Archive for outubro, 2009

Indignada com o programa Saia Justa

segunda-feira, outubro 12th, 2009

Estou INDIGNADA com a grosseria das mulheres do programa Saia Justa. Como jornalista, eu me sinto ofendida por essas “profissionais”; como brasileira, eu tenho vergonha. É preconceito com ironia que me dá nojo.

Primeiro, assistam ao curto vídeo e em seguida vejam o meu depoimento.

Eu não sei por onde começar, porque é muita baboseira junta. Primeiro falemos de questões técnicas: o vídeo da Maitê Proença está um lixo – o nosso vídeo caseiro e simplérrimo está mais bacana e eu mostro depois para vocês, combinado? – e, em segundo lugar, ela como repórter não dá. Primeiro ela precisa saber que para ir a um lugar e entrevistar pessoas é necessário estudar antes para entender sobre o que se está falando.

É de extrema ignorância e falta de educação falar do país como ela falou. Não importa onde é, porque cada lugar tem sua história e merece respeito; cada povo é único e é incrível poder aprender com as pessoas quando não existe preconceito. Ela foi rude, grosseira, estúpida e muito, muito irônica em todas as suas colocações. Desde o início, quando mostrou a casa, no momento em que visitou a loja dos pastéis de Belém, quando entrou no mosteiro, quando contou sobre o técnico e comentou que os portugueses “são estranhos” e depois, quando cuspiu. Isso mesmo, cuspiu! Para mim, foi o FIM. Uma estupidez que não tem tamanho. Para completar, as “profissionais” contaram uma historinha e debocharam dos portugueses mais uma vez. Estou com raiva, vocês nem imaginam!
(mais…)

Fernanda criança

segunda-feira, outubro 12th, 2009

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Tenho lembranças de infância que aquecem meu coração. Do jeito que eu ficava quietinha para parecer estar dormindo e ser carregada no colo pela mamãe ou pelo papai, do pastel com guaraná preparado no sábado à noite, quando nos reuníamos em volta da mesa de centro da sala para ver TV juntos, das longas partidas de WAR que eu, meus pais e meu irmão fazíamos, do presente que eu ganhei de Papai Noel que não era o que eu queria, mas que era o que meus pais podiam dar e se tornou o meu preferido pra sempre: a boneca com cabelos de lã cor-de-rosa que me fez perder a inocência do bom velhinho, mas me mostrou mais uma vez a família linda que eu tinha, das brigas e brincadeiras com meu irmão, da turma da rua, onde fazíamos bailinhos e brincávamos de esconde-esconde, do leite quente que meu pai preparava pra mim e do jeito carinhoso com que ele me acordava todas as manhãs, da paixão por minha mãe pelos animais, que passou para mim com toda a força, das aulas de matemática que meu pai me dava e das de ciências dadas pela minha mãe. Lembro do colégio de freiras, das orações da manhã, do uniforme azul berrante da escola, das pecinhas de teatro que preparamos para as datas comemorativas, da gincana em que participamos com um grupo de nome “boto rosa” (sem comentários), da troca de canetas e de fofocas com meu primeiro amigo que eu me lembro nessa vida e que foi meu padrinho de casamento, das lições de português que eu fazia com gosto porque realmente me fascinavam, da única Barbie que eu ganhei depois de “mocinha”, porque antes eu brincava com a Suzy que tinha sido da mamãe, das roupas de boneca que ela fazia para mim com o maior capricho, do meu forninho de brinquedo em que eu e as amigas da rua preparávamos lanchinhos (e comíamos!), das aulas de natação, de balé, de inglês e das tantas bolsas de estudo que eu tinha para tudo. Lembro do meu gosto pela leitura desde cedo, dos meus dibis da Turma da Mônica, meus primeiros livros e meu caderno de poesia de capa amarela. Lembro todos os dias que sou uma privilegiada por ter conhecido os meus quatro avós e ainda ter a vóva ao meu lado. Do “ô ô ô” que o meu avô de olhos azul como céu fazia e do seu jeito de derrubar lanche pela casa inteira porque não gostava de pratinhos, dos livros emprestados pela avó paterna e que me fizeram pegar ainda mais gosto pela leitura, ainda mais policial (que eu comecei a ler criança, acreditem), do jeito do meu avô paterno falar italianado na mesa à refeição e eu me sentir morrendo de vergonha quando ele queria que eu respondesse em italiano. Das blusas de lã que a vóva fazia e ainda faz, do jeito solidário dela e da maneira fofa com que fala cada vez que lê algo que eu escrevo. Lembro da vó materna, essa aí, nos dias em que preparava sopa de feijão para jantarmos, quando papai ainda não tinha voltado da farmácia e mamãe da escola e depois nos lia histórias. De “João e Maria e “A Bela e a Fera” principalmente, eram minhas favoritas e estavam escritas num livro velho, que a vó já tinha usado para ler para minha mãe. Eu me recordo das viagens curtas em família, das danças com meu pai na sala de casa, dos discos de vinil que me fizeram gostar de Beatles, das noites assistindo ao Carnaval com minha mãe e dos dip lick, aquele pirulito com pozinho colorido, que meu pai trazia. Não esqueço das viagens ao Rio desde muito pequena, das bagunças com a prima, as idas à praia e o meu gosto pela água desde cedo. Lembro, especialmente, que a minha infância foi marcada pela presença da minha família, de muito amor, de pouco dinheiro, de abundância de felicidade e de exemplos de honestidade. Fui uma criança feliz. Sou uma mulher feliz. E, dentro de mim, ainda há uma criança. Vai ver que é por isso que eu não preciso voltar no tempo – ele está em mim e fez de mim o que sou hoje.Fe_crianca3_tw

