Archive for the ‘Saúde’ Category

Coisas que são e não deveriam ser.

quinta-feira, fevereiro 17th, 2011

Meu afilhado voltou para o hospital por causa da icterícia (ele está bem, mas a madrinha e o padrinho aqui só pedem a Deus que ele fique bom logo). Por causa dessa internação, depois que ele já havia ido para casa, eu pude observar alguns comportamentos e como jornalista preciso relatar.

Não vou entrar em detalhes dos motivos de cada procedimento, mas comadre entrou com Gabriel e foi para um quarto compartilhado no hospital. Estava pelo SUS, a companheira pelo plano de saúde. Minha comadre está passando pela mudança do plano da empresa (que é uma novela) e a carteirinha do plano novo nem chegou. Tudo bem, estava sendo bem atendida, embora o banho de luz estivesse sendo feito apenas com uma luz mais fraca (chamam de bilispot) em vez do berço com luz (o biliberço), que estava com o bebê da cama ao lado (não vou comentar pelo menos isso, tentarei ser imparcial). Comento apenas que já é triste saber que só existe UM berço daqueles para um problema tão comum em recém-nascidos.

Meia-noite e comadre é expulsa do quarto para outro quarto do SUS porque lá entraria uma grávida do plano. Não fazia sentido, as duas mães com seus bebês estavam bem instaladas, sem o ar condicionado ligado (não podiam por causa dos pequenos) e Tati teve de ir para um quarto com uma grávida passando mal, ar ligado, etc etc etc. Por que não colocaram uma grávida com a outra e deixaram os bebês juntos? Por que, raios, o tratamento no SUS precisa ser assim em alguns lugares? Por que, mais uma vez, o tratamento é sempre diferente quando é PAGO?

Nervosa, ela saiu e pediu um quarto particular e sozinha. Chorou… Chorou de nervoso porque foi tirada no meio da noite de um quarto por NADA. Ficou uma hora e meia até arrumarem outro lugar para ela. Nos falamos pela madrugada e ela se acalmou. Mas por que tinha que passar por isso? Misteriosamente hoje, como paciente particular, Gabrielzinho está com o berço de que tanto precisa (mas como outras crianças também precisam, voltamos a pensar, sem egoísmo: o que acontece se seu filho é internado pelo SUS, nesse caso, hein?). Fico feliz porque ele está sendo bem atendido e os pais podem pagar sua internação, mas triste porque o SUS deveria atender todos da mesma forma. E bem.

Os profissionais da saúde têm o meu total respeito. Eu admiro a profissão, mas assim como em qualquer outra profissão, há os profissionais e os PROFISSIONAIS de verdade. Só isso.

Triste por constatar o que muita gente deve passar no Brasil. Triste de verdade.

Pronto, já esqueci que sou jornalista e falei… Mas mexeram com meu afilhado, ué.

Alegrias,

Fernanda.

Cesárea ou parto normal?

segunda-feira, maio 24th, 2010

Eu vou deixar vocês responderem a pergunta do título. Deixo abaixo uma matéria minha publicada na Gazeta Guaçuana deste sábado. Está dividida em três partes. A primeira, com os números; a segunda, com dados sobre a saúde suplementar (sabiam que o índice chega a 90% de cesáreas nos planos de saúde?) e também com a história (como o fato de que, em uma mulher viva, a primeira cesárea bem-sucedida foi realizada por um açougueiro suíço em sua mulher – argh) e a terceira parte da matéria fala sobre os mitos do parto normal (como “uma vez cesárea, sempre cesárea” – não é verdade). Querem saber mais? Deem uma lidinha…

Alegrias,

Fernanda.

EM MOGI GUAÇU

Cesárea já representa 56,91% dos nascimentos

Percentual é maior do que a média do Brasil: 48,44%

Fernanda França

Quantas mulheres você conhece que tiveram filhos em um parto normal? Se não conhecer nenhuma, não se espante, porque apesar do próprio nome fazer referência à opção mais natural para mãe e bebê, as cesarianas têm ocupado posição de destaque nos nascimentos. No Brasil, a cesárea representava 38,13% dos nascimentos em 1998 e passou para 48,44% em 2008. Houve queda de 7,33% no total de nascimentos na década e a evolução proporcional do número de cesáreas nesse período foi de 17,73%.

