O que você queria ser quando crescesse?

A minha certeza deve ter nascido comigo. Sem exageros. Aos seis anos eu tive meu primeiro caderno de poesias (em breve mostro algumas páginas para vocês, se eu encontrar o caderno-sumido) e desde muito pequena dizia que seria jornalista e escritora. Assim, com todas as letras, sem dúvidas. Não passei por aquele perrengue da adolescência de não saber o que escolher no vestibular. Deve ser difícil. Eu tive um desvio no caminho no colegial (e o fiz por motivos justos e coerentes), mas faria de novo porque ganhei amizades (poucas, mas ótimas e valiosas). No vestibular eu só tinha Jornalismo como opção. E, por isso mesmo, não tive como opção muitas universidades.

Inspirada no texto do Alex Castro, “O sonho dos seus 12 anos”, lembrei de quando eu tinha essa idade lá no blog dele. E escrevi o seguinte: Quando eu tinha 12 anos, na sétima série, eu escrevia redações dizendo que seria jornalista e escritora. Montei um jornalzinho com minha prima e vendíamos exemplares na porta do prédio dela (do lado de dentro das grades). O pessoal comprava, tanto de fora quanto dos apartamentos. Eu realmente me tornei jornalista, concluí a faculdade em 2000, fiz especializações, trabalho em um jornal, gosto muito da minha profissão – embora ela seja pouco valorizada quando não se trata de “grande imprensa” e mal remunerada. E escritora eu engatinho para ser, mas já lancei meu primeiro romance em janeiro, Nove Minutos com Blanda. É um livro para adolescentes/jovens, uma comédia romântica bem leve. Escrever é a minha vida. Acho que eu não seria feliz sem escrever, não mesmo.

E é isso. Nunca pensei em ser algo diferente. Só há momentos em que fui mais jornalista e em outros, mais escritora. Ultimamente, estou na segunda opção. Mas sempre fui apenas essa Fernanda. E essa é uma das certezas da vida que eu não mudaria.

E você, o que queria ser (profissionalmente) quando crescesse? E o que se tornou?

Alegrias,

Fernanda.

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17 Respostas to “O que você queria ser quando crescesse?”

  1. Patricia Barboza Says:

    Na verdade eu queria ser atriz. Aos sete anos eu queria ser a Emilia do Sitio do Picapau Amarelo. Aos 13, fazia peças de teatro no colégio. Mas acabou ficando como um passado bom. A fase escritora tomou forma há dez anos, mas desde 2006 é que veio com mais força. Já fiz tantas coisas diferentes na vida! Parece que tive várias vidas dentro da mesma vida. Por um lado é bom, pois aprendi um bocado de coisas. Mas por outro, aturei muita coisa chata também. Mas tudo é aprendizado. O importante é não ficar parado! Bjim.

    Fernanda França Reply:

    Nossa, Paty, eu também já quis ser atriz. Não assim, taaaaanto como escrever, mas quis e fiz teatro dos 12 aos 18 anos, rsrsrsrs… Puxa, amei conhecer essa parte da sua história. Beijão!!! Fê.

  2. Elianinha Says:

    Eu sempre quis ser professora, mas desde a barriga da mamãe já ia com ela para a escola onde ela trabalhava. Então fui crescendo em meio as amigas de minha mãe, e assim foi …
    Cheguei inclusive a ir trabalhar com minha mãe, na época de criança, quando a babá, rs, faltava. Me lembro perfeitamente o caminho que fazíamos a pé para chegar até a FEG. Onde hoje é o CEGEP, a SECCIONAL, era um lugar cheio de pedras, muito seco. Passávamos correndo, pois cobras passavam entre nós, ui!
    A rua do Monteiro Lobato era um mato só, arrepios. Em frente a FEG, uma multidão que trabalhava na Cerâmica Martini, entre e saí de caminhões. Tempo de muitas alegrias. Então cresci com a FEG, lá me formei no Magistério e sigo meu caminho até hoje com minha feliz e certa escolha. Hoje encontramos com as amigas que minha mãe trabalhou e é ótimo reviver tantos bons momentos.
    Beijão …

    Fernanda França Reply:

    Ser professora é uma vocação e tanto, eu acho! Como ser médico :-)

  3. Bárbara Odoki Says:

    Olá Fernanda,

    Eu amei o seu blog, parabéns! E estou curiosa para ler o seu livro, ainda não comprei, mas vou comprar para ler e depois te falo.

