Archive for setembro, 2010

16º dia – Amsterdam (Holanda)

quinta-feira, setembro 30th, 2010

A experiência em Amsterdam tem sido ótima! O povo é educado e a maioria da população fala (e bem!) inglês, o que facilita a comunicação (ainda assim, eu aprendi as palavrinhas básicas em holandês). O idioma deles, aliás, é muito bonito. Tem bem mais melodia do que o alemão, na minha humilde opinião de ouvinte não-entendedora. Mas gostei muito, inclusive da escrita, que parece interessante.

Nosso café-almoço. As bebidas são uma delícia. Uma parece leite com café e baunilha (não descobrimos exatamente o que é porque não lemos holandês haha) e a outra é um iogurte de baunilha delicioso!

Em Amsterdam, bicicleta é mesmo um meio de transporte. Há milhares delas e em todas as partes você vê bicicletas estacionadas. Há “estacionamentos” de bikes lotados e o mais legal é que o ciclista respeita as regras de trânsito e há ciclovias pela cidade inteira. Cheguei à conclusão que seria uma cidade ideal para eu morar, com ciclovias. Porque 1) eu não dirijo automóvel e nem moto e 2) eu só não ando de bicicleta na cidade em que moro porque morro de medo de ser atropelada, já que ninguém respeita ciclista por lá e ciclista não respeita regras de trânsito, ou seja, tudo errado, além do que não há ciclovias.

Hoje andamos muito pelos canais novamente. A atmosfera é boa, nos sentimos bem por aqui. Hans, nosso “host” holandês no houseboat, é muito atencioso e mora no andar de cima. Ele nos deu várias dicas e nos ajuda. Ontem batemos papo, tomamos vinho juntos e ele nos falou sobre seu país. Hoje, ao chegarmos do passeio, havia um pedaço de torta para cada um na sala. Ele realmente nos faz sentir como se estivéssemos na casa de amigos. É uma pena que não pudemos conhecer Ben, que está em Portugal. Mas eu recomendo de olhos fechados a hospedagem. Temos tido as melhores noites de sono que já tivemos.

Um dos nossos amigos. Todos os dias eles vêm à varanda para pedir pão :-)

Começamos o dia no Museumplein. Primeiro fomos ao Van Gogh Museum, o museu do artista preferido do Má. Como o grande mestre era holandês, este é o museu com o maior acervo de suas pinturas. O acervo é exposto em ordem cronológica, então podemos ver a evolução do pintor e suas fases (como a que ele ficou internado em uma clínica psiquiátrica). Algumas de suas pinturas mais famosas estão lá e foi uma experiência ótima, recomendo.

Em seguida, visitamos o maravilhoso Rijksmuseum, o maior museu de arte na Holanda. Muitas obras famosas estão lá, como A Noiva Judia, de Rembrandt, além de muitas outras obras dele. O prédio já é lindíssimo e merece uma visita e as obras são outro show. Muito bom.

Rijksmuseum, o maior museu de arte na Holanda.

De lá, fomos para outra área da cidade, de tram, onde estão as chamadas Nine Streets, com lojinhas. E como havíamos comprado ingresso antecipado com hora marcada, não pegamos fila em um dos museus mais conhecidos de Amsterdam e cujas filas chegam a horas: Anne Frank Huis (Casa de Anne Frank). Esta é a casa em que Anne Frank, uma jovem judia, ficou escondida por dois anos com familiares e amigos. Para quem leu o livro, pode ser ainda mais impressionante, mas a visita é tocante de qualquer forma. O visitante conhece detalhes da história geral da perseguição aos judeus e contextualiza a família Frank nesse cenário pavoroso. Fiquei emocionada muitas vezes, com vontade de chorar, muito pensativa. Vale a visita! Vale principalmente para que a sociedade lute contra qualquer preconceito, como disse Otto Frank, pai de Anne, em um dos vídeos do museu. É um dos locais mais interessantes a que fomos. Triste, é verdade, mas história real. Para não repetirmos. Ao lado está a igreja Westerkerk Amsterdam.

Eu e Má em um dos canais...

Muito próximo estava o Amsterdam Tulip Museum, uma pequena sala embaixo de uma loja com produtos relacionados a tulipas. É interessante, mas só vale ir se você tiver o I Amsterdam Card e o ingresso já estiver incluído. Voltamos para a Dam Square e entramos no Shopping Center Magna Plaza. Um lindo prédio! Passeamos e voltamos para a região da Central Station, onde jantamos em um restaurante grego. Comi um prato chamado Vegetarian Moussaka, muito bom.

Eu, em Amsterdam.

Mais um dia lindo, mesmo nublado e com garoa. Amanhã estaremos por aqui (será nosso último dia antes de viajarmos para outro país) e vamos programar o que faremos, porque Amsterdam nos oferece muitas opções! Este é o único problema por aqui: pouco tempo e muita coisa para ver! :-)

Alegrias,

Fernanda.

15º dia – Amsterdam (Holanda)

quarta-feira, setembro 29th, 2010

Amsterdam é uma linda capital e uma cidade charmosa e encantadora. A atmosfera aqui, para nós, foi bem diferente do que em Berlim, e o sol ajudou um bocado. O dia estava lindo. O homeboat é uma delícia, com uma vista maravilhosa. Acordamos tarde e tomamos nosso brunch (o café da manhã que virou almoço). Fomos até a Central Station comprar o I Amsterdam Card, que inclui transporte público, vários museus e outras atrações.

Má e a "terrível" vista do homeboat.

Uma delas era o passeio de barco, a primeira escolha do dia. Durante uma hora, passeamos pelos canais de Amsterdam e conhecemos um pouco sobre os bairros. Foi uma delícia! Depois fomos para a Dam Square, a praça central da cidade e que antes era o mercado dos pescadores. Lá está localizada a Nieuwe Kerk (antiga catedral), o Koninklijk Paleis (Palácio Real) e o museu de cera Madame Tussaud. Lá perto está o Amsterdam Historisch Museum.

Passeio de barco pelos canais de Amsterdam.

Na praça Dam.

Passeamos pelos canais, andamos e entramos em uma loja de queijos! Nham! Fiz a festa para meu café da amanhã de amanhã! ;-) De lá, fomos conhecer o famoso Red Light District. Lá, as prostitutas se expõem em vitrines. Os turistas passam, a rua é tranquila (ao lado, há a linda igreja Oude Kerk), mas ninguém tira fotos lá.

Loja de queijos, nham!

Resolvemos voltar para a região da Central Station para conhecer a Bibliotheek (biblioteca pública). Esqueça tudo o que você conhece de bibliotecas! Aquilo é um paraíso, muito melhor do que shopping center! São sete andares, com muitos livros, CDs e DVDs, espaços para leitura e estudos, computadores, tudo! No terraço, um café e um teatro. Ma-ra-vi-lho-sa.