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Autismo. Você conhece?

sexta-feira, abril 2nd, 2010

A ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 2 de abril como o Dia Mundial da Consciência do Autismo. Tem matéria hoje no jornal sobre isso e foi um prazer escrevê-la e aprender um pouco com gente de bem na cidade em que moro. Antes da matéria, selecionei alguns vídeos para vocês.

O material da Turma da Mónica sobre autismo é uma graça. Aqui está o primeiro vídeo.

Os demais vídeos sobre o personagem André podem ser vistos aqui e o gibi está aqui (é uma linda historinha, vale ler). Basta clicar na imagem que o gibi avança.

Este vídeo é de 2008 (em inglês), mas muito muito bacana.

E também a minha matéria. Confesso que o único ponto que me deixou em dúvida foi sobre a relação vacinas x autismo. Depois opinem.

AUTISMO

Dia Mundial de Conscientização é hoje

Olhar distante e falta de contato visual, resistência a mudanças na rotina e ao contato físico, risos e movimentos considerados inapropriados e falta de interação com outras pessoas. Esses são alguns dos sintomas do autismo, uma doença que compromete o desenvolvimento normal de uma criança e que se manifesta geralmente antes do terceiro ano de vida. Hoje é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2007 como um marco da mobilização mundial.

A palavra autismo é originada em “auto”, que em grego significa “si próprio”. A doença apresenta um distanciamento nas relações com as pessoas. Muitos percebem como se tudo pudesse ser excluído e os demais sequer estivessem presentes. Mas o autista não vive em um mundo imaginário – ele apenas se relaciona com o mundo verdadeiro de maneira própria. Para o autista, não existem normas sociais.

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Ultimamente eu estou…

quarta-feira, março 24th, 2010

Cansada mais ou menos assim.

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Alegrias,

Fernanda.

Cirurgia plástica: o que você pensa sobre isso?

quinta-feira, fevereiro 25th, 2010

Hoje o programa Happy Hour, da GNT, abordou o tema lipoaspiração. Gosto do programa e do bate-papo. Um cirurgião plástico, o músico Jair Oliveira, a atriz Mel Lisboa e uma moça que fez lipo estavam na roda. Bacana a conversa. A Mel abordou uma questão interessante: de ela buscar aceitar quem ela é, do jeito que é, e que a individualidade de cada um é que nos faz especiais. Achei muito legal, mas quero saber de vocês: o que pensam da cirurgia plástica?

Eu não sou radical pelo sim e pelo não. Procuro não acusar as pessoas das suas escolhas, sabem por quê? Pra mim, cada um sabe como é ser quem é. Eu, particularmente, não acho legal a banalização da cirurgia, do tipo faço hoje e dali a um ano faço de novo no mesmo lugar, e de novo dali a mais cinco anos e pronto, virei escrava. O exagero em tudo é o erro. Mas cada um sabe onde aperta seu calo. E se algo que não vai fazer mal a ninguém pode fazer bem para a auto-estima, por que criticar? Que bobagem!

Quantas crianças com “orelha de abano” passam a vida inteira ouvindo piadinha quando poderiam simplesmente, com uma cirurgia, resolver esse “probleminha”? Há cirurgias E cirurgias, então não podemos generalizar. E acho que temos de nos amar como somos, aceitar o corpo que temos, aceitar o rosto que temos e sermos felizes, poxa! Eu sou contra a padronização da mulher, de fazermos cirurgias para ficarmos todas iguais, absolutamente iguais. Mas existem traumas e eles podem sumir com a ajuda da medicina, assim como a plástica pode ajudar tantas pessoas que passaram por acidentes e necessitam de intervenções.

Hoje, e somente hoje, eu digo que não faria lipo. Pode ser que eu queira fazer um dia e se eu quiser, não vejo problema nenhum nisso. E já fiz coisas que as pessoas achavam arriscadas e faria de novo (como a cirurgia para corrigir meu estrabismo), então quem é eu além de mim para saber o quanto minha vida melhorou depois disso? ;-) E não sou padronizada, não sou bonita, não sou emborrachada e não pretendo ser. Mas cada pessoa é única. Por que insistimos que os outros têm que ser como nós?

