Um novo curso em minha vida

quarta-feira, abril 14th, 2010

Você, caro leitor, vai dizer que eu pirei na batatinha em procurar mais um curso para fazer. Provavelmente você está certo, mas eu não resisti. Dessa vez fui aprovada para fazer mais um curso à distância pelo Knight Center for Journalism in the Americas, da University of Texas em Austin. Já participei de dois cursos à distância, um sobre atualização gramatical pela PUC de São Paulo em 2008 e um sobre Jornalismo 2.0 pelo Knight Center em 2009. Dessa vez, vou estudar RAC (Reportagem com Auxílio de Computador).

Eu adoro me atualizar e os cursos são puxados. Vale lembrar que a louca aqui trabalha em período integral em um jornal, divulga seu primeiro livro (e vende, com amor e carinho, peça o seu aqui), Nove Minutos com Blanda e escreve o segundo romance (nas horas “vagas”) (?). É, e ainda tem aquela coisa de piano, natação e tal. Não é à toa que escolhi deixar o piano por um tempo no fim do mês, até me acertar com os horários (o que me deixa triste, é claro, puxa… mas não estou dando conta).

Por isso, peço paciência aos leitores que vêm sempre aqui, caso um dia, de repente, não consiga colocar um post. Todo dia tem post, vocês sabem, e tentarei vir aqui sempre que puder. Mas eventualmente pode ser que eu não consiga e queria explicar o motivo. Não me abandonem ;-)

Abaixo o vídeo final do curso de Jornalismo 2.0, do ano passado. Eu quem fiz tudo, era o exercício: a escolha da pauta, a preparação, as entrevistas, a filmagem, edição, tudo. Fiquei tão orgulhosa! Foi o meu primeiro vídeo na vida. E espero aprender muitas outras coisas bacanas agora também. Adoro estudar.

Alegrias,

Fernanda.

Aniversário da cidade

sexta-feira, abril 9th, 2010

Mogi Guaçu completa 133 anos hoje. É a cidade em que moro há mais de cinco anos. Não posso dizer que sou guaçuana, porque não é verdade. Sou paulistana e me orgulho muito da minha cidade. Mas é aqui, em Mogi Guaçu, que eu trabalho. É aqui que meu marido trabalha. É aqui que fizemos alguns amigos, que adotamos Teddy e Polly, que descobrimos que é possível viver sem passar horas no trânsito, que posso ir a pé para o trabalho (embora não haja sequer calçada no trajeto próximo ao centro, o que é uma vergonha, mas isso seria um outro post). É aqui que eu descobri que prefiro morar no interior a viver na capital e onde escrevi meu primeiro livro. Mogi Guaçu, obrigada por nos receber. Parabéns! :-)

Aqui estão as fotos do desfile cívico-militar. Eu estava lá para cobrir o evento para o jornal, mas acabei fazendo umas fotinhos do celular para vocês.

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Alegrias,

Fernanda.

Autismo. Você conhece?

sexta-feira, abril 2nd, 2010

A ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 2 de abril como o Dia Mundial da Consciência do Autismo. Tem matéria hoje no jornal sobre isso e foi um prazer escrevê-la e aprender um pouco com gente de bem na cidade em que moro. Antes da matéria, selecionei alguns vídeos para vocês.

O material da Turma da Mónica sobre autismo é uma graça. Aqui está o primeiro vídeo.

Os demais vídeos sobre o personagem André podem ser vistos aqui e o gibi está aqui (é uma linda historinha, vale ler). Basta clicar na imagem que o gibi avança.

Este vídeo é de 2008 (em inglês), mas muito muito bacana.

E também a minha matéria. Confesso que o único ponto que me deixou em dúvida foi sobre a relação vacinas x autismo. Depois opinem.

AUTISMO

Dia Mundial de Conscientização é hoje

Olhar distante e falta de contato visual, resistência a mudanças na rotina e ao contato físico, risos e movimentos considerados inapropriados e falta de interação com outras pessoas. Esses são alguns dos sintomas do autismo, uma doença que compromete o desenvolvimento normal de uma criança e que se manifesta geralmente antes do terceiro ano de vida. Hoje é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2007 como um marco da mobilização mundial.

A palavra autismo é originada em “auto”, que em grego significa “si próprio”. A doença apresenta um distanciamento nas relações com as pessoas. Muitos percebem como se tudo pudesse ser excluído e os demais sequer estivessem presentes. Mas o autista não vive em um mundo imaginário – ele apenas se relaciona com o mundo verdadeiro de maneira própria. Para o autista, não existem normas sociais.

(mais…)

A injustiça do INSS. O que vocês acham?

sexta-feira, março 19th, 2010

Eu quero saber o que vocês pensam sobre esse assunto…

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou na última semana um projeto para beneficiar os empregados domésticos que diminui a contribuição social dos empregadores de 12% para 6% sobre o salário do empregado e revoga a dedução que eles podiam fazer no imposto de renda pelo pagamento. Cerca de 4,9 milhões de empregados domésticos são informais no Brasil, o que representa 73,2% desses trabalhadores. Escrevi essa matéria e acho incrível um projeto assim para incentivar o registro dos trabalhadores domésticos (depois mostro a matéria para vocês). Mas pesquisar para escrever me fez pensar sobre o sistema de Previdência Social no Brasil.

Até 1991, eram exigidos cinco anos de contribuição para a aposentadoria por idade. A Previdência Social determina que têm direito ao benefício os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 65 anos e do sexo feminino a partir dos 60 anos de idade – os trabalhadores rurais, homens e mulheres, aposentam cinco anos mais cedo. Assim sendo, por exemplo, até 1991, uma mulher de 55 anos poderia contribuir até os 60 anos e aposentar por idade (ou ter contribuído cinco anos durante outro período da vida).

A tabela da Previdência vai aumentando o tempo. Hoje em dia é necessário ter 15 anos de contribuição para aposentar por idade. Não importa se você é mulher, tem 60 anos e quer aposentar agora. Precisa ter, no mínimo, 15 anos de contribuição. É claro que é muito mais justo, porque faz sentido aposentar sem praticamente nunca ter contribuído? Não, né. Mas sabe-se lá como estará daqui a sei lá quantos anos, quando eu for aposentar. Não boto fé na Previdência Social, me desculpem.

Já a aposentadoria por tempo de contribuição funciona assim: para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos. O pior é a parte da contribuição. Você, que é trabalhador registrado, já olhou em seu holerit o absurdo que o Governo desconta todos os meses de você? Seria mais do que suficiente para fazer uma belíssima Previdência Privada. A minha Privada é ridícula perto do que eu pago de INSS. Obrigatório.

Ah, mas temos direitos… Temos. Temos, sim. Licença-maternidade, paternidade, seguro-saúde, etc etc etc. Mas eu acho um absurdo o que nos descontam. Não é justo. É injusto o que se paga para receber depois. Me dê o dinheiro, Governo, que eu invisto em uma Previdência Privada digna de rainha. E pior, quando me aposentar, se é que o INSS ainda existir, eu terei um teto de aposentadoria. Ao contrário dos funcionários públicos, eu não posso me aposentar com o que eu ganho. Isso por acaso é justo? Justo é para os funcionários públicos. Para funcionário de empresa privada, que só paga imposto durante toda a vida, quase não há benefícios.

Você já tinha pensado nisso?
Alegrias,
Fernanda.