Archive for outubro 18th, 2010

Vídeo Novas Letras

segunda-feira, outubro 18th, 2010

Para quem nunca foi aos eventos Novas Letras e para quem já pode nos prestigiar, eu apresento um vídeo com trechos de vários eventos de agosto a outubro de 2010.

Editei com muito carinho. Espero que gostem! :-)
Alegrias,

Fernanda.

Fernanda responde ;o)

segunda-feira, outubro 18th, 2010

Pessoal,

Alguns leitores e amigos escreveram com dúvidas sobre a viagem, então vou tentar responder em um único post. Se sua dúvida não foi respondida ou você tem alguma curiosidade e eu puder ajudar, é só perguntar na caixa de comentários que eu respondo com o maior prazer :-)

Perguntas enviadas por Vivien – volteimeurecife.blogspot.com/

1 – Amiga, depois me diz o que um mochileiro deve levar na bagagem, peças de roupas que são essenciais etc. A mala é a maior dificuldade pra mim eheheheheh… xêro!

Hehehe, não é só para você, não. Mala é uma dificuldade geral, eu acredito. Porque sempre achamos que precisamos de mais do que levamos. Mas olha: tudo depende de como é sua viagem. Se o viajante pega táxi e fica em hotéis confortáveis, ele certamente não terá problemas em levar muitas malas. Eu digo que viajo no “mochileiro way of travel”, que é um jeito de viajar, mesmo que não seja de mochila, entende? E fico no “meio-termo” do viajante mochileiro. Não durmo em dormitórios compartilhados porque prefiro pegar um quarto individual com meu marido, mas fico numa boa em albergues e às vezes compartilhamos banheiros (por exemplo, na Suíça tudo era muito caro e compartilhamos banheiro em um dos melhores quartos de albergue que eu já fiquei, melhor que muito hotel por aí). Ao mesmo tempo, não fico em hotéis caríssimos e não pego táxi a não ser que seja urgência. Então, no meu caso, uma mala menor se faz necessária.

Aprendi a fazer mala na marra, rs. Já carreguei muita mala de rodinha (e o Má, coitado, ainda mais). Hoje viajamos com uma mala apenas para cada um. A minha tem 35 litros, é pequena, de rodinha, mas com alças de mochila e é mais “durinha”. A dele tem 65 litros, é mochilona, sem rodas, bem maior. Nessa levamos tênis e coisas maiores. Em uma mochila pequena, levamos o notebook, carteira e documentos.

Hoje, preferimos planejar a viagem de forma a lavar a roupa na metade, assim reduzimos o que levar. Geralmente são duas calças jeans (uma no corpo e uma na mala) e eu ainda levo uma legging. São dois pares de tênis (um nos pés e um na mala). Roupas íntimas e meias você pode levar a quantidade suficiente para a metade da viagem (já que na metade você vai lavar tudo mesmo). Levo camisetinhas de alcinha (uso por baixo de blusas de frio e posso trocar todo dia), algumas blusas de calor coloridas e duas ou três de frio, com segunda-pele para colocar por baixo se esfriar. Também levo uma blusa de lã e um casaco grande, se fizer muito frio em algum dos roteiros – porque a roupa depende do local escolhido. Quase sempre levo roupas de frio pretas para serem básicas e mudo os acessórios (cachecol, chapéu, luva, brincos), assim todo dia você tem uma roupa nova. Levo brincos coloridos porque não fico sem brincos e maquiagem básica. Mas se quiser montar mala para uma viagem específica, me escreve que eu te ajudo com o maior prazer!

2 – Fer, quando vejo fotos ou leio sobre viagens a lugares dos quais eu nunca ouvi falar fico pensando de onde a pessoa tirou a idéia de conhecer esses locais. Como você planejou tudo isso? E os passeios nessas cidades, vocês já sabiam tudo o que tinham que conhecer em cada uma delas? Viajar com vocês deve ser uma delícia! xêro!

Ahhhhhh que comentário fofo! Eu acho que deve ser divertido mesmo viajar com a gente, sem modéstia, hehehe… Porque curtimos muito. Erramos e aprendemos em cada viagem. Pensamos sempre com muita antecedência em cada viagem para podermos nos programar financeiramente (assim já vamos pagando as passagens de avião bem antes e não sentimos o peso depois, quando cai o cartão de crédito). E pensamos sempre: para onde queremos ir? Começamos a olhar no mapa e ver o que nos interessa e lemos muito guias de viagens. Geralmente escolhemos os países e depois as cidades menores surgem a partir de pesquisas nos guias on-line para mochileiros. As pessoas trocam informações e se ajudam. Nisso descobrimos muita coisa bacana. Vez ou outra, algum amigo viajante nos indica algum lugar. Os passeios nós primeiro olhamos no nosso melhor amigo de viagens, o “Guia criativo para o viajante independente na Europa” (ou algum guia referente ao local escolhido) e depois eu procuro na internet informações extras. Ao chegar a cada cidade, buscamos o centro de informações turísticas para mapas mais detalhados.

Perguntas enviadas por Jê – www.coisasdedeus.com

1 – Sonho com a República Tcheca. E por instante imaginei “Esse será o próximo destino da Blanda”. Moça, você deveria sim falar de valores, principalmente como você faz para trocar dinheiro quando chega em cada país desse. Tudo tão diferente. Continuarei por aqui acompanhando sua linda e maravilhosa viagem.