    Olha! Quando eu era criança eu queria ser muitas coisas..rss (Astronauta, Cientista e Professora). Minha mãe dizia que aos 5 anos eu pegava alguns livros e fingia que estava lendo, pois eu não sabia ler…eu amava ficar com os livros. Aos 6 anos eu fui para a primeira séria e fui a primeira aluna da sala que aprendeu a ler, eu me lembro das leituras que eu fazia para a classe. Eu sempre fui uma excelente aluna em Língua Portuguesa e Gramática e péssima em matemática (já dá para ter uma ideia do que eu não poderia ser quando ficasse adulta). Dos 12 aos 18 eu queria ser juíza, meu pai ficava todo orgulhoso com isso, mas aos 20 anos quando eu prestei vestibular eu prestei para Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Sinceramente? Foi a melhor escolha da minha vida. Eu queria usar minhas habilidades da escrita e ao mesmo tempo entrar no mundo corporativo competitivo, desisti do Direito por achar a profissão muito séria, percebi que isso não era a minha cara. Hoje eu trabalho no departamento de marketing de uma grande empresa..realizei meu sonho. Já o meu pai!!!!rs
    Esse nunca se conformou com a minha escolha e toda vez que faço um curso ou uma pós ele sempre pergunta: É a faculdade de Direito? Ele sabe que estou feliz e tem muito orgulho, creio que ele queria realizar a vontade dele em mim. Adoro escrever, e assim como você eu também possuo um caderno de poesias da infância. Quando eu estava no ginásio eu tinha uma pasta com várias redações (histórias) que eu criava e isso não fazia parte do currículo da escola, porém eu sempre levava para a professora dar uma olhada e corrigir o meu português. Hoje eu percebo o tamanho sentido dessa influência na minha vida profissional. Ah! Também dei uma escorregada no colegial…fiz Processamento de Dados…(mas prefiro abafar o caso e esconder esse lado negro da história..kk).
    bjos

    Fernanda França Reply:

    Bárbara, obrigada pela visita, volte sempre!!! :-) A propósito, eu adoro o seu nome e até é o nome de uma personagem do livro novo, rs. Mas voltando à história do sonho, eu adorei conhecer sua história e saber como você chegou à comunicação. Tenho certeza que seu pai fica feliz por te ver feliz fazendo o que ama :-) Um grande beijo e quando quiser o livro, é só me pedir que envio autografado, tá? Smack. Fernanda.

  4. Carolina Says:

    Nossa, irmã ! Eu lembro das milhares de cartas que você me escreveu durante a adolescência. Eram um mix de diário, conselhos, poesias e milhares de pensamentos absurdamente legais.
    Pena que joguei as cartas no lixo… :-(
    Hoje elas valeriam uma graninha… hahaha…
    Ah ! Mas eu encontrei uma fita que gravamos quando tínhamos uns 14 anos. Quanta bobagem que vc nem imagina !!!
    Bom.. .mas vamos à sua pergunta ! Eu queria muito ser detetive !! Sim, isso mesmo ! Depois, no colegial, queria ser aeromoça…. E, no final das contas, fui parar em uma sala de aula do curso de Direito. Para ser bem sincera, nem sei como isso aconteceu. Simplesmente aconteceu. Lembro de “acordar” no meio de uma aula de “Introdução ao Estudo de Direito” e ´blá blá blá.
    A vida faz coisas assim com a gente… eu não escolhi a minha profissão, nunca pensei em ser advogada. Porém, hoje eu não me vejo – em hipótese alguma – fazendo algo diferente do que eu faço hoje….
    Incrível, né ?

    Fernanda França Reply:

    Cá, a minha amiga Lu guardou todas as cartas que escrevi pra ela… são relíquia e (que vergonha!), nunca mais devolvi a ela (rs). Acho que você tinha que ser advogada e seu anjinho te deu um empurrão :-) Smack.

  5. nanda galvao Says:

    Eu sonhave em ser cientista….eu adorava ciências e química na escola..
    Eu até tentei vestibular para química…não passei e depois também pensando
    em algumas matérias do curso…achei melhor investir e tentar vestibular
    para trabalhar com computadores …. e hj em dia sou analista de sistemas e estou super feliz ….

    Fernanda França Reply:

    Nanda, que legal, eu não sabia!!! Cientista é uma coisa meio mágica, não é? beijos, Fê.