Reedição do ano passado, já que o blog antigo ficou esquecido e muitos textos não foram lidos. ;-) Desse eu gosto porque me sinto aconchegada com as lembranças.

Feliz Dia das Crianças para todos vocês!
Alegrias,
Fernanda.

11/10/2009 – Hoje eu estou…

domingo, outubro 11th, 2009

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Feliz!!! Minha amiga Luciana, minha grande amiga, minha amiga querida, teve seu baby Nicolas! Parto normal, como ela queria, e eu não vejo a hora de poder fazer essa viagem que nos separa para ver a carinha do meu “sobrinho”. Minha EOL, felicidades e que Deus os abençoe. (OBS: Participação especial de Teddy).

Meninas de todos os tamanhos

domingo, outubro 11th, 2009

E o encontro das meninas foi uma delícia, como sempre. Como é que podem três criaturas que moram longe ser amigas desse jeito só a internet pode explicar, mas eu conheci a Nanda, do Rio, há muitoooos anos (e pessoalmente em 2004) e a Rubia há outros muitoooos anos, sendo que descobrimos que moramos não tão longe assim. E as duas se conheceram mais ou menos na mesma época e agora somos um “trio de quatro”, depois que a Giovanna nasceu :-)

Eu, mamãe Nanda e filhota Gigi e Rubia

Eu, mamãe Nanda e filhota Gigi e Rubia

Gigi gostou quando eu fiz "Miauuuuuuu" para o som do gato.

Gigi gostou quando eu fiz "Miauuuuuuu" para o som do gato.

Conheci a querida Lu e a filhota Julia - e na foto Ru, eu, Gi e Nanda

Conheci a querida Lu e a filhota Julia - e na foto Ru, eu, Gi e Nanda

Alegrias,

Fernanda.

Hoje eu estou…

sábado, outubro 10th, 2009

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Feliz por ter encontrado amigas queridas. (Fotos em breve!). Bem que eu tentei enviar esta foto pelo celular, mas não consegui configurar o bichinho para enviar nada pela internet. Eu continuo na luta! Até amanhã, pessoal.

Programas de comidinhas

sábado, outubro 10th, 2009

Eu gosto de almoçar assistindo a programas de culinária. Para quem não sabe, moro no interior e desde que me mudei para cá ganhei a oportunidade de almoçar em casa (o que nunca acontecia na época em que trabalhava em Sampa). Eu venho e faço o almoço, ou esquento a comida do dia anterior, e sento na frente da TV para ver programas de comidinhas.

Gosto muito do Jamie Oliver. Ele é jovem, simpático, faz receitas fáceis e práticas e o programa em que ele cozinha em sua casa e chácara é uma delícia (no palco não é tão interessante). Mas vê-lo colher os alimentos na horta e preparar na hora é muito bom. Fora que o programa é bem cuidado, com uma abertura bacana que tem uma musiquinha que me agrada bastante.

Outro que eu adoro é o Menu Confiança, da GNT. O Claude é um francês muito simpático, faz receitas gostosas, e a Deise é sommelier e apresenta as melhores combinações de vinhos para os pratos. E ela é tão simples que não faz com que nos sintamos bobos, não. É muito bom aprender com ela. O programa é ótimo.

Agora eu preciso admitir que eu não gosto de ver a Nigella cozinhando com aquele cabelão solto, haha… Eu não consigo cozinhar de cabelo solto de jeito nenhum! Até comer de cabelo solto, para mim, é difícil (segura a loucura, Fernanda!). Mas, mesmo assim, ela é lindinha, as receitas são boazinhas. Enfim, não é the best, mas não é ruim.