Jê, obrigada pelo carinho! Não menciono valores específicos por um fator bastante pessoal, mas não me nego a informar para quem me perguntar por e-mail (se quiser saber, pode me escrever que eu, inclusive, tenho tabelas com preços de transporte e até quanto gastamos em cada refeição). Quase todos os países da Europa usam o Euro, então é fácil, basta levar Euro e trocar no caso de países como a República Tcheca ou Suíça, que possuem moedas diferentes (entre outros). Procuramos sempre casas de câmbio e em alguns lugares, como Praga, é muito fácil trocar – há casas em todas as ruas, com boas taxas. Em outras cidades, como České Budějovice, não conseguimos sequer entender o que diziam (haha) porque ninguém falava inglês (e, bom, havia má vontade, porque em Český Krumlov também não falavam sempre, mas eram extremamente atenciosos e simpáticos). No caso da primeira cidade, precisávamos dinheiro para o ônibus, então trocamos, a uma taxa ruim, no Cassino.

2 – Eita povo aventureiro rsrs Ir a ponto turistico com a mala nas costas. Blanda, você leva um caderninho em mão para anotar esse nomes maravilhosos de onde comeram por exemplo ? Eu nunca anoto. Depois cato no livro guia … beijos, Jê

Ahá, alguém perguntou como eu “decoro” tudo, risos… Eu costumava levar caderninho, sim, como boa jornalista, mas ele pesava na mochilinha que levamos para os passeios e passei a guardar os tickets de ingressos e anoto tudo no final do dia. Em alguns casos, tiro fotos do local ou do cardápio (sim, eu tiro foto de cardápio!) e faço gravações de voz na minha câmera para lembrar detalhes que quero escrever depois – muitos não entram nos relatos, mas vão entrar nos próximos livros que estou escrevendo :-)

Pergunta enviada por Téti – http://byteti.blogspot.com/

ai que delícia amiga! Na volta, por favor, fale pra gente sobre os albergues que vc ficou, como deicidiu e montou os roteiros. quero ir pra europa mochilando tb, mas nem sei pro onde começar… nao dá medo ir sem agencia? nao sei o que façoooo HELP! beijos e estou doidinha pra ver as fotos de dresden!

Oi Téti, que bom te ver no blog! Olha, eu não tenho medo de ir sem agência, eu tenho medo é de excursão! (risos). Na verdade, eu gosto da liberdade de escolher, o que muitas vezes a agência não permite. E gosto de saber que pago o preço justo das coisas, não muito mais caro porque a agência viu para mim. Pense assim: a agência faz o que você pode fazer. Óquei, nem sempre. Uma amiga (Dani Boiko, link ao lado) tem uma agência e compro dela o que preciso, por exemplo os seguros obrigatórios. Você pode também reservar a passagem que é o mesmo preço. Indico. Mas geralmente eu faço pesquisa entre as companhias aéreas e vou pesquisando trecho por trecho, em vários dias, até achar o mais barato (esse ano viajamos pela ótima empresa holandesa KLM por MUITO menos do que a Iberia, que costuma ser a mais barata). Os hotéis e albergues eu reservo diretamente com eles. E nunca deu nada errado. Nossa aventura começou nos Estados Unidos em 2003 e depois disso fizemos Brasil, Europa e América Latina desse jeito e sempre deu certo. Me passe suas ideias de locais que eu te ajudo a programar, ok? ;-)

Pergunta enviada por Luciana.

Senti o dia, os passeios e o relato um pouco pesados… Você recomendaria esse passeio? Sei lá, certas coisas precisam ser eternizadas para que não se repitam, apesar da imensa vontade de imaginar que nunca existiram! Beijos, Lu.

Lu, eu recomendo Berlim, claro!!! O relato foi mais “pesado” porque o dia foi assim, mais reflexivo. Não consigo passar por um museu como o DDR ou ver pedaços do muro sem pensar no que aconteceu – eu vi gente rindo em museus assim e tive raiva por tamanha falta de respeito. Tudo depende do que o viajante quer. Eu e Má temos os mesmos gostos de viagem, então facilita. Claro que temos nossas preferências (ele gosta mais da França e eu da Itália), mas preferimos cidades pequenas e adoramos museus. Só que não quisemos ir a nenhum campo de concentração, por exemplo. Eu entendo que eles precisam continuar lá, são um sinal do que não deve acontecer nunca mais. Assim como visitei alguns museus e visitarei outros sobre a guerra, eu preferi não ir aos campos por questões bem pessoais. (por e-mail eu posso detalhar mais), mas acredito que um dia irei, sim. Berlim é uma cidade muito bonita, mas ao contrário de amigos próximos (Rosi, Gui e Rafa, lembrei de vocês) que amaram essa cidade, isso (misteriosamente, ao contrário do que eu previa), não aconteceu comigo e com o Má. Nós gostamos, mas não nos apaixonamos pelo lugar como aconteceu com as duas cidades tchecas nessa viagem. E eu acho que isso se deve à visão que cada um tem de uma viagem. Cada viajante é único! Eu posso amar um lugar que outra pessoa vai detestar. Eu raramente detesto um lugar (como aconteceu com Milão), sempre gosto porque cada experiência é única e valorosa, mas há lugares que são mais especiais que outros, entende? :-)

Espero que tenham gostado.

Alegrias,

Fernanda.