  6. Samantha Says:

    Hum, eu queria ser modelo, jornalista de telejornal, professora e talvez atriz.
    Mas acabei sendo analista de sistemas, numas dessas oportunidades em que vc tem uma vez só na vida, sabe?
    Não me arrependo, pois eu não seria em quem eu sou hoje, se não tivesse agarrado com unhas e dentes, todas as oportunidades que tive.
    Mas não sou sempre feliz no trabalho, nem sou sempre infeliz, me entende?
    Acho que eu teria sido 100% feliz em outra profissão, mas nem sei qual exatamente, nem acho que dá pra voltar aos 30.
    Tb só tenho que agradecer a minha profissão atual. Pois ela me fez quem eu sou, e me deu boa parte do que eu tenho hoje.
    É isso… estar mais ou menos feliz com a profissão serve ?

    Beijoca!

    Fernanda França Reply:

    Nossa, Sam, tudo isso? Jornalista só de telejornal? rsrsrs e eu fugia de TV desde a faculdade. Estar mais ou menos feliz serve, claro que serve, somos um apnhado de tudo na vida, a profissão é apenas uma parte – e tentar ser feliz com o que conseguimos na vida também é uma grande lição. Beijos!!

  7. Felipe Says:

    Que bacana esse blog.
    rsrs

    Desde pequeno eu sempre amei línguas estrangeiras, outras culturas, outros costumes. Fiz curso e me tornei fluente em Inglês e Espanhol muito cedo. Hoje apanho p/ aprender Francês. hehehe

    Apesar desse amor não cursei Letras. Estou no 3º período de Direito e adoro o curso. Sempre tive vontade de trabalhar com a burocracia internacional, e agora que estou estudando sobre teoria de estado, ciência política e afins, estou apaixonado.
    Pretendo seguir carreira na área de Direito Internacional, apesar de ter dúvidas quanto a isso porque são vários os ramos do Direito que me interesso.

    Minha mãe é revoltada porque nunca quis, nem pretendo ser juíz, promotor, procurador……
    Não é minha praia, não é minha cara, não é minha paixão. Gosto do Direito mas não gosto dos cargos, do status, do falso-glamour da área.
    Na minha sala existem várias pessoas que querem concurso público. Estão ali porque querem melhorar de vida, ter carrão, ter casarão… Um professor meu sempre diz que a faculdade de Direito não é cursinho preparatório. Concordo plenamente.

    Consegui estágio na procuradoria daqui mas já larguei porque consegui bolsa de pesquisa.
    Eu estou fascinado, minha mãe horrorizada.
    kkkkkkkkkkkk

    Abraço.

    Fernanda França Reply:

    Felipe, seja muito bem-vindo ao blog e volte sempre. Adorei seu comentário e tenho só a dizer: faça o que te faz feliz. Com o tempo, os pais entendem e apoiam. Sua mãe vai perceber o que te deixa feliz e compreender que é bom naquilo o que escolheu. E isso é o mais importante: fazermos algo que escolhemos, não que escolheram por nós. Sucesso pra você e volte mais vezes, tá? ;-) Um beijão, Fernanda.

  8. Lelei Says:

    Eu acho que todos nós nascemos com essa coisinha dentro da gente, e parabéns por ter conseguido seguir o que essa coisinha te falava desde pequena =D Quando era pequena queria ser fotógrafa, jornalista esportiva, escritora, dona de creche pra cuidar de bebês e crianças pequenas e fazer script de filme/peça de teatro! hehehe…

  9. Jaqueline Says:

    Eu ainda não sei bem o que eu quero. Quando pequena eu queria ser veterinária, pois gostava muito de animais, mas fui crescendo e até pouco tem estava decidida quanto a área de medicina.
    Mas há pouco tempo criei um blog e todos os dias escrevo pelo menos duas vezes e quando escrevo é muito bom e é melhor ainda quando recebo elogios e criticas, pois as criticas me ajudaram a crescer um pouco nesse assunto.
    Agora não sei o que faço, sou apaixonada em escrever sabe? Mas eu também gosto muito de medicina, acho uma profissão muito linda.

    Você que já é experiente, que conselho me daria?

    Fernanda França Reply:

    Jaqueline, obrigada pelo recado e seja sempre bem-vinda ao blog. Qual sua idade? Se estiver próxima da escolha para um vestibular, por que não faz um teste vocacional? Ajuda MUITO. Geralmente é gratuito e você pode descobrir um pouco mais sobre suas aptidões. Depois disso, procure saber o que te faz feliz não somente como uma diversão, mas o que você gostaria de fazer na sua vida pelos próximos anos? Você vai encontrar a resposta, tenho certeza :o ) Ah, depois volte para me contar! Um beijão, Fernanda.

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