De qualquer forma, eu quero saber: você já fez uma plástica? Faria, se pudesse, onde? Não faria e por quê?

Alegrias,

Fernanda.

Dia Mundial de Luta contra a Aids

terça-feira, dezembro 1st, 2009

É hoje! Dia Mundial de Luta contra a Aids. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. E aí, vamos divulgar?

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1º DE DEZEMBRO

Combate a preconceito é tema de Dia Mundial de Luta contra a Aids

Rede atende gratuitamente portadores de HIV/Aids

Fernanda França

Aperto de mão, beijo na boca, abraço e compartilhamento de utensílios não são comportamentos que transmitem Aids. Mas o preconceito ainda existe e é tema deste ano para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado no dia 1º de dezembro. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. Com a entrada dos antirretrovirais, a qualidade de vida do paciente é muito maior e a Aids passa de doença fatal a doença crônica.

“O preconceito ainda existe. Não se pega Aids sentando na mesma cadeira, usando a mesma piscina ou pelo beijo. A doença é transmitida pelo sangue, sexo e de mãe para filho”, explicou a enfermeira do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida. Por isso o preservativo é tão importante no combate à doença, seringas nunca devem ser compartilhadas e as grávidas portadoras de HIV devem ter acompanhamento médico.

“Os antirretrovirais entram em 1997 e mudam a vida dos pacientes, que passam a ficar vivos. Com o diagnóstico precoce, pode-se dar mais qualidade de vida ao paciente. A partir de 2000 entram os tratamentos para gestantes portadoras de HIV”, contou Clara. Os medicamentos antirretrovirais inibem a reprodução do HIV no sangue. O tratamento também é conhecido como coquetel.

O coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 2000, em torno de 6 óbitos por 100 mil habitantes. Nos últimos oito anos, as mortes por Aids em homens caem e em mulheres mantêm-se estáveis. Em Mogi Guaçu, até 1998 o número de mortes sempre superava o registro de pacientes vivos com a doença. A partir de 1999, os casos passam a ser equivalentes e em seguida aumentam consideravelmente os registros de pacientes vivos.

Em 1991, por exemplo, eram 10 pacientes e nove morreram. Em 1993, dos 15 portadores de HIV, apenas dois sobreviveram. Em 2002, eram 34 infectados e 26 permaneceram vivos. Em 2007, dos 40 pacientes, 33 continuaram o tratamento. Em 2008 foram apenas quatro mortes e em 2009 duas.

TRATAMENTO

Todo o tratamento para pacientes de Aids é gratuito no Brasil, que é considerado o país mais avançado do mundo na distribuição de medicamentos para portadores de HIV. Em Mogi Guaçu, todos os anos o Ministério da Saúde investe R$ 75 mil para compra de material com contrapartida de R$ 25 mil da Prefeitura Municipal. Os medicamentos são fornecidos pelo Governo Federal e custam cerca de R$ 3 mil por mês por paciente, além dos gastos com os laboratórios em que são feitos os exames, cerca de R$ 1,2 mil por paciente por ano. A Prefeitura investe R$ 80 mil com Recursos Humanos por ano na área de HIV/Aids.

Diário de uma (ex) sedentária

sexta-feira, outubro 16th, 2009

Eu detesto academia. Mais uma vez: eu de-tes-to academia. Na verdade, eu não gosto de fazer exercícios físicos porque a impressão que eu tenho é que estou perdendo tempo (!) na minha vida, enquanto poderia estar dormindo, lendo ou vendo um filme legal. Pegar peso para mim é muito chato. Mas dois pontos me fizeram procurar um desses lugares de tortura: primeiro a indicação doS médicoS (no plural) e segundo porque eu não paro de comer doce nem a pau, Juvenal.

Daí que eu comecei. E a professora é tão bacana, mas tão gente boa, que me deixou à vontade, compreendeu que não posso fazer vários aparelhos (por causa do problema de coluna) e me indicou outros. Foi uma fofa. Resultado? Pela primeira vez na vida não larguei no primeiro mês. Comecei em maio e ainda continuo, com meia hora de exercício (mais do que isso é sair de lá e me internar que eu pirei).

