Novas entrevistas em podcast – post completo!

terça-feira, 23 de agosto de 2011 - 18:22

UPDATE: Agora as entrevistas abaixo estão completas, com as partes 1 e 2 de cada.

Post original publicado em: 12 de agosto de 2011 às 21:50

Galera, tudo bem?

Trouxe hoje uma nova entrevista em podcast para a revista Fantástica (vejam a postagem aqui). Muito obrigada pelo convite, Fernando Heinrich, e meu abraço também aos autores Júlio Rocha e Ricardo Ragazzo. O papo foi sobre “Como emocionar o leitor” e adorei participar. Aqui está a primeira parte, porque a segunda só na semana que vem – e falaremos um pouco sobre a profissionalização do escritor. Ouçam abaixo.

Dicas Fantásticas – Como Emocionar o Leitor – Parte 1

Dicas Fantásticas – Como Emocionar o Leitor – Parte 2

Para quem não ouviu os podcasts das semanas anteriores, coloco aqui também. Falamos sobre “Construção de Personagens”. Estavam na gravação (além de mim e Fernando), James McSill (o entrevistado!), Leandro Schulai e Thiago Ururahy. A entrevista foi dividida em duas partes, a seguir.

Dicas Fantásticas – Construção de Personagens – Parte 1

Dicas Fantásticas – Construção de Personagens – Parte 2

Na próxima semana passo para vocês a segunda parte da entrevista sobre “Como emocionar o leitor”.

Um ótimo fim de semana a todos e até segunda-feira!

Alegrias,

Fernanda.

Hoje o dia é dele.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011 - 03:30

Eu não falo muito dele aqui porque ele não gosta de aparecer. Não tem perfil em redes sociais, não conversa no MSN e só tem e-mail porque, né, senão ele não seria desse mundo. Gosta de bater papo pelo telefone e reunir os amigos em casa. É divertido, tem um sorrisão sincero, um jeito todo moleque de falar inglês, cozinha como ninguééém, ama muito a família (a dele, a minha e a nossa) e canta as músicas mais bizarras do mundo. Na internet, ele diz que é só o “marido da escritora” (fofo!) e na vida real é mais do que isso. Muito, muito mais. Não é à toa que a dedicatória do meu primeiro livro é dele, só dele. Hoje é seu aniversário. Meu engenheiro químico (e ciclista, eletricista nas horas vagas e praticamente um artista plástico!) que me enche de orgulho completa 37 anos e passa seu 10º aniversário comigo. Sorte minha. Sorte dele. Sorte nossa que estamos juntos. O que eu desejo é que Deus o abençoe com muita saúde, muita muita muita saúde. E muitos anos de vida, porque ainda temos muito para viver juntos!

Todo mundo desejando Feliz Aniversário nos comentários para o cara que faz tudo ser possível! (Leitores e leitoras, ele é o primeiro responsável por eu ter me tornado escritora profissional – e não ter deixado meus textos nas gavetas -, então quero todo mundo dando parabéns pra ele!!!) :-)

Parabéns, meu amor.

Eu também queria ter uma casinha assim…

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 - 02:25

Alegrias,

Fernanda.

Sorteio de uma linda caneca!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011 - 01:18

Essa semana eu e o Novas Letras vamos sortear uma caneca linda e adivinhem como ela é?… De gato, claro! (risos) Afinal, gatos estão presentes em quase todas as minhas histórias, incluindo o Freddy Krueger da Blanda (do livro Nove Minutos com Blanda). Olhem que caneca linda!

Você pode ganhar essa caneca em um sorteio, quer?

É, na frente é a carinha do gato e atrás o rabo. Uma gracinha! O ganhador vai receber a caneca em sua casa.

Como participar?

Promoção válida de 15 de agosto a 22 de agosto. Basta seguir @fernandafranca e @novasletras no Twitter e dar RT na seguinte frase:

#PROMO: O Novas Letras sorteia uma linda caneca de gato. Siga @fernandafranca e @novasletras e dê RT! Até 22/08 http://kingo.to/M2K

Se você ainda não tem uma conta no Twitter, corre lá! ;-)

Não deixem de visitar o site do Novas Letras: www.portalnovasletras.com.br

Alegrias e BOA SORTE!

Fernanda.