Na frente da biblioteca.

Área das revistas na biblioteca.

Andar dos filmes, ainda na maravilhosa biblioteca de sete andares.

De lá, pegamos o tram (bonde) e fomos para a Rembrandtplein, uma das praças famosas da cidade, com vida noturna agitada e muitos bares e restaurantes – e, claro, uma estátua de Rembrandt no meio! A praça é muito bacana, assim como a próxima que visitamos, a Leidseplein.

A linda Amsterdam!

Seguimos a dica da Renata (obrigada, Rê, pena que não passaremos por Rotterdam, estaremos aqui até sábado, quando seguimos para outro país) e comemos batata frita com maionese no meio da rua. Deixamos para jantar em outro restaurante exótico. Jantamos no Sherpa, restaurante com comida do Nepal e Tibete. Uma delícia! Comi Potshel Momo (um prato vegetariano tibetano de ravióli com espinafre incrível) e Má ficou com o prato nepalês Gorkha Style Kukhura Ko Masu, de frango, muito bom. Tudo nota 10!

Ah, eu não resisti quando vi (risos)! :-)

Amanhã vamos visitar museus (já até reservamos o que eu mais quero ver) e há muito para fazer ainda em Amsterdam. Estou adorando!

Alegrias,

Fernanda.

14º dia – Viagem até Amsterdam (Holanda) e Novidades sobre Blanda!

terça-feira, setembro 28th, 2010

Hoje o dia foi no trem. Acordamos e viajamos por mais de seis horas (mas uma ótima viagem) até Amsterdam, na Holanda, onde estamos agora. Alugamos um homeboat, que é uma casa construída na água, simplesmente incrível! A vista é linda e o leve balançar me indica que eu dormirei como um bebê no berço hoje, hehehe… Bom, hoje teve janta em restaurante tailandês delicioso, mas a partir de amanhã, quero comida holandesa! :-)

E para compensar o dia de viagem (amanhã teremos muitas novidades da cidade com fotos, aguardem), eu vou contar uma notícia muito bacana. Estarei em tarde de autógrafos em Brasília no dia 10 de outubro!

Gostaria de compartilhar essa novidade com vocês e pedir que divulguem para os amigos. A tarde de autógrafos acontece no dia 10 de outubro (domingo), às 16h00, na Saraiva MegaStore do Shopping Pátio Brasil, em Brasília, DF. Conto com a presença de vocês lá, hein? Vai ser uma tarde muito bacana, com certeza, e vou adorar conhecer os leitores de Brasília! Se tudo der certo, o autor Enderson Rafael estará lá também e vamos autografar juntos! Quem for da capital federal, me avisa!!!

Mais sobre Blanda… Muitas pessoas têm me escrito e-mails e recados lindos e agradeço pelo carinho. As últimas resenhas foram da fofa da Mari, da escritora querida Larissa Siriani, a resenha linda do Leo Santana, a emocionante resenha da Lis do Meu Cantinho de Leitura (que disponibiliza wallpapers de Blanda para todos! Oba! Eu estou usando o meu!). Ainda tem o lindo post da Maura, que quer ler Blanda. Se você escreveu ou comentou sobre Nove Minutos com Blanda e eu não comentei aqui, me avise porque eu faço questão de agradecer todo mundo! :-)

Amanhã tem mais viagem, pessoal!

Alegrias,

Fernanda.

13º dia – Berlin (Alemanha)

segunda-feira, setembro 27th, 2010

Depois de uma imersão na história, fizemos hoje o roteiro “lúdico” de Berlim, com algumas pitadas de história e pontos turísticos, claro. Começamos no maior trecho do que um dia foi o Muro de Berlim, na Mühlenstraße, quase em frente à estação de trem Ostbahnhof. O muro foi pintado por diversos artistas em 2009 e é interessante passar de um lado para o outro e imaginar que há tão pouco tempo isso era impossível.

Trecho do muro pintado...

Aproveitamos a parada na estação de trem e compramos os bilhetes para amanhã, já que vamos sair da Alemanha e ir para outro país (adivinhem qual!). De lá, fomos direto para o Zoológico de Berlim! São mais de 14 mil espécies de animais e o zoo é lindo e enorme. Mesmo com chuva (sim, hoje choveu o dia inteiro de novo!), é possível visitar o zoológico porque eles têm várias áreas fechadas. O espaço dos macacos é incrível, assim como os elefantes (amo, né, gente?) e as girafas. Mas do que eu mais gostei mesmo foi ver os suricatos! Que animais fofos! Fiquei encantada, ainda mais porque vimos um filhote sendo carregado pela mãe. Lindo demais.

Eu e um elefante. Não podia faltar, né? Para quem não sabe, tenho coleção de elefantes... :-)

Os suricatos!!!!

Não é à toa que ele é o rei da selva... é maravilhoso!

De lá fomos para a Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche, a igreja que é um símbolo da Berlim ocidental, construída em 1895. Foi bombardeada em 1943, mas parte da igreja ainda permanece erguida da mesma maneira, mesmo sem a torre. É impressionante ver a igreja que passou por tudo e ainda está lá.

Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche

Pegamos o famoso ônibus 100, que percorre o caminho turístico de Berlim (mas é um ônibus comum) e fomos apreciando os pontos turísticos de ontem, além de conhecermos outros: o Reichstag (parlamento alemão), a Siegessäule (coluna da vitória), a Fernsehturm (torre da televisão, mas hoje conseguimos ver o pico). Paramos na Galeria Kaufhof (dica da Rosi) só para admirar, hehehe… E de lá pegamos um tram até a região do albergue que, aliás, é a região mais linda que conhecemos. E o local em que estão os restaurantes e barzinhos.

Na primeira noite comemos em um restaurante alemão (Schusterjunge), na segunda noite jantamos em um restaurante espanhol (Tres Tapas) e hoje decidimos ir a um restaurante etíope (Massai). Berlim tem de tudo, do mundo inteiro, como São Paulo. Eu pedi um prato chamado Mama Africa Vegatarian, que vinha um pouco de tudo: sopa Shakazulu (feita com coco e leite de coco, uma delícia), espinafre africano com tempero de amendoim (delícia), pedaços de mandioca em molho de manga (delícia), quiabo com pimenta (delícia), servidos com arroz selvagem e Injera (uma massinha de panqueca para comer junto), tudo delícia. Má pediu um prato de frango delicioso chamado Nalyereh, com molho berbere. Experimentamos a cerveja africana Dju Dju, sabor manga (acreditem, é inacreditavelmente saborosa) e de sobremesa Makeba (sorvete de coco servido no coco) e Mandalei (Palm Cake, um bolinho muito bom!).

