Roteiros de Viagem
Uruguai – Colonia Del Sacramento
Saímos de manhã do albergue em Buenos Aires, pegamos o Buquebus e voltamos ao Uruguai, na cidadezinha que é a mais próxima da Argentina: Colonia Del Sacramento. O território foi, por muitos anos, motivo de luta entre Espanha e Portugal. Acabou sendo colonizado em parte por cada um dos dois países e é um espaço único no mundo. Seu apelido, inclusive, é “maçã da discórdia”. De um lado se vêem casas tipicamente portuguesas, de outro estão as casas espanholas. É tudo tão bonito, detalhado, preservado, que vale a pena visitar. Para nós, no Brasil, uma cidade colonial assim é mais comum do que para os uruguaios, ainda assim, Colonia tem charme e elegância.
Construção da charmosa Colonia
Ficamos no hotel Bahia Centro, no centro comercial, a dois minutos a pé do centro histórico. Há uma grande vantagem na localização do hotel: quando chegamos com as malas no porto (o mesmo vale para quem chega de ônibus, porque a rodoviária é ao lado), não precisamos nem de táxi, porque estávamos a apenas três quadras do hotel. E ao mesmo tempo, estávamos muito próximos ao centro histórico. Além disso, o hotel tem bom preço, ótimo atendimento, quarto limpo e ainda passa por uma reforma, o que deverá deixá-lo ainda melhor.
Meu amor em Colonia
Deixamos as malas e fomos caminhar. Visitamos a Igreja Matriz e almoçamos no restaurante logo em frente, o Drugstore, em que se pode comer dentro de antigos carros. Vimos a Plaza de Armas (linda), o forte e a Porta da Cidade, ainda mantida intacta, tão bela! Lá era o local de trabalho de um simpático artista vestido de palhaço. Fomos à Plaza Mayor, também chamada de 25 de Mayo e chegamos à Casa de Pou, que foi recuperada e hoje abriga diversas atividades para a comunidade local.
Restaurante Drugstore
A “porta” da cidade ainda preservada
Conhecemos a famosa Calle de Los Suspiros. Possui casas lindas e típicas e foi local onde rodaram filmes. Quanto ao nome, bem, é dito que ficou conhecida porque na rua havia uma casa de lenocínio (crime que consiste na exploração da prostituição, ou no estímulo de alguém à sua prática). Isso aí eu li num livro, desse jeito, então nem vou comentar ;o)
Calle de Los Suspiros
Fomos ao Museo Del Periodo Histórico Portugues, que fazia parte de um roteiro da cidade: paga-se um único valor para visitar todos os museus. Vale a pena! Vimos a Casa Lavalleja e depois fomos ao Museu Casa de Nacarello, que é uma típica casa portuguesa preservada. Muito interessante. O seguinte a ser visitado foi o Museo Municipal, também chamado de Casa Del Amirante Brown, construção de 1795. Também fomos ao Archivo Regional (chamado de Casa de Palácios) e me encantei com a preservação de pedaços da Casa Del Virrey, na Calle de Lãs Misiones de Los Tapes. Havia um museu com azulejos antigos, mas estava fechado, bem como o museu indígena. Vistamos o Farol, ao lado das ruínas do convento de San Francisco. Que lugar lindo!
Natureza em Colonia
Ruínas do Convento de San Francisco
Continuamos o passeio pela cidade e visitamos a Plaza Del Theatro e o Museo Del Periodo Histoico Español estava fechado para reformas, infelizmente. Fomos à Feira de Artesanatos, vimos a sede da Prefeitura local e fomos andando (não façam essa loucura, é muito longe) ao Colonia Shopping, pequeno, mas organizado.
Jantamos no ótimo Parrillada El Porton (na avenida General Flores, 333). Com ambiente agradável e comida deliciosa, bebemos um vinho uruguaio maravilhoso. Mas o melhor mesmo ficou para o final: um doce chamado “chaja”, tão bom que repetimos. Não dá para explicar: era uma espécie de bolo muito macio, com uma receita diferente, recheado de doce de leite e com pêssegos. A água está escorrendo da boca só em pensar.
Chaja – maravilhoso!
Voltamos a pé para o hotel e no dia seguinte seguimos para Montevideo de ônibus. Compramos as passagens no dia anterior na rodoviária e fomos com a empresa COT, que possui diversos horários. A viagem foi tranqüila e durou cerca de 2h30. Já na rodoviária de Montevideo, compramos passagens para o aeroporto de Carrasco. Chegamos com antecedência e “almoçamos” no aeroporto, onde comemos empanadas e alfajores. Lá deixamos nossos últimos pesos uruguaios.
Do avião, avistamos o pôr-do-sol e nos despedimos desse país que nos conquistou.