_16102009_natacaoA felicidade foi descobrir que embora o peso estivesse praticamente igual três meses depois (eu como doce, lembram?), o percentual de gordura caiu em 10%. A saúde sempre é meu guia, sabem. E tem o lance do colesterol alto, do coração, blábláblá, e fui. Mas é legal ver que alguma coisa muda no corpo. Não, eu não baseio minha vida nisso. Eu não sou nada encanada com isso. Eu acho tão chato sair para jantar com os amigos e pedir alface! Eu sou boa de prato, eu como bem que nem muito homenzarrão, eu tenho prazer em comer, em experimentar, em provar receitas novas. Então os exercícios me ajudam a… continuar comendo! :-)

Mas então comecei a fazer natação e percebi que eu há algo que me deixa feliz e me faz bem ao mesmo tempo. Natação é maravilhoso. Isso foi em junho. Melhora tudo na vida: o humor, a dor na coluna, a respiração. E ainda conto com a companhia do marido, que é um nadador mutcho melhor que eu, mas é generoso e me deixa nadar com ele. Tão bom. Vocês já experimentaram? O brigadeiro nosso de cada dia agradece a oportunidade de permanecer nas nossas vidas. E lembrando da saga que foi começar a fazer exercício e do esforço que ainda faço, eu vou contando aos poucos como é ser uma ex-sedentária aqui para vocês.

Alegrias,

Fernanda.

Seis anos de nova vida

quinta-feira, abril 30th, 2009

Hoje é o último dia do mês e por tradição pessoal eu não o deixarei passar sem lembrar o meu segundo aniversário (o primeiro é em setembro, quando, este ano, irei me tornar balzaca). Acabo de completar seis anos. Jovem, não é? Seis anos de nova vida, seis anos desde que tive a oportunidade de permanecer viva. Não é algo triste, muito pelo contrário. Celebrar a chance de viver é uma ode à saúde. E todos os dias eu me lembro do quanto sou feliz por tê-la, mas é em abril, quando comemoro a notícia boa, que eu completo mais um ano.

Quem nunca passou por uma situação de “quase-fui-pro-outro-lado” pode me achar maluca. Mas eu garanto: se você chegou aqui agora e não me conhece, eu sou bastante normal, à parte do fato de ler compulsivamente, ser viciada em brigadeiro e honesta do tipo que não rouba nem R$ 1 do imposto de renda, mesmo sabendo que o Governo tira muito mais de mim indevidamente. Sou normal, povo. E celebro a minha vida de maneira única, porque sou grata por ela.

Na verdade, penso que com a correria do dia-a-dia esquecemos de agradecer por estarmos vivos e com saúde, deixamos de lado os pequenos prazeres como ver alguém dormindo, dar um beijo em quem amamos quando a pessoa menos espera, rir muito (sem vergonha, por que qual o mal em rir?), ler gibi e livros divertidos, fazer ou comer uma comidinha gostosa, passear de mãos dadas, telefonar (ou mandar e-mail!) para um amigo e tudo aquilo o que você sabe que gosta, mas não faz porque “não tem tempo” – e eu acredito, viu. Acredito. Mas não faça isso com você. Dê-se o mínimo de tempo de qualidade e para comemorar a sua vida.

Então vamos lá: É pique, é pique, é pique… Rá Tim Bum, Fernanda, Fernanda!

Alegrias e SAÚDE,
Fernanda.

Humor

domingo, fevereiro 8th, 2009

Assisti no GNT ao “Alternativa Saúde” com um programa só sobre humor. É, criançada, humor é saúde, sim. O programa foi uma delícia pra mim e quero compartilhar com vocês. Todo mundo sabe que o riso nos faz bem, não é? (ou você ainda tem dúvida sobre isso?), mas por que tendemos a achar que o riso está associado à falta de profissionalismo ou à falta de classe ou à falta de qualquer coisa que não é verdade?

Marido já ouviu que precisava ficar mais sério, eu já levei olhares de reprovação porque sou uma pessoa de bem com a vida. Todo mundo tem problema? Tem. Mas encarar com bom humor pode nos ajudar a ter uma vida mais gostosa.