Prato Mama Africa Vegatarian no restaurante etíope Massai, em Berlim.

Eu só falo de comida, ufa! Mas precisava deixar registrado :-)

Amanhã será um longo dia de viagem. Será nosso maior trecho de trem, praticamente um dia viajando, mas valerá a pena, com certeza. Depois conto como foi a viagem e as primeiras impressões do próximo destino.

Alegrias,

Fernanda.

12º dia – Berlin (Alemanha)

domingo, setembro 26th, 2010

Depois de cerca de 5 km de caminhada ao longo de um dia com muita chuva (o dia inteiro!), eu estou esgotada! (risos). Tentarei fazer um resumo breve de Berlim hoje, com os nossos principais pontos e visitas. Compramos o Berlin Welcome Card e com isso temos entrada livre nos transportes públicos. Já aprendemos a usar o metrô subterrâneo e de superfície, o tram (bonde) e os ônibus. Detalhes das construções como anos (que eu nunca sei de cor!) credito ao meu melhor amigo “Guia Criativo para o Viajante Independente na Europa”.

Rotes Rathaus (Prefeitura) – O nome significa Prefeitura Vermelha e remete à era comunista. Foi construída entre 1861 e 1869, mas reconstruída na década de 50 após a destruição da Segunda Guerra Mundial.

A fonte que fica em frente à Prefeitura :-)

Fernsehturm (Torre da Televisão) – Tem 365 metros de altura, mas com a chuva e a névoa de hoje, nem conseguimos ver o seu pico. A torre parecia que acabava no meio das nuvens, hehehe…

Berlim: a cidade do urso!

Berliner Dom (Catedral de Berlim) – Foi a maior igreja protestante do século 19 e construída entre 1894 e 1905. Possui uma cripta (argh) e é gigante. A igreja é linda, não a mais linda que eu já vi, mas impressionante pelo tamanho. Fico um pouco chateada a cada vez que sou obrigada a pagar para entrar numa igreja mesmo que eu só queira fazer uma oração. Desabafo: eu acho que podiam cobrar entrada a partir de um certo ponto, mas nunca deveriam impedir as pessoas de entrarem na “casa de Deus”, certo? Ok, desabafo finalizado. Igreja bonita.

Berliner Dom (Catedral de Berlim)

DDR Museum (Museu Comunista) – Impressionante experiência em que o visitante pode tocar nos objetos e conhecer como era uma casa comunista, o lazer, a vida em geral. No fim, há uma típica casa montada. O museu é interessante e bem montado, a pena é que estava tão lotado que mal conseguíamos andar. Mas vale MUITO a visita.

Museumsinsel (Ilha dos Museus) – É uma ilha do rio Spree com vários museus, como o Altes Museum, enorme prédio que abriga exposições de arte grega e romana. A ilha é muito bonita e de lá se pode ter a melhor visão da Berliner Dom.

Humboldt Universität – Esta igreja, que foi construída entre 1748 e 1766 teve alunos famosos como Marx e Einstein.

Bebelplatz – A praça conhecida por ser o local em que os nazistas queimaram os livros em 1933. Fica em frente à universidade.

Brandenburger Tor (Portão de Brandemburgo) – Na famosa avenida Unter den Linden, é o maior símbolo de Berlim, até porque (como o próprio guia diz), não dá para fazer dos pedaços do muro a maior “atração” da cidade – não seria exatamente elegante. É bonito.

Brandenburger Tor (Portão de Brandemburgo)

Denkmals Für Die Ermor Deten Juden Europas (Memorial aos Judeus Mortos na Europa) – É um monumento recente e composto por 2711 blocos de concreto com diferentes alturas, em homenagem aos 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo. Ao caminhar entre os blocos, a sensação é terrível.

Denkmals Für Die Ermor Deten Juden Europas (Memorial aos Judeus Mortos na Europa)

Topographie des Terror (Topografia do Terror) – Exposição gratuita, a céu aberto, no local em que ficava o escritório central da Gestapo e da SS. É detalhado, com datas, fotos e áudio e conta a história infame dos planos nazistas. É chocante pelos detalhes, como a página do livro escolar para crianças com o desenho de Hitler e uma oração em que ele era reverenciado como “Nosso Pai”, a história da raça ariana (ridículo, ridículo, ridículo!) e o preconceito, as propagandas nazistas, a guerra e o fim dela… É um museu completo, mas prepare-se para sair assustado. Há frases e histórias (com fotos) que são impressionantes. Como isso aconteceu? Era uma atrocidade que não dá nem para explicar, parece um roteiro mal feito de cinema, mas tudo ficção. E é real e tão recente que só nos assusta mais.

Topographie des Terror (Topografia do Terror) e um pedaço do que foi, um dia, o Muro de Berlim.

Mauermuseum Haus am Checkpoint Charlie – Museu que conta a história do muro de Berlim no Checkpoint Charlie, que hoje possui apenas um símbolo, mas que já foi a passagem mais famosa entre os lados ocidental e oriental do muro. Próximo há um pedaço do muro e o museu, em si, é ótimo. Grande, com muitas fotos e objetos da época.

Local do antigo Checkpoint Charlie.

Para jantar, paramos em um excelente restaurante espanhol (aqui tem comida do mundo inteiro, afinal, é uma grande capital) e comemos uma paella maravilhosa com sobremesa: creme catalão e o deliciooooso helado de requesón com amêndoas. Divino. Amanhã tem mais Berlim.

Alegrias,

Fernanda.

11º dia – Dresden e Berlin (Alemanha)

sábado, setembro 25th, 2010

Antes de sair de Dresden, não resistimos e passamos mais uma vez na feira Herbstmarkt, que acontecia na Altmarkt. Deixamos as malas nos lockers da estação de trem e seguimos para a feira. Hoje havia música com um grupo local, uma delícia. Compramos lanches e doces e voltamos para a estação de trem.

Eu na Herbstmarkt, em Dresden.

A viagem até Berlim durou pouco mais de duas horas, mas aqueles trens com cabines são péssimos. Geralmente você não encontra poltronas livres e locais para as malas se o trem estiver cheio. As melhores viagens nesses trechos internos (dessa viagem) foram de ônibus, que têm serviço de bar, filme e música, além de poltronas confortáveis.