E na internet tem o programa do Olivier Anquier. Lá dá para pesquisar as receitas e assistir ao vídeo de preparação. O Olivier é um barato, ele brinca, explica, faz a receita parecer simples. Ele é ótimo, as receitas parecem todas saborosas e já testei algumas que deram certo mesmo. Estou, no momento, tentando realizar uma nova receita francesa, mas assim que conseguir, eu posto aqui.

E onde você busca inspiração para suas receitas?

Alegrias,

Fernanda.

Hoje eu estou…

sexta-feira, outubro 9th, 2009

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Pensativa. Muito pensativa.

Hoje eu estou…

quinta-feira, outubro 8th, 2009

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Cansada. De ficar acordada até as 3h da madrugada e acordar para trabalhar em seguida.

Alegrias,

Fernanda.

Gentileza: o teste do cumprimento

quinta-feira, outubro 8th, 2009

Assisti a uma matéria no Jornal Hoje, na Globo, que eu gostei muito. Senti saudade da avenida Paulista. Oras, e você vai me dizer “mas é poluída, tem um trânsito horroroso”, e eu vou dizer “é, tem, mas eu adoro, é linda”. Trabalhei cinco anos lá, em dois locais diferentes (primeiro numa rádio, anos depois em um site) e tenho ótimas recordações.

A explicação da matéria: “A repórter Neide Duarte foi para as ruas de São Paulo ver de perto como reagem os paulistanos ao teste do cumprimento e se eles são solidários e dispostos a dar informações”. Quer saber? Assista.

Alegrias da paulistana, com orgulho,

Fernanda.

Viajantes do Peso

quarta-feira, outubro 7th, 2009

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O “Viajantes do Peso” funciona. Faça assim: viaje muitos dias, tome café da manhã reforçado quando o hotel oferecer (mas dia ou outro não coma nada de manhã), saia e ande, ande, ande. Procure lugares íngremes e suba, suba, suba. Prefira andar a pé ao ônibus ou qualquer outro meio que facilite a locomoção. Não almoce. Lá pelo fim da tarde, faça apenas uma refeição, que será o “almojantar”. Nele, coma à vontade, afinal, você gastou energia durante todo o dia. Por isso, chocolate está liberado. Depois de se alimentar, ande mais. Ande muito, até os pés cansarem. Volte ao albergue ou hotel e pode fazer um pequeno lanche, algo como queijo. Bem-vindo à dieta dos “Viajantes do Peso”.

No retorno, para “recuperar” o peso perdido, basta retornar ao trabalho e continuar comendo a mesma quantidade de chocolate dita acima. É tiro e queda, minha gente.

Alegrias,

Fernanda.

Pouco mais de 20

quarta-feira, outubro 7th, 2009

Na aula de piano, a professora descobre a minha idade.

- Você tem 30 anos? Sério?

- Tenho. Por quê?

- Eu achava que você tinha uns 22 ou 23. No máximo, no mááááximo, 25. Acho que é porque você é muito alegre e sorridente…

- Ah, fessora, eu ganhei o dia.

“Você parece mais nova” é quase tão elogioso (ou mais) do que “Você está mais magra”. Melhor do que tudo, pra mim, só “Eu adoro o que você escreve”, hahaha.

E aí, qual o melhor elogio do mundo pra você?

Alegrias,

Fernanda.

Coisas de mulher

terça-feira, outubro 6th, 2009

Na casa de uma amiga, o marido conta de um dia em que ela demorou um tempão para se trocar, apareceu linda e só estava com uma dúvida.

- Amor, qual bolsa eu uso, a preta ou a prata?

- A prata.

Pausa.

- Então espera que eu vou trocar de roupa.

E não, não é ficção :-)

Alegrias,

Fernanda.

Tenha pelo menos um amigo

segunda-feira, outubro 5th, 2009

Lendo uma matéria de 2006 da revista Superinteressante, que eu adoro, vi um tópico que quero discutir com vocês. Em resoluções que podem fazer sua vida melhor, foram feitas propostas e entre elas: tenha pelo menos um amigo.

A amizade libera substâncias hormonais no cérebro que favorecem a alegria de viver e o bem-estar. Segundo o psicanalista Contardo Calligaris, o único jeito de ultrapassar a barreira da solidão é justamente tendo pelo menos um amigo e um amor. “Não se consegue uma amizade sem generosidade”, afirma o psiquiatra. Para termos pelo menos um amigo, diz ele, precisamos nos livrar daquilo que ele chama de “avareza de si mesmo”. Trocando em miúdos: doar-se, estar disponível, saber trocar. E, principalmente, olhar além do próprio umbigo.