De acordo com o programa, crianças riem de 300 a 400 vezes por dia. Adultos só riem, em média, 15 vezes! Perdemos a capacidade de sorrir, de achar graça na vida? A graça (diversão), aliás, foi associada à graça (presente de Deus). Eu achei isso bárbaro!

Patricya Travassos entrevistou o pesquisador circense, ator e palhaço Marcio Libar. Algo que ele disse me marcou muito. “Quantas relações não acabam, não se desgastam por você não ser quem você é?”. Já pararam para pensar nisso? Descobrir quem somos, inclusive com os pontos ridículos, é um processo doloroso, mas essencial para encararmos com mais naturalidade nossas limitações (e nossas aptidões também). Não é algo programado, muitas vezes. Você acha que age com seu companheiro como é, mas usa uma máscara, tem medo de expor todos os seus lados e prefere ressaltar só o que é bom. Pode funcionar com o paquera, mas em uma relação verdadeira, precisamos ser nós mesmos. Isso vale pra amizade também. Fácil? Não, não é. Mas é incrível.

No programa assisti a um trecho do documentário “Doutores da Alegria” e revi meu mestre de clown Márcio Ballas, grande palhaço! O trabalho dos Doutores é maravilhoso, vocês já viram? Assistam para conhecer. E eu tive o grande prazer de conhecer a arte do palhaço com o Ballas, que é o João Grandão para aquela criançada (e para nós também, porque ir a um sarau de palhaços é bom demais, todo mundo deveria ir um dia). Sinto falta da Tiffany, minha palhaça, mas eu acho que uma vez que colocamos o nariz, não o tiramos mais… ele passa a fazer parte da nossa vida.

Você já tinha parado para pensar no quanto o bom humor pode ajudar a sua vida a ser bem melhor?

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Alegrias (E olha, eu desejo isso todos os dias para vocês, hein? Já perceberam?)
Fernanda.

Dia Mundial Sem Tabaco

domingo, junho 1st, 2008

Frases de uma matéria que escrevi para o Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado em 1º de Junho.

CIGARRO

Fumar diminui o tempo de vida de uma pessoa. De acordo com dados da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), fumar aumenta em 300% o risco de um ataque cardíaco e o fumante também tem 200% mais chances de ter um derrame do que um não-fumante. O homem fumante vive em média 13 anos a menos do que o não-fumante e a mulher 15 anos a menos.

“O tabagismo é uma doença grave e evitável. No Brasil, são 200 mil mortes por ano, é mil vezes mais fatal do que a dengue. Não existe doença mais grave pelas conseqüências e número de doentes”, alertou o médico coordenador do programa antitabagismo da cidade.
 
O cigarro contém cerca de 4.720 substâncias químicas e pelo menos 60 delas são reconhecidamente cancerígenas. Os derivados do tabaco causam, em média, 50 doenças diferentes.
 
O tabagismo passivo, que é a inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não-fumantes, é a terceira maior causa de morte evitável no mundo e perde apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. Dados do Ministério da Saúde apontam que o ar poluído contém cerca de três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante.
 
Belos rapazes sobre o cavalo e chapéu de caubói, casais felizes, mulheres elegantes e pessoas praticando esportes eram cenas comumente relacionadas ao fumo em propagandas de cigarro. O hábito bem visto na sociedade passou a ser criticado e desde 1992 a OMS (Organização Mundial da Saúde) catalogou o tabagismo como “doença de desordem mental e de comportamento em razão da síndrome da dependência à nicotina”, incluída na CID (Classificação Internacional de Doenças).
Cansei de tentar enfiar na cabeça das pessoas que cigarro MATA e que é NOJENTO. Você quer fumar? Então fique longe mim. Porque, na boa, não é justo que eu, que não tenho nada a ver com seu vício, esteja exposta a doenças como fumante passiva. Fumantes, vocês precisam aprender a ter respeito. Pelos próprios pulmões e pelas outras pessoas que desejam ar puro.

Alegrias e saúde,
Fernanda.

Dar valor ao que importa

segunda-feira, maio 5th, 2008

Primeiro nós passamos horas na enfermaria, depois dividimos o quarto com um rapaz que estava com dengue (a doença me deu medo, acreditem) e só então fomos para o quarto, ainda sem o diagnóstico do que marido tinha. Assim se passaram dias desde a terça à noite até o sábado de manhã quando, com a certeza do problema, marido foi operado. Confesso que fiquei com medo antes, que chorei, que supliquei por sua melhora. Tudo ao meu redor, absolutamente tudo, perdeu o sentido. Só queria que ele ficasse bem e agora meus desejos estão sendo atendidos. Ainda internado, está acompanhado pelo meu pai – enquanto tento voltar ao trabalho depois de todos esses dias – e apresenta melhoras a cada momento. Em casa ainda vai ser mimado, quando voltar. E ter uma licença forçada, porque só nessas horas que vemos que a máquina do corpo humano também tem seu limite.

Eu sempre disse que saúde era o mais importante nessa vida (leia o post passado, por favor). Parece que quando passamos por uma situação difícil, acreditamos que estamos “imunes” ao repeteco. Mas não é assim. Lidar com nosso próprio sofrimento não é fácil, mas posso dizer que quando vemos quem amamos sofrer, a dor é como se fosse em nós. Por que, como, de repente, aquele homem saudável e brincalhão sofria com dores? Como assim precisaria ser internado, sem previsão de tempo de cirurgia? Não dá para entender e a aceitação só vem com a fé. Não estamos livres de nada, não podemos prever o futuro, não temos controle nem mesmo da nossa própria vida. Nas nossas mãos estão a saúde – para darmos valor – e a chance de fazer um dia melhor do que o outro. Com valores certos àquilo o que realmente importa.

Mais uma vez, um brinde à saúde. De quem tem para sempre ter, de quem perdeu para recuperar e de quem se recupera para não esquecer o quanto é valiosa.

Excelente semana a todos.
Alegrias e saúde,
Fernanda.

Cinco anos de nova vida

terça-feira, abril 29th, 2008

Abril está no fim e eu registro mais um aniversário. São cinco anos de nova vida – eu sou quase uma criança, não sou? – e às vezes parece que foi ontem. Ainda tenho sonhos com o que aconteceu, da felicidade em voltar para casa, mas também do momento em que disse “eu vou morrer, eu vou morrer” e um médico me garantiu que eu ficaria bem. Acho sinceramente que na hora ele estava mentindo, porque não sabia o que ia acontecer com aquela garota de 23 anos que acabava de entrar na UTI em choque, quase sem sinais vitais, com um derrame pleural e outros detalhes diversos. Se tudo estivesse tão bem, ele não chamaria os meus pais para uma “despedida” às pressas (ele ainda não sabia que eu sou uma guerreira). Mas o fato é que ele me confortou e eu me entreguei à certeza de que aquilo não passava de um sonho, como os que eu tenho agora.

Não posso chamar de pesadelo. Tudo o que vivi com tamanha intensidade foi um presente na minha vida. Porque depende de como encaramos os fatos e eu tenho esse jeitão de achar que tudo vai sempre dar certo. A mudança traz dor, mas também alegria. E quando colocamos a saúde acima de qualquer desejo na vida, as lentes que usamos para enxergar o mundo passam a ser outras.

Eu não deixo de agradecer porque a vida é um grande presente. Naquele abril de 2003 eu estive em contato, pela primeira vez, comigo mesma. Uma parte de mim que eu desconhecia e que aflorou na turbulência. Aquela menina reclamona (ainda sou, viu) e que se viu diante de uma situação difícil, não se rebelou. Foi então que descobri que posso encarar dificuldades. É algo contraditório: quando percebemos que não temos controle sobre o que acontece na vida, temos a certeza de que o que queremos para ela determina os próximos passos. E foi assim que eu decidi que queria viver e lutei para isso com a fé e o pensamento positivo. Parece improvável encontrar ambos na dor, mas é surpreendente como podemos ser fortes quando estamos fracos.

Um brinde à vida! À minha e à sua. Nunca se esqueça de fazer tim-tim por ela.

Alegrias e SAÚDE!
Fernanda.