Voltando, chegamos em Berlim. A estação de trem central é gigantesca e linda. Fomos mal atendidos no centro de informações turísticas (hello? É um centro de informações… para turistas, hã?), mas logo descobrimos que se tratava de um caso isolado. Os alemães têm sido muito gentis e atenciosos. Chegamos ao albergue, Lette’m Sleep, que fica na Prenzlauer Berg, uma região  muito agradável de barzinhos e restaurantes. Fomos muito bem atendidos e apesar de o albergue ser bem alternativo e o jeitão poder “assustar” alguns, o quarto de casal que pedimos é espaçoso, limpo e tem banheiro e cozinha. Adoramos!

Choveu muito desde o fim da tarde, quando chegamos. Decidimos, então, aproveitar a noite chuvosa para fazer algo chato e necessário: laundry (lavar as roupas!). Sempre que viajamos, optamos por lavar as roupas para economizar espaço na mala e levarmos menos roupa. Lá na lavanderia, a duas quadras do albergue, conhecemos a alemã Henrike (pronuncia-se Enrica), muuuuuuito simpática. Ela nos ajudou com as máquinas (tudo em alemão) e ainda nos deu várias dicas de passeios. Danke, Henrike! Chegando ao albergue, recebi e-mail da Johanna, que mora em Berlim, mas (infelizmente) não está na cidade. Ela é amiga do meu amigo Rafa e nos deu dicas maravilhosas também. Danke, Johanna!

Eu e Henrike na lavanderia :-)

Jantamos em um restaurante típico alemão (aqui tem do mundo inteiro) com comidas deliciosas! E para finalizar, experimentamos a especialidade berlinense: Berliner Weisse, cerveja com xarope de framboesa. E é uma delícia!

Amanhã será um grande dia em Berlim. Mas pelo o que vimos, já gostamos demais!

OBS: Coloquei todas as fotos dos dois posts anteriores, vão lá ver que linda é Dresden ;-) Além das últimas fotos de Praga… Não deixe de ler e comentar :-)

Alegrias,

Fernanda.

10º dia – Dresden (Alemanha)

sexta-feira, setembro 24th, 2010

Adoreeeeeei Dresden! A cidade é linda, mesmo que ainda esteja em obras – está sendo reconstruída desde o bombardeio que a devastou na Segunda Guerra Mundial. Muitos prédios estão em construção ou reforma, mas a cidade é tão linda e as pessoas são tão gentis e sorridentes que não há como não se apaixonar por esse pedacinho alemão.

Começamos o dia na área do Schloss (castelo) e passamos em frente à Semperoper (Ópera) na Theaterplatz. Essa praça, aliás, foi a grande surpresa da cidade para nós. É lindíssima, nem dá para explicar. Em cada lugar que olhávamos, havia algo bonito. A coroa gigante, os prédios, as cascatas, os jardins, tudo é lindo.

Semperoper (Ópera) em Dresden.

Na Theaterplatz.

Ainda na maravilhosa Theaterplatz.

Em cada canto, tudo era lindo!

Em seguida, vimos o Fürstenzug, um mural de porcelana, com 102 metros de comprimento e que foi feito com 24 mil azulejos. Lindo! Passamos por vários museus e pela primeira vez não entramos em todos (como gostamos), porque as paisagens já eram muito convidativas. Vimos o Verkehrsmuseum e os complexos de museus Albertinum e Zwinger.

Mais na mesma praça, ainda não acabou :-)

Fürstenzug, o mural de porcelana!

Seguimos para o Brühlsche Terrasse, na Georg-Treu-Platz. É um terraço enorme que foi construído sobre uma fortificação que protegia a cidade no século 16. Em cima, é muito bonito. Embaixo, pode-se visitar os abrigos subterrâneos e aí sim que é bacana. O museu é barato, oferece guia de áudio e é surpreendente.

Por último, fomos na mais importante atração da cidade, a Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora). Foi totalmente destruída no bombardeio e reconstruída em 2005. Subimos na torre da igreja e a vista da cidade lá de cima é a mais linda que se pode ter! Encantador. Infelizmente ela estava fechada e não pudemos entrar, apenas vimos o domo.

Vista de Dresden pela torre da Frauenkirche.

Seguimos para a Altmarkt, onde acontece (parece que só até amanhã) a Herbstmarkt. Gente, é incrível, eu amo essas feiras ao ar livre. Posso conversar com os moradores, experimentar as comidas, é muito bom. O mais engraçado é que não falo nada de alemão (só Bom Dia e Obrigada) e mesmo assim VÁRIAS pessoas conversam comigo em alemão (na maior certeza de que eu sei o que eles estão falando), é muito engraçado. No começo eu fazia cara de “não entendo”, depois passei a sorrir (sempre dá certo), hehehe.

A Frauenkirche.

Na feirinha, almojantamos – única refeição. Comemos lanche de Räucherlaschbrötchen (salmão defumado) e de Räucherfischbrötchen (um outro peixe cujo nome não sei, mas é delicioso). Ontem havíamos comido de Krebsfleischersatzbrötchen (um peixe rosado, parece camarão), todos deliciosos. Depois comemos um pratinho de cogumelos frescos e dourados com alho (ahhhhh muito bom!). provamos a cerveja de Dresden, a Radeberger, muito boa, mas a austríaca e a tcheca eram melhores, menos amargas (argh). De sobremesa, Quarkkrapfen mit eierlikör, que parece com nosso sonho, mas é torradinho, delicioso! E para finalizar, experimentei uma bebida típica da ex Alemanha oriental, um tipo de groselha com gás, muito bom e diferente. Ainda trouxemos para comer no hostel um pão chamado Schwarzbierstange, em que é utilizada cerveja em vez de água no preparo (imaginem!) e um queijo Holunderkäse.

Fomos tão bem tratados aqui! As pessoas são gentis e atenciosas e gostamos muito da cidade. Amanhã partimos, mas já estou tentando dar um jeito de passar pela feira antes de ir embora (risos).

Mais um dia sem fotos porque o lixão de internet aqui não permite (e por isso não coloquei nem no Facebook, em nenhum lugar, não consigo fazer upload para nenhum site). Assim que chegar amanhã no próximo albergue, eu posto todas as fotos dos dias anteriores (e são MUITAS, acreditem, porque amei Dresden). Amanhã tem muito mais, então :-)

Alegrias,

Fernanda.

9º dia – Praha (República Tcheca) e Dresden (Alemanha)

quinta-feira, setembro 23rd, 2010

Fizemos o check out em Praga e deixamos as malas no hotel para caminhar um pouco mais pela cidade. Subimos a Malostranské Mostecké Věže (Lesser Town Bridge Tower) e depois fomos procurar a estátua dourada na ponte. Minha amiga Rosi deixou um recado no blog contando sobre essa estátua (diz a lenda que se a tocarmos e fizermos um pedido, ele se realiza e voltamos a Praga). Bom, mal não faria, então fomos (risos). Obrigada pela dica e, aliás, obrigada por todas as dicas, de cada um, e todos os recados. Adoro!