Estudar vale a pena!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011 - 02:45

Hoje li um post no blog da minha amiga Lelei e me inspirei a escrever sobre os estudos. Vi que no Twitter se falava muito em #estudarvaleapena e resolvi contar minha história também.

Estudar vale a pena? Ô se vale! Vale muito!

Como disse a Lelei, não nego que existem muitos problemas com a educação no mundo. O Brasil precisa aprender muito, mas o que está em questão, aqui, é se estudar vale a pena. No que a educação contribuiu para a minha vida?

Minha educação começou informalmente, em casa, com minha avó, que cuidava de mim enquanto meus pais iam trabalhar. Minha mãe era professora (ainda é) de Ciências para ensino fundamental e Biologia para Ensino Médio e trabalhava de manhã e à noite. À tarde ela não pegava aulas para ficar comigo e meu irmão. Bem pequena, minha avó lia histórias para nós dois e foi quando descobri o universo da literatura. Cada história linda! Aos 4 anos, entrei na primeira escola, perto de casa, por indicação do médico, que disse para minha mãe que eu deveria me relacionar com outras crianças porque era muuuuito tímida. Hahaha, vocês duvidam, né? Pois é. Fui tímida um dia, quem diria, meu Pai? Leia o post completo aqui »

Meus gibis

quarta-feira, 10 de agosto de 2011 - 02:32

Aqui está parte da minha coleção de gibis da Turma da Mônica. Que eu comecei a ler por causa de Maurício de Sousa não é nenhuma novidade aqui no blog (o quanto de influência será que ele teve para que eu me tornasse jornalista e escritora?). Isso foi lá pelos quatro anos, quando eu descobri o mundo da turminha com Cebolinha, Chico Bento (meus preferidos) e Magali – é com ela que me identifico, hehehe. Então que eu sou fã do Maurício vocês já sabiam (vejam aqui o dia em que o conheci), mas conheçam parte da coleção preciosa, porque seria muito difícil colocar tudo numa foto só.

Com a mudança, ainda estou pensando em qual lugar guardarei os gibis. Queria um lugar bacana, mas protegido. Ideias?

Alegrias,

Fernanda.

O que faz a roda girar?

terça-feira, 9 de agosto de 2011 - 03:25

Todo mundo tem uma motivação. Na verdade, cada um tem a sua própria motivação. Não adianta dizer que o que vale para você também vale para o colega ao lado e nem mesmo para seus pais ou filhos. O que move cada um é único e intransferível. Pode coincidir, é claro, mas não se pode impor.

O que faz a roda de um girar pode ser supérfluo para você, mas aquilo o que te move pode não ter razão para outra pessoa. Não faz sentido julgar, porque não há certo ou errado. Existem aqueles que são movidos pelo dinheiro, outros pelo prestígio, alguns pela realização… Há aqueles que buscam a liberdade ou a realização profissional, a felicidade da família e tantos outros motivos que, ainda, podem ser combinados :-)

E o que faz a SUA roda girar, já pensou nisso? Conta pra mim!

Alegrias,

Fernanda.

Dia do Orgulho Heterossexual – que vergonha!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011 - 04:49
Ai, ai, leiam primeiro, porque é difícil até saber como começar…

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (2) o projeto de lei 294/2005, do vereador Carlos Apolinário (DEM), que institui, no município, o Dia do Orgulho Heterossexual. O projeto depende apenas de sanção do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para virar lei.

(…)

O texto propõe que a data deverá ser comemorada todo terceiro domingo do mês de dezembro. O projeto estabelece que a data passará a constar do calendário oficial do município e afirma que caberá à Prefeitura de São Paulo “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.

Autor do projeto, o vereador Carlos Apolinário afirmou que o projeto não é contra a comunidade gay. “Faço um apelo pelo respeito à figura humana dos gays”, afirmou. Apolinário disse que o projeto foi apenas uma forma de se manifestar contra “excessos e privilégios” destinados à comunidade gay. Ele afirmou que um dos privilégios é a realização da Parada LGBT na Avenida Paulista (…)

(texto de matéria do G1, aqui).

Olha, e depois sou eu que tenho criatividade para escrever ficção? E tem coisa mais absurda do que isso? Claro que ainda podemos torcer para o prefeito de São Paulo vetar. Há esperança.

A questão é a seguinte, meu povo e minha pova: Dia do Orgulho Heterossexual, sério? Já falei aqui sobre o Dia do Homem, é quase a mesma coisa. Eu sou heterossexual e nunca precisei de um dia para que as pessoas me respeitassem por isso. Eu me casei com um homem e nunca ninguém me recriminou, nunca apanhei na rua por ser hétero, nunca sofri preconceito porque sou mulher, casada com um homem e pronto. Eu não preciso de um dia para que as pessoas me respeitem por eu ser quem eu sou. Preciso de um Dia da Mulher para lembrar que, sim, as mulheres ainda sofrem preconceito, ganham menos do que os homens nas mesmas funções e muitas sofrem violência doméstica. Como mulher, eu sei o que é precisar que as pessoas lembrem todos os dias que os avanços foram feitos, mas ainda há muito para se fazer, mas como heterossexual eu nunca sofri preconceito, você já?

Aí vem o autor dessa beleza e diz que quer “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”. Pera lá, meu amigo, e a comunidade LGBT não tem moral e nem bons costumes? E quantos heterossexuais sem moral e sem bom costume que guarda dinheiro na cueca, rouba, mata e agride homossexuais existem por aí? Ética, moral, vergonha na cara e várias outras palavras podem pertencer ou não a héteros ou a gays. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Mas tem mais, meus amigos, tem mais. Ele diz que “o projeto foi apenas uma forma de se manifestar contra “excessos e privilégios” destinados à comunidade gay”. Privilégios de serem discriminados ainda hoje, em pleno 2011? Privilégio de sofrerem violência gratuita? Não é privilégio nenhum garantir à comunidade LGBT os direitos que os heterossexuais já têm. Se o casamento gay existe em alguns lugares, não é um excesso, é um direito. Eu sou mulher e tive o direito de casar com meu marido, não tive? Então eu ter casado com um homem é um excesso ou um privilégio? Direitos iguais para uma sociedade mais justa.

Só quando a humanidade compreender que precisa aceitar as pessoas sem impor as suas próprias verdades é que passaremos a viver em paz. Cada um na sua felicidade sem se incomodar em como o outro é feliz. Porque o que importa, mesmo, é caráter, é ética, é honestidade. São os valores que determinam quem eu quero como amigo ou não. Quem eu acho que pode ser um bom líder ou não. Ser hétero, gay, negro, branco, mulher ou homem não faz a menor diferença. Faz pra você?

Alegrias,

Fernanda.

Dias de pintora

terça-feira, 2 de agosto de 2011 - 02:42

Tenho passado dias inteiros entre os pincéis. E não é para imitar a Blanda, não, porque não são telas em questão. Estou atacando madeira com verniz. Calma, explico.

Primeiro era necessário pintar toda a estrutura de madeira aqui do fundo da casa. Então compramos um verniz próprio e começamos no final de semana. Foram dois dias de muito pescoço torto, equilíbrio na escada e concentração, mas conseguimos!

Minha mão em ação!

Eu não tenho frescura, não. Subo na escada, pinto, me sujo, me divirto. Com tudo é assim. Mas, claro, não pode faltar uma luva. Porque eu sou pau pra toda obra, mas ainda quero minhas unhas pintadas depois da jornada, hahaha!

Então prosseguimos e nos empolgamos. Trouxe de São Paulo uma mesa muito antiga da vó Lourdes. Preciso perguntar para ela quantos anos essa mesa tem, mas arrisco que tenha uns 40 anos pelo menos (vejam, eu escrevi pelo menos). A mesa não caberia no apartamento e eu quis. Má lixou-a todinha no fim de semana, então o que era uma madeira velha e feia ficou nova! Hoje eu passei verniz e ela ficou linda, linda!

Eu fico feliz quando conseguimos “recuperar” algum móvel ou objeto antigo, porque além de ficarem lindos e não precisarmos comprar novos (sustentabilidade, rs), mantemos as memórias. A mesa, por exemplo, era aquela que minha avó usava quando almoçávamos todos juntos no domingo. É uma mesa antiga, daquelas que abrem no meio para ficarem maiores, sabem? Então, é essa. E vê-la aqui é uma sensação de aconchego, de alguma forma.

Mudar não é fácil, mas descobrimos tanta coisa nesse processo que vale a pena… :-)

Alegrias,

Fernanda.

Segunda-feira, podcast, promoção…

segunda-feira, 1 de agosto de 2011 - 10:16

Olá, galerinda!

Como passaram de fim de semana? Segunda-feira começa e eu sei que você está pensando “caramba, ainda é segunda-feira!”, mas procure pensar só nas coisas boas que o dia pode te trazer. Aquele café gostoso que você só toma no trabalho, aquela conversa divertida com o colega da mesa ao lado, aquela sensação de trabalho bom que você realizou… Hoje em dia trabalho em casa e posso fazer meu horário (era a única coisa que me incomodava, a segunda-feira de manhã por ter de acordar cedo), mas sinto saudade dos papos com minhas amigas. Dos cafés que fazíamos à tarde. Das risadas que davam até dor na barriga… Tudo, tudo, tudo tem um lado bom na vida!

Participei de um bate-papo (podcast) da Revista Fantástica. Adorei e quero agradecer os meninos pelo convite! Fernando Heinrich, Leandro Schulai e Thiago Ururahy. Aqui está meu lado mais jornalista, com perguntas para o consultor literário James McSill. Escritores, aqui está um papo sobre construção de personagens. Ouçam! :-) (mas é só a primeira parte, porque a segunda vai ao ar no sábado).

E o resultado da promoção do site Viagem Literária está aqui.

Boa semana a todos!

Alegrias,

Fernanda.

Equipe de trabalho

sexta-feira, 29 de julho de 2011 - 08:24

À esquerda, longe do sol, está Nikky. Logo atrás do monitor Polly descansa e o amarelinho fofo é Teddy. O papel de parede do computador foi um presente feito pela leitora Elis Mainardi e que eu uso até hoje de tanto que eu amo! :-)

Esta semana teve entrevista no site Viagem Literária, passe lá para conferir. Nanda, obrigada pelo carinho! E é no mesmo site que acontece a promoção para ganhar um exemplar do meu livro. E é só até amanhã (sábado), corra!!! ;-)

Um ótimo fim de semana a todos!

Alegrias,

Fernanda.

Cheirinho de chocolate

quarta-feira, 27 de julho de 2011 - 02:20

Hoje peguei furadeira na mão e, com Má, furei parede, subi na escada, instalamos armários, limpamos, organizamos, acabamos com nossa coluna (ops!), foi muito bom. Alguns armários que eram dos meus pais vieram parar aqui em casa, já que eu não sou nadica de nada orgulhosa e fiquei feliz da vida por recebê-los (a propósito, ficaram lindinhos!). Eram os armários da cozinha da minha mãe. O apartamento para onde meus pais se mudaram já tinha armários e o tamanho de casa e do apê é bem diferente, então muitas coisas ficaram comigo.

Eis que em um certo momento, abrimos um dos armários e Má comenta:

- Nossa, tem cheiro de chocolate, o cheiro da cozinha da sua mãe.

Ele não percebeu que eu fiquei emocionada na hora. Lembrei daquela cozinha que não existe mais e do chocolate quente da minha mãe que, sem modéstia de filha, é um dos melhores! (o da minha comadre também é uma delícia, ela precisa fazer de novo pra mim, rs). Mas achei interessante perceber que parte daquela cozinha está agora comigo. A outra parte ficou com meus pais: um pequeno armário azul, ainda da época em que a cozinha era TODA azul, há cerca de 35 anos, o mesmo armário em que minha mãe guardava os chocolates em barra e esconderijo preferido de todos os amigos do bairro.

O pequeno armário azul ainda na casa, no dia da mudança...

Naquele momento de chororô em que só eu e mami entendemos o que sentíamos, ela confessou que não queria deixar o armário. Meu pai, prático, achava melhor deixá-lo ali, afinal, estava velho, um pouco quebrado. Fui para o canto e fiz o contrário, aconselhei mami a levar o bendito.

- Se você não quiser depois, dá para alguém! – convenci-a.

E o pequeno armário azul foi para o apartamento. Na bagunça, enquanto o marceneiro não entregava os móveis novos, foi ele quem nos salvou nos primeiros dias. Pensando bem, acho que não vão mais descartá-lo.

- É como um pedacinho da casa velha aqui… – eu ainda disse.

E agora temos, todos, um pedaço da nossa antiga casa conosco. Mas percebi que o mais importante, que são as lembranças, aromas e histórias, continuam em nossos corações.

Alegrias,

Fernanda.

Dia do Escritor

segunda-feira, 25 de julho de 2011 - 03:26

Há poucas semanas, preenchi pela primeira vez em uma ficha (que eu sinceramente não me lembro de onde), no campo profissão, ESCRITORA. Durante muitos anos escrevia jornalista e mesmo quando não exercia mais a atividade – já que saí do jornal em que trabalhava no ano passado e desde então só me dedico aos livros -, ainda assim, eu escrevia jornalista. Aos poucos, por insistência do marido, passei a escrever jornalista e escritora. E então, do nada, mais de um ano depois de ser escritora em tempo integral, eu preenchi ESCRITORA na ficha.

Senti como se estivesse desafiando o mundo, que não acredita que é possível viver de arte no Brasil. Eu me senti quase que cometendo uma loucura, admitindo que sou escritora em um país que parece dar mais valor aos escritores de outros países. Mas, afinal, eu sou escritora! Desde que aprendi a ler e escrever, eu digo que viveria para escrever, simplesmente assim. Por que complicar agora?

Então, eu assumo. Em janeiro de 2010, com a publicação do meu primeiro livro, aos 30 anos, comecei uma nova carreira. E nunca é fácil começar uma profissão depois de anos de dedicação à outra, mas eu digo que nunca deixarei de ser jornalista (inclusive não vejo a hora de voltar a fazer freelas, amo!), mas escrever ficção é hoje a parte mais importante da minha vida. E sou feliz por poder dizer: Muito prazer, meu nome é Fernanda e eu sou escritora.

Hoje, 25 de julho, é o Dia do Escritor. Parabéns para todos aqueles que, como eu, lutam com amor pela valorização da literatura brasileira.

Alegrias,

Fernanda.

Primeira noite…

quinta-feira, 21 de julho de 2011 - 01:53

Ninguém conseguiu dormir direito na primeira noite no apartamento, mas eu sei que faz parte da adaptação. Eu não moro em São Paulo há seis anos e meio, mas na casa do Pari eu tinha uma referência, aqui ainda não. A vó é uma das mais felizes com seu apartamento, fazendo planos e arrumando tudo do jeito que ela quer. Ficou uma graça, com as cores de que ela gosta e os armários antigos (ela quem escolheu tudo). Ontem e hoje estive no apartamento dos meus pais (um andar acima da vó), abrindo caixas e colocando coisas no lugar. Amanhã a maratona continua e a tia (que mora andares acima dos meus pais) deve precisar de nós por lá também. Sou quase uma especialista em mudanças, rs.

Mas uma mudança nos brinda com memórias deliciosas, também. Encontramos objetos antigos, lembramos de familiares e histórias, guardamos cada coisa que nos fez lembrar do passado de uma maneira muito boa! Depois mostro algumas dessas lembranças para vocês.

Em tempo: Feliz Dia do Amigo para todos! Mas dia do amigo não é todo dia? ;-)

Alegrias,

Fernanda.

Última noite…

terça-feira, 19 de julho de 2011 - 01:22

Hoje será a última noite na casa dos meus pais, aquela em que nasci, em que minha mãe nasceu, onde meu avô morou durante toda a vida e a casa que meu bisavô Gregório construiu. Na noite em que cheguei, sábado, não conseguia dormir. Fiquei observando os adesivos de estrelas na persiana que foi do meu irmão e chorei baixinho. Todas as minhas memórias estão aqui. Minha referência de família está aqui. E hoje tudo foi embalado e vi desaparecer em caixas.

Cada pedacinho da casa tem uma história. E eu comecei a lembrar de algumas delas, mas me deu um nó no peito que eu não consigo escrever. Estou bloqueada. Sei que minha família está junta e vai continuar junta em qualquer lugar. Que “a casa da vovó no Pari” vai virar “o apartamento da vovó na Móoca” e que teremos histórias para contar. Sei que o bisavô está feliz, onde estiver, porque a casa que ele construiu nos fez muito felizes em todos esses anos. Mas um ciclo se fechou e todos estarão melhores no novo lar.

Eu sei que vai ser difícil chegar por aqui em um dia qualquer e ver que a casa foi demolida. Hoje vou dormir naquele quarto que foi meu por tantos anos pela última vez. Vou pedir para as estