5 – Piriápolis

(Oba, mais um dia de viagem! Os recadinhos nos posts anteriores foram respondidos na própria caixa de comentários. Adoro conversar com vocês, mantém minha sanidade – se eu a tenho, mas me deixem na ilusão. E possuo bola de cristal, então você pode comentar no primeiro post do blog que eu vou ler, saber, amar e responder. Vamos à viagem. Saímos de Montevideo e fomos rumo a Punta Del Este, mas paramos pelo caminho. Você nos acompanha?)

O terceiro dia era de viagem com destino a Punta Del Este, que fica a cerca de 140 km de Montevideo. A verdade é que não imaginávamos como poderia ser bacana e especial fazer algumas paradas antes de chegarmos. A primeira delas foi em Piriápolis, após 100 km de estrada boa e tranqüila.

Na Rambla de Los Argentinos, na entrada da cidadezinha, encontramos um posto de informações. Em todo o país é possível encontrar um posto desses, o que facilita a viagem. Pegamos um mapa e tivemos a sorte de conhecer mais uma pessoa simpática, que nos mostrou vários locais que poderíamos conhecer. Naquele momento tivemos vontade de dormir ali mesmo. Então eu recomendo: quem passar por Piriápolis, reserve pelo menos algumas horas do dia para apreciar o local. Com o ponteiro do relógio correndo, escolhemos alguns locais e voltamos a ser turistas.

Piriápolis é uma cidade muito agradável, pequena e interessante, a começar por sua história. O Município foi fundado por Francisco Piria, que nasceu em Montevideo em 1847 em uma família rica. Trabalhou em várias áreas (foi até mesmo escritor) e ganhou muito dinheiro, principalmente loteando terras. Mas o seu desejo maior era construir uma cidade. Assim o fez, e o nome não poderia ser outro. Quem sabe, um dia, eu ganho uma Fernandalândia?

Primeiro subimos no Cerro Santo Antonio, que é o morro mais conhecido da cidade. Pode-se subir de teleférico ou carro e optamos pelo segundo método pela rapidez. O resultado é o mesmo: lá de cima vê-se toda a cidade e o lindo mar. No topo há uma lojinha e uma pequena capela com a imagem do santo que dá nome ao local.

Na mesma linha imaginária da capela, ainda no morro, está situada a Ermita Virgen Rosa Mística, que é a imagem de Nossa Senhora sobre a pedra fundamental da cidade. Não é lindo? Paramos para almoçar e, pela dica que recebemos da simpática moça do posto de informações, procuramos algo próximo à Punta Fria, a região com restaurantes mais aconchegantes e gostosos. Escolhemos a “Trattoria da Piero” e pedimos dois pratos com o peixe típico da região, recém-pescado e delicioso: a brótola. O almoço estava ótimo.

Não poderíamos ir embora sem antes conhecer o trabalho do SOS Rescate Marino, localizado logo após a Playa San Francisco, em direção à Punta Colorada. Fomos recebidos por um rapaz simpático que nos explicou que o horário de visita seria bem mais tarde. Não seria possível… fiquei com cara de desolada porque, para mim, aquele era o lugar mais interessante da cidade. “Vou abrir uma exceção para vocês”, ele disse. E nos levou para conhecer onde os animais são recuperados (contaminação com óleo, machucados pelos barcos, doentes) antes de serem soltos novamente na natureza.

Foi incrível. Conheci leões marinhos lindos, um deles inclusive gostava de receber carinho – ainda bebê, era mais receptivo ao contato humano. Havia também um elefante marinho e muitos, muitos pingüins. Peguei um bem manso e fiquei, durante longos minutos, observando o comportamento dos animais e o carinho dos tratadores. A equipe busca patrocínio de empresas ou do governo, porque vive de doações. Um trabalho bacanérrimo e que merece ser visitado.

E de lá seguimos para Punta Del Este, mas ainda teríamos uma parada pelo caminho… uma parada que se tornou a mais especial da nossa viagem.

(Continua…)

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Uma resposta to “5 – Piriápolis”

  1. Pablo Says:

    Obrigado por descrever Piriapolis. Piriapolis: sua casa!
    :)

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