Eu e a estátua que vai me dar sorte :-)

Esta é a estátua inteira...

Já com as malas, vimos a torre da Igreja de São Nicolas. Como havíamos comprado o Prague Card e tínhamos direito de subir, lá fomos nós, torre acima, com as malas nas costas! Malucos, mas valeu a pena pela linda vista. Depois seguimos para a estação internacional de ônibus, na estação de metrô Florenc, e pegamos o ônibus para Dresden, na Alemanha.

Vista de Praga da torre da Igreja de São Nicolas.

Um adeus a Praga. Mas eu volto!

A viagem durou duas horas e foi muito boa. O hostel aqui (da rede A&O) é próximo à estação de ônibus e trem e é simples, mas limpo. Pena que a internet é paga e muito ruim. Saímos para uma caminhada na cidade e encontramos logo a Herbstmarkt, uma espécie de feira com várias barraquinhas de todo o tipo (desde comida a artesanato). Comemos dois lanches de peixe maravilhosos na barraca Hein Mück. E depois ainda comemos um lanchão em que colocamos de tudo: de tomate seco a champignon e camarão. Delícia. Na volta, ainda comemos uma caixinha de macarrão. Só tranqueira na rua, mas tudo delicioso e não gastamos quase nada.

Chegada a Dresden.

Ops, flagra!

No nosso primeiro dia de Herbstmarkt.

Voltamos cedo para o hostel. A cidade é uma graça, estamos adorando e amanhã o dia nos espera com muitas atrações por aqui!

Não estou conseguindo baixar as fotos para o blog (eu disse que a internet era um lixo), mas assim que conseguir, eu atualizo e aviso vocês ;-)

Alegrias,

Fernanda.

7º e 8º dias – Praha (República Tcheca)

quarta-feira, setembro 22nd, 2010

Praha é como os tchecos chamam Praga, que é conhecida como Prague na língua inglesa. É linda. É encantadora. E assim como essa capital é especial, seus moradores são educados e atenciosos. Acho que é do país, porque tanto em Český Krumlov quanto em Praga fomos muito bem atendidos, por pessoas realmente gentis. E nós pedimos muita informação, paramos as pessoas na rua para perguntar coisas e sempre, sempre mesmo, tivemos um retorno muito elegante dos tchecos. Gostamos demais desse país! E aprendemos a falar obrigado no idioma: “děkuji vám” (algo como “dekuií, mas muito difícil de proncunciar).

Praga pode ser dividida em áreas que devem ser visitadas. A Hradcany é a região do castelo. Josefov é o bairro judaico. Malá Strana é a cidade baixa e Nové Mesto é a cidade nova. Nosso hotel, o ótimo Old Town Budget Hotel (uma espécie de apartamento que alugamos, com cozinha) fica localizado em Malá Strana, bem ao lado da igreja mais linda da cidade (na minha opinião), a Igreja de São Nicolas. Mas é perto do castelo e apenas a 10 minutos andando da famosa Charles Bridge.

Nosso primeiro passeio foi justamente conhecer a Chrám Sv. Mikuláse (Igreja de São Nicolas), maravilhosa! A igreja mais linda de Praga. Depois subimos uma enorme escadaria e conhecemos a região do castelo, Prazský Hrad. Lá dentro vimos a Katredala Sv. Vita (Catedral de São Vito), o Starý Královsky Palác (Old Royal Palace), a Bazilica Sv. Jirí (Basílica de São Jorge), a Prašná brána (Torre de Pólvora) e a Bohemia National Gallery, lindíssima, com obras de arte de artistas tchecos. A região do castelo é muito bonita.

Chrám Sv. Mikuláse (Igreja de São Nicolas)

Na entrada do castelo.

Descemos e ainda em Malá Strana, fomos ao Franz Kafka Museum (amei!) e depois atravessamos pela primeira vez a Karluv Most (Charles Bridge). A ponte sozinha já é uma atração de tão bonita. E a vista de lá, para os dois lados da cidade, é incrível. De lá, como tínhamos de comprar um adaptador de tomada (longa história, haha), pegamos o tram e depois o metrô. Antes vimos, em Nové Mesto, a Dancing House, um prédio pós-moderno.

Karluv Most (Charles Bridge) vista de cima, lotaaaaada!

Vista da cidade diretamente do castelo.

Voltamos de metrô até Town Hall e fomos andando pelo centro antigo da cidade. Subimos a Prašná brána (Torre de Pólvora, mas essa é outra, grande!) e de lá pudemos ver a cidade de cima, à noite. Passamos pela Staroměstské radnice (Old Town Hall) e jantamos próximo à Staroměstské námestí (Old Town Square). Dia de 13 horas de caminhada, mas que valeu cada passo.

Eu no Franz Kafka Museum.

 No 8º dia, ainda em Praga, fomos primeiro à Igreja do Menino Jesus de Praga. Almoçamos e fomos para o outro lado da cidade, no Josefov. Ficamos a maior parte do dia no Židovské muzeum (Museu Judaico) e conhecemos as sinagogas: Maisel, Spanish (a mais linda, incrível!), Pinkas (impressionante, um memorial com os nomes de todos os judeus da região mortos pelos nazistas escritos nas paredes), Klausen e Old-New Synagogue, que é a mais antiga sinagoga da Europa ainda em funcionamento. Também visitamos o Ceremonial Hall e o Cemitério Antigo Judaico. Lá eu não queria entrar, mas o rapaz nos indicou um caminho por dentro e andamos por todo o cemitério. É muito forte entrar nesses caminhos.

Igreja do Menino Jesus de Praga.

Eu na famosa ponte!

Ceremonial Hall, parte do Židovské muzeum (Museu Judaico)

De lá fomos para a estação de ônibus, comprar as passagens para amanhã e voltamos para a praça principal. Subimos a Staroměstská mostecká věž (Old Town Bridge Tower), de onde tivemos a vista mais linda da cidade, e fomos jantar. Mais um dia inesquecível.

O relógio astronômico!

Amanhã partimos para outro país. Um dia ainda voltaremos à República Tcheca!

Alegrias,

Fernanda.

Pausa em Praga

terça-feira, setembro 21st, 2010

Estamos em Praga – ou em Praha, como diriam os tchecos. O relato do 8º dia virá somente amanhã. É porque depois de tantas horas caminhando sem parar por essa capital maravilhosa, de janta e um banho quente, agora eu realmente preciso dormir! (risos). Praga é muito bonita, estamos aproveitando muito e amanhã estaremos por aqui novamente. Espero conseguir fazer o relato dos dois dias em Praga para vocês, mas desculpem, hoje preciso de caminha :-) Ah, e eu vim escrever um post porque senão minha mãe teria um treco no coração se não visse nada aqui, certo? hahaha…

A lindíssima Praga.