Você tem pelo menos um amigo? Parece uma pergunta boba, de resposta simples, mas não é. Estou falando de amigo mesmo, que dá e recebe, que troca, que incentiva, que é sincero. Porque a coisa mais fácil do mundo é encontrar companheiros de balada, de cervejada, de churrascada. Complicado mesmo é poder desabafar e ser você mesmo, ora ajudando, ora sendo ajudado. E aí, pensou melhor? Diminuíram as opções?

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As pessoas têm a tendência natural de buscarem atenção. Se estiverem com um problema, procuram um amigo. Mas aí o problema se repete, o problema muda, o problema cresce e a pessoa hipotética (mas verdadeira) continua sendo o centro das atenções. Ela acredita tão piamente que seu problema é maior do que o dos outros que se esquece que os outros também querem ser ouvidos. Que as pessoas que a ouviram também têm seus dias ruins. E quando essas pessoas somem, ela ainda se sente injustiçada.

Livrar-se do umbiguismo é tarefa difícil. Ouvir é uma das mais raras qualidades encontradas hoje em dia. Ouvir e ler, porque nesses tempos modernos, a internet é, sim, uma grande ferramenta de aproximação entre amigos.

Ouvir e ler parece fácil, mas não é. Experimente lembrar de quantas vezes você parou para ouvir alguém que precisava nesta semana. E calcule, assim por alto, quantas vezes requisitou o ouvido de alguém para suas lamúrias.

É claro que um dia você requisita, em outro você doa. O problema mora em quem não sabe alternar esses dois verbos. Porque amizade é uma via de mão dupla e se você trafega somente em um sentido, pode ter o outro interditado.

Se conseguir ter um amigo, somente um, pelo menos um, que seja exatamente o que dissemos aqui, então você tirou a sorte grande (e seu amigo também). E, certamente, a vida de vocês é mais feliz do que se não tivessem um ao outro.

Alegrias,

Fernanda.

Novidades bloguísticas

sábado, outubro 3rd, 2009

Primeiro, estou gostando muito do novo sistema de comentários do blog, que permite que vocês interajam comigo e com outros leitores e que recebam no e-mail a minha resposta. Sempre quis fazer algo assim, porque há muito tempo respondo comentários, mas não necessariamente as pessoas sabiam da resposta. E agora todos recebem o recado no e-mail. O que estão achando?

Um exemplo bem bacana é esse post. Vai lá comentar sobre os anos 80 e 90, também. Cada história que surgiu aqui, hein, moçada? Amei.

E acabo de instalar no blog, no final da coluna direita, o “Google Friend Connect”, já viram? Todos vocês que acompanham o blog podem entrar lá, é simples, utilizem a conta do Google (Gmail) que tiverem, ou Yahoo ou outros sistemas. Quem não tiver, pode criar uma conta na hora.

É um sistema social moderno e que segue a linha do Orkut, já que é uma maneira de acompanharem o blog e conhecerem os demais leitores. Vocês poderão interagir e convidar pessoas de outras redes sociais para conhecerem o blog e vice-versa. Para participar, basta entrar em “Participar deste site”. Quem se inscrever a primeira vez, nas demais poderá apenas fazer o login para comentar (isso pode facilitar a vida para que não precisem preencher todos os campos, basta fazer o login e comentar).

Vamos participar? :-)

Alegrias,

Fernanda.

Esmalte

quinta-feira, outubro 1st, 2009

Eu tinha ganhado uma promoção na loja e ia virar gerente. Eu, gerente. A felicidade era tanta que saí do trampo e fui à manicure pintar as unhas da cor mais vibrante que encontrei. E linda.

- Gil, eu tenho uma novidade – disse quando cheguei à casa do meu namorado.

- E posso saber qual é?

Mostrei as mãos coloridas e dei um sorriso largo.

- Adivinhaaaaa!

- Por que você está com as mãos pintadas dessa cor?

- Vai, Gil, isso não tem a ver. Gostou? – perguntei com dengo.

- Hummm…

- Não gostou?

- Não gosto dessas cores berrantes.

- Por quê?

- Fazem você parecer… sei lá… Eu prefiro aquele branquinho.

- Renda? Mas eu passo renda toda semana.

- Fica com jeito de moça direita.

- Você tá dizendo que o esmalte me faz parecer moça não-direita?

- É que… mais ou menos… Ah, pára com isso. Conta a novidade.

E eu parei com aquilo. Mas antes que o monstro fosse alimentado e se tornasse engolidor de moças-não-direitas-de-unhas-berrantes.

- A novidade, Gil, é que eu descobri que você é um babaca. Tô indo. E não venha atrás.

E eu fui.