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7 – Punta Del Este

segunda-feira, outubro 6th, 2008

Chegamos a Punta Del Este no início da noite e fomos para o hotel que havíamos reservado pela internet, como quase tudo da viagem. O hotel escolhido foi o Amsterdam, na Calle El Foque, em frente à Playa de Los Ingleses. Considerando os preços abusivos de Punta, o hotel escolhido estava em uma boa média, com preço justo. Os atendentes são simpáticos e falam português, mas mesmo os que não falam, tentam e são gentis. Ofereceram um quarto com vista para o mar por cortesia, já que o hotel estava vazio porque estávamos em fora de temporada. E a visão da janela era muito bonita.

Fomos conhecer La Barra no mesmo dia, que é colada com Punta. O diferencial do lugar é a Ponte Ondulada, uma estrutura que mais parece um tobogã para os carros, em um sobe e desce interessante. Naquele dia jantamos em Punta, no restaurante Virazón. Como quase todos da cidade, o preço é absurdo. Tudo bem, a comida estava uma delícia, mas não vale o que se gasta. O atendimento é mais ou menos e mais uma vez eu repito: a conta é assustadora. Acho que nunca paguei tanto para comer em um lugar e a comida nem era tão magnífica assim. Só o musse de doce de leite. Esse era dos deuses, então valeu por ele.

set08_uruguay27_puntaonduladaLa Barra – Ponte Ondulada

No dia seguinte, 16 de agosto, fomos conhecer a cidade e a primeira parada foi o Puerto de Nuestra Señora de La Candelária. O lugar é belíssimo. Ficamos muito, muito tempo observando os leões marinhos, os pescadores e o movimento. Tiramos fotos, chegamos perto dos leões que esperavam comida (os pescadores lhes dão todo o resto do peixe após a limpeza para a venda e os leões, sabidos, aguardam a sua vez).

set08_uruguay26_puntaportoNo porto com um leão marinho

A primeira decepção veio quando buscamos um passeio para a Isla Gorriti. Não havia. É uma ilha próxima e parece linda, mas os “barqueiros” queriam nos vender um passeio para a Isla de Lobos. Os próprios funcionários do hotel já tinham nos alertado que não vale a pena, porque o passeio é caríssimo e lobos, afinal, podem ser vistos ali no porto mesmo. O preço do tal passeio era de 50 dólares (isso mesmo, tudo lá é em dólar) por pessoa. Como? Por duas horas sem poder nem sair do barco para conhecer a ilha? Sem chance. Infelizmente também ficamos sem o passeio para a Isla Gorriti e resolvemos passear pela cidade.

A verdade é que após um dia por ali eu já estava irritada. Não gosto muito dessa coisa de “glamour” porque prefiro a natureza. O belo me agrada, não o nojento, e este último eu acabei vendo bastante por lá.

A cidade é bonita, mas não tem nada de tão especial assim. É apenas bonita. Um dia por lá é suficiente. Tudo bem que estávamos fora de temporada e dizem que no verão o lugar fica cheio de gente. Mas se a intenção é estar no mesmo lugar com o mesmo tipo de gente e ainda por cima lotado, eu passo a vez, obrigada.

Como não tínhamos planejado nada para aquele dia, resolvemos conhecer Punta Del Este. Primeiro fomos ao Faro, o farol que está localizado na Calle 2 de Febrero. Bonito, logo em frente à Parroquia de Nuestra Señora de La Candelária. Simpática por fora, porque estava fechada e foi só o que pudemos ver.

set08_uruguay30_puntafaroO farol

set08_uruguay29_puntaigrejaA igreja

De lá, pegamos o carro e seguimos para a Playa Brava, a famosa praia com a escultura da mão que emerge da areia do artista chileno Mario Irrazábal. É uma escultura interessante, apesar de estar com vários “dedos” pichados. Saímos em direção à Feira Artesanal, entre as Calles El Corral e El Mesana. Compramos um leão marinho com o filhote, minúsculos, apenas como recordação. Um trabalho bem feito de um uruguaio local com quem conversamos. E de lá paramos para almoçar no restaurante Napoleon, em frente ao porto. O preço era caro, o que não era nenhuma novidade, mas o prato de paella para duas pessoas estava maravilhoso.

set08_uruguay28_puntamanoPlaya Brava – Escultura de Mario Irrazábal

Ficamos mais um tempo no porto e procuramos algo mais para fazer. Encontramos no guia o Museo Del Mar, que fica em La Barra, a cerca de um quilômetro da ponte, de onde já se vê placas para chegar até lá. Foi uma grata surpresa, porque o lugar é grande e muito bem conservado. Gostamos muito! Voltamos à Punta e passeamos de carro. Paramos na frente do Conrad Casino, o cassino mais famoso da cidade. E entramos, claro. Gastamos a módica quantia de dois dólares, o que era equivalente a duas fichas. Elas acabaram em menos de cinco minutos, mas valeu pela rápida diversão.

O jantar aconteceu no Punta Del Este Shopping Center, pequeno e meio sem graça para a frescura da cidade. Comemos no famoso Il Mondo Della Pizza pela segunda vez no país e de sobremesa pedimos o fantástico “rogel de dulce de leche”. É algo muito, muito, muito bom. Uma torre de bolo quase alfajor gigante com camadas de doce de leite. Pouco calórico, imaginem, mas uma coisa boa demais. E foi com ele que o dia acabou. Mas nem imaginávamos como seria o dia seguinte – cheio de aventuras, com direito a carro atolado e a conhecer a cidade mais bacana da viagem.

(Continua…)