E a noite caiu... Ao fundo, o castelo.

Amanhã tem muito mais!

Alegrias,

Fernanda.

7º dia – Český Krumlov (República Tcheca)

segunda-feira, setembro 20th, 2010

O planejamento inicial era sair de manhã de Český Krumlov para chegar cedo à outra cidade na República Tcheca, mas mudamos os planos assim que pisamos em Krumlov. Esta cidade medieval é encantadora! Fizemos check out às 10h00 e passamos o dia por lá. Foi, sem dúvida alguma, a cidade mais linda e acolhedora por onde passamos até agora nessa viagem. E já é um dos meus locais preferidos (e Deus me permita viajar ainda muito mais para conhecer outros lugares, mas Krumlov está na lista dos lugares de que mais gostei!).

Vista de Český Krumlov de cima da torre cilíndrica.

Tudo é especial por ali. O lugar parece ter um tempo próprio, que passa mais devagar. Os sons e aromas são diferentes e os sabores incomparáveis. E o albergue nem parece albergue. O quarto individual tem banheiro, cozinha, é lindo, arrumado, quentinho e todo decorado (apesar de ser rústico – do que mais gostei, aliás). Começamos o passeio na Praça Svornosti, a principal praça da cidade. As casas ao redor parecem terem sido feitas para um filme, de tão lindas. No centro está a estátua da Virgem Maria com oito santos, os protetores da cidade. Santos e anjos, aliás, estão por toda a cidade.

Praça Svornosti.

Entramos na Igreja St. Vitus, construída em cerca de 1400. Lindíssima! Seguimos o passeio e cada ruazinha é uma atração à parte com suas lojas de vidros tchecos, marionetes e chocolates. Passamos a ponte sobre o rio Vltava, que visto de cima, parece cortar a cidade na forma de um C, sendo que o centro histórico está bem no meio. A cidade tem menos de 15 mil habitantes.

Ao lado do ótimo Krumlov Hostel, onde ficamos, com a vista do rio Vltava.

Subimos na Torre Cilíndrica, um dos cartões-postais da cidade. De lá de cima, é possível ver tudo. E em cada cantinho a vista é mais bonita. A impressão que se tem é que não há fotografias no mundo que possam expressar o que é estar em Český Krumlov.

Eu com o castelo ao fundo (à esquerda) e à direita a torre cilíndrica.

Fomos ao castelo, a principal atração local. Lindo! Lá dentro há até mesmo um teatro e o Mezinárodní Galerie Umeni (Galeria de Arte Internacional, mas que tinha quase na totalidade obras de artistas locais). O lugar é o máximo, na parte de baixo do castelo. Ainda na área do castelo, há o espaço dos ursos. É tão bacana, porque eles ficam soltos, não estão presos como em um zoológico, mas como estão em uma espécie de fosso, as pessoas não os incomodam (mesmo que tirem fotos!) :-)

Um dos ursos na área do castelo. Fofo!

Almoçamos no mesmo restaurante de ontem e pedimos a mesma comida de ontem, A diferença foi a sobremesa. Pedimos também uma diferente, que lembrava (de longe, mas lembrava) nosso arroz doce (Clau, lembrei de você e da Maria Lúcia!). Esse doce tinha uva passa e frutas vermelhas. Nham nham. Para acompanhar, tomamos uma cerveja tcheca (uma mínima para os dois, porque não somos tomadores de cerveja). E o dia acabou, hora de pegar o ônibus e viajar por três horas até a cidade que eu apresentarei amanhã para vocês!

Český Krumlov, uma cidade encantadora!

Espero que estejam gostando! Obrigada pelos recados, obrigada de verdade! Obrigada também pelos recados no Twitter e Facebook, leio tudo, adoro!, mas me desculpem por não responder nesse momento. É por um bom motivo ;-)

Alegrias,

Fernanda.

6º dia – Aventuras de mochileiros e Český Krumlov (República Tcheca)

domingo, setembro 19th, 2010

Escrevo a primeira parte do relato do trem que nos levará a České Budějovice. Saímos de Viena, na Áustria, pela manhã. Havíamos visto relatos de que viajar de ônibus seria muito mais rápido, mas eu não percebi que seriam os shuttles, com reserva antecipada. Assim, da estação Westbahnhof fomos para a estação de metrô Erdberg, para o terminal de ônibus internacional que não tinha saídas para Český Krumlov. Voltamos, paramos na estação Landstraβe, mas decidimos voltar para a estação de trem. Vale ressaltar que ninguém, em nenhum posto de informação, nos indicou que deveríamos reservar um shuttle. Assim, nesse vai-e-vem, perdemos toda a manhã.

Vale lembrar, também, que adoramos Viena e conhecemos muitas pessoas bacanas (todos estrangeiros) e que, de certa forma, não foi o lugar de pessoas mais “simpáticas”, não. Para quem me acompanha nas viagens todos os anos (Rosi e Gui, lembrei de vocês!), sabe que eu dificilmente me incomodo com as pessoas e faço amizade facilmente em todos os lugares. E parece que essa não é uma impressão somente minha. Lembram de Sanja, do outro post, da Sérvia? Ela nos disse exatamente isso, de que os austríacos eram fechados e nada simpáticos (e ela mora lá). E nos perguntou se no Brasil todas as pessoas eram tão amigáveis como nós, hehehe… Mas, voltando ao relato, depois de muitas cabeçadas, pegamos o trem. E se você fizer o mesmo caminho um dia, de Viena a Český Krumlov, não faça isso! O trem é demorado, faz duas paradas, é caríssimo, uma roubada! Como descobrimos a tempo, desceremos em České Budějovice e pegaremos um ônibus até nosso destino final, em vez de seguirmos com o trem, já em solo tcheco.

(Pausa para o restante do dia)

A viagem foi maluca (em České Budějovice falamos com mais de 10 pessoas e ninguém falava nada de inglês, hahaha), mas valeu a pena no instante em que pisamos em Český Krumlov. Eu praticamente esqueci tudo de errado que aconteceu. A cidade é linda! Encantadora! Andamos pelo centro porque nos perdemos antes de chegar ao albergue que, aliás, é maravilhoso, o Krumlov House. A dona é uma simpatia e logo nos sentimos em casa mesmo. O quarto é uma graça, com cozinha. Saímos para passear um pouco e almojantamos no recomendado U Dwau Maryí. Sentamos em uma mesa ao lado do rio, em que se podia ver a torre. O jantar foi incrível!

A primeira visão da cidade...

Tudo aqui em Český Krumlov parece saído de um filme!

Má pediu um prato de Staročeská hostina de frango e eu pedi um prato típico tcheco, mas vegetariano: Staročeská vegetariánská hostina. Fiquei feliz e impressionada por encontrar um prato sem carne e que estava maravilhoso (bem mais gostoso do que o de frango). Para explicar, é um pratão que vem de tudo: bolo de batata (delícia), uma espécie de “hambúrguer” de arroz, além do arroz com sementes e outro arroz com verduras, um bolo de queijo e… ah, só comendo para saber, nham! É muito diferente de tudo o que já comi, amei, amei, amei! (Lu, lembrei de você, EOL!)

Staročeská vegetariánská hostina. Nham!

Para beber, a bebida típica do lugar: Skořicová Medovina, vinho quente com sabor de canela. Sabem vinho quente de festa junina? Balela! Isso é um vinho tcheco delicioso, que é servido quentíssimo (com a fumaça!) e sabor preferido. Também provamos o Mandlová Medovina (almond). Mami, você ia amar esse vinho! De sobremesa, Zahour (pequenos bolinhos doces com calda de frutas vermelhas e quente, claro!) e Bramborové šišky, uma espécie de bolo de batata, mas doce e com cobertura de açúcar mascavo. Ambos deliciosos! E não é difícil adivinhar por que tudo aqui é quente: é muito frio e estamos apenas no fim do verão/começo de outono! Imaginem no inverno! Comemos tanto, mas tanto, e não gastamos quase nada. Mais uma vantagem: a coroa tcheca é bem mais baixa do que o Euro.

Eu com o Skořicová Medovina (vinho quente delicioso).

Além do clima, da comida maravilhosa, da cidade linda e do ótimo albergue, as pessoas são simpáticas e agradáveis. Este é, sem dúvida, o lugar mais bacana em que estivemos nessa viagem. Estou mais do que apenas encantada, estou apaixonada por Český Krumlov. Tanto que adiamos um pouco nossa ida e em vez de manhã (só faremos o checkout), vamos pegar o ônibus para a próxima cidade à noite para curtir um dia inteiro em Krumlov.

A torre e o castelo.

Alegrias!

Fernanda.

5º dia – Bratislava (Eslováquia)

sábado, setembro 18th, 2010

Saímos de Viena e andamos até a estação mais próxima ao albergue, a Westbahnhof. O trem saía de outra estação, então pegamos um tram (metrô de superfície) até lá. Compramos o ticket de ida e volta para Bratislava, a capital da Eslováquia. A viagem tem uma hora de duração. Na chegada à estação de trem, há táxis por toda a parte, mas como o passe de trem já dá direito a andar de tram, nós pegamos um até o centro da cidade (táxi, aliás, nós nunca usamos, só em caso de emergência). Até descobrimos qual, perguntamos duas vezes. A primeira menina foi simpática, a segunda foi ainda mais simpática. Percebemos que os jovens eram bem receptivos, mesmo que não falassem nada de inglês.

O idioma, aliás, é o eslovaco, uma língua eslava e muito, muito difícil para nós. Mas foi lá que notamos o poder da palavra obrigada com mais intensidade. Bastava dizer D’akujem (pronuncia-se dákuiêm) que qualquer pessoa abria um sorriso. Era incrível mesmo. Chegamos a ser mal atendidos e depois soltar o nosso “supereslovaco” e em seguida abrirem um sorriso e puxarem papo conosco. Eu sempre acreditei no poder de agradecer (por isso é a primeira palavra que aprendo em qualquer idioma do local em que estamos), mas lá foi maravilhoso.

Chegamos à praça em que está o Slovenské Národné Divadlo (o Teatro Nacional Eslovaco). A praça é linda, o teatro é lindo, tocava música, estava sol, as pessoas pareciam alegres e o dia estava delicioso. Fomos ao Bratislava Primaciálny Palác, um lindo palácio que também é museu. Vimos uma exposição de tapeçaria e quadros, mas só o palácio em si já valeria o ingresso (que aliás, foi baratíssimo, 1 euro cada).

Slovenské Národné Divadlo (Teatro Nacional Eslovaco)

Como teríamos apenas o dia pela cidade, decidimos fazer o city tour. Passamos por muitos pontos turísticos, mas alguns chamaram atenção, como a Stará Radnica (antiga Prefeitura). Mas o principal foi chegar ao Bratislavský Hrad, o castelo de Bratislava. Lindíssimo! Pena que está fechado para restauração. De lá foi possível ver a linda e mais famosa ponte da cidade, a Nový Most. No seu topo há um restaurante em formato de disco voador.

Bratislavský Hrad, o castelo de Bratislava.

A mais famosa ponte da cidade, Nový Most.

O city tour durou cerca de uma hora e depois continuamos andando a pé pela cidade, às margens do rio Danúbio. Deu até para sentar, descansar e admirar a paisagem! Fomos à Slovenská Národná Galéria (Galeria Nacional Eslovaca), onde pudemos conhecer obras de artistas do país. O museu é muito bonito, vale a visita! E o ingresso é muito barato.

Continuamos passeando, encontramos o Michalská Brana (Portão e Torre de Saint Michael), que era um dos portões de Bratislava em tempos medievais. Também vimos a Igreja Kapuzinerkirche. Até assistimos a um pedaço da missa… em eslovaco! Depois paramos para jantar no Prasná Basta e comemos o típico bryndzove halusky, um tipo de nhoque (com as bolinhas bem pequenas) com queijo – o típico mesmo seria com bacon, mas ao saber que não comíamos, eles tiraram, uma dica para vegetarianos. Dividimos uma taça de vinho de produção local – delicioso! O vinho era mais barato do que a Coca-Cola.

Às margens do Danúbio, com a ponte ao fundo.

Bratislava, Eslováquia!

Adoramos Bratislava!

Alegrias,

Fernanda.

4º dia – Wien (Áustria)

sexta-feira, setembro 17th, 2010

Hoje o dia foi longo, intenso e incrível! Passeamos das 11h00 até a 1h00 do dia seguinte (hoje, sábado). Sem parar, direto. Começamos o dia no Schloss Schönbrunn (o palácio que era a residência de verão da família imperial). Como todos os lugares em Viena, chegamos de metrô. Fizemos uma belíssima visita com guia de áudio e foi impressionante conhecer as salas do palácio. Os jardins são belíssimos, assim como a Gloriette (monumento aos soldados ao fundo).

Schloss Schönbrunn (o palácio que era a residência de verão da família imperial).

Os jardins do Palácio e, ao fundo, a Gloriette.

Foi divertido percorrer os labirintos do castelo. Eu me senti como em um filme! Uma delícia! Saímos de lá e fomos até a Staatsoper (ópera nacional). Linda! De lá, chegamos à Stephansdom, a Catedral de Santo Estevão, de estilo gótico, que impressiona pela beleza e está sendo restaurada. Fomos a Mozarthaus Vienna, que foi residência de Mozart durante três anos. Lá encontramos cartas e outros documentos originais do gênio da música.

Os labirintos do palácio. ADOREI!

Stephansdom (Catedral de Santo Estevão).

Chegamos ao Complexo Hofburg, enorme e belíssimo. De lá, caminhamos até a Museumplatz, em que se encontra o Museums Quartier. Lá dentro está, entre outros museus, o Leopold Museum, museu de arte austríaca, onde pudemos ver obras de Oskar Kokoschka, Egon Schiele e Gustav Klimt (estava doida para ver obras dele no país dele!), além de outros mestres, como Pablo Picasso, Joan Miró, Paul Klee, Paul Cézanne e o idolatrado (salve, salve) Claude Monet.

Assistimos a um concerto com composições de Mozart e Strauss no Palais Palffy, mesmo local em que Mozart tocou com sua irmã, Nannerl, em 1762. Foi muito bonito! A cidade respira música clássica, é muito bacana. De lá, terminamos a noite no mesmo Café Einstein, com o delicioso Wiener Schnitz e de sobremesa o enorme e delicioso doce típico Beeren u Glut, uma espécie de clara em neve estufada e doce gigantesca com fundo de doce com várias frutas vermelhas. Nham.

Pessoas bacanas que conhecemos:

As simpáticas sul-coreanas Eun-Young Sung e Hye-Jin Yoon.

O gente-boa Sami, de Kosovo.

A nova amiga Sanja (pronuncia-se Sânia em português), da Sérvia. Uma simpatia!

Quero agradecer por todos os recados e pedir desculpas, porque não posso respondê-los agora. Mas vocês sabem que eu respondo e adoro, né? ;-) Quero agradecer e mandar um abraço ao Rodrigo Duarte pelo recado. Rodrigo, eu adoro falar com os leitores, é um prazer imenso!!! Escreva sempre que quiser, viu? Depois respondo seu recadinho, como sempre faço. Obrigada!!! E um abraço também para minha família, que está acompanhando o blog, e a família do Má, que também está acompanhando. Smack!

Alegrias,

Fernanda.

3º dia – Budapest (Hungria) e Wien (Áustria)

quinta-feira, setembro 16th, 2010

Acordamos, fizemos o check out no albergue e fomos para o Magyar Nemzeti Múzeum (Hungarian National Museum). Entramos e visitamos todas as salas. Muito bem arrumado! Gostei de conhecer mais sobre a história da Hungria e entrar nas salas que mostravam as roupas antigas. Pegamos as malas e partimos para o metrô e, em seguida, estação de trem. Lá procuramos o primeiro trem para Viena e lembramos de que sempre temos de comprar as passagens com antecedência. Havia para as 15h10. Comemos e esperamos.

Por enquanto, escrevo do trem, que é confortável e limpo. Um balanço de Budapeste me mostra que é uma cidade adorável e ainda mais linda à noite. Peste é bonita, mas Buda é encantadora. As pessoas foram simpáticas conosco, mas não uma simpatia extrema, não uma alegria contagiante, nada disso. Quase todos falam somente húngaro e alguns falam um inglês macarrônico. Algumas pessoas nos ajudaram, mesmo sem o inglês, e aprendemos oficialmente o “uga uga language”, que funcionou bem no país. Respondiam em húngaro, fazíamos sinais, entendíamos (!!!) e agradecíamos em húngaro (uns nem ligavam, mas quase sempre nos abriam um sorriso depois disso). Os locais públicos não são exatamente limpos, não há quase rampas (só escadas) e antes de qualquer coisa, pense que Hungria não é Suíça (que eu adoro descaradamente), não dá para comparar. Posto isso, eu curti demais a viagem. Budapeste vale a pena!

Eu escrevendo para vocês no trem de Budapeste a Viena. Ah, e com minha blusinha típica húngara! :-)

(Pausa na escrita para a chegada a Viena).

São três horas de viagem de trem de Budapeste a Viena. Chegamos 18h00, procuramos por um local para comprar o Wien Card, que é o mesmo esquema do Budapest Card – você paga uma taxa e tem direito a andar quantas vezes quiser em todos os transportes públicos e ainda tem desconto em várias atrações como museus durante o período solicitado. O hostel (albergue) aqui é muito bom, o Hostel Ruthensteiner, próximo à estação de metrô que é a estação de trem – Westbahnhof.

O idioma da Áustria é o alemão, com sotaque diferente dos demais países que falam a língua. Depois de húngaro, pareceu até familiar voltar a falar o Danke (obrigada). Já era noite quando começamos o passeio, mas valeu muito! A primeira impressão é de que Viena é maravilhosa!

Saímos do metrô e caímos no Volkstheater, um lindo teatro. Caminhamos até o belíssimo Parlamento. Já avistamos de longe as luzes da Rathaus (a Prefeitura), que é de babar de tão linda, em estilo gótico e com flores em todas as janelas. À noite e iluminada, é incrível. Logo à frente está o Hofburgtheater. Andamos mais um pouco até o prédio da Universidade. Lindo! E terminamos a caminhada na igreja Votivkirche, que está em reforma (mas é possível ver que é muito bonita).

Parlamento.

Rathaus (a Prefeitura).

A Universidade.

Voltamos caminhando e paramos para comer no Café Einstein. Uma delícia! Um prato de nhoque de espinafre e outro do típico wiener schnitzel, mas com peru em vez de vitela (que é o comum, mas eu não como). Estava tudo ótimo! Pedimos duas cervejinhas (em copos bem pequenos, como de licor) apenas para provar a cerveja vermelha 127oer e a preta marchl. A vermelha é mais suave, bem suave como nunca provei no Brasil – mas ok, não sou mesmo a melhor conhecedora de cervejas e, aliás, nem as tomo no meu país, mas o fato é que a cerveja vermelha é diferente e muito boa! A cerveja escura é mais forte. De sobremesa, os típicos Apfelstrudel (de maçã) e Topfenstrudel (de queijo). O lugar é muito bacana, agradável e a comida deliciosa! Ainda conhecemos a simpática Sanja (em português, pronuncia-se Sânia) da Sérvia.

Doces, doces, doces!

Estou encantada com Viena. Amanhã tem mais, muito mais!

Alegrias,

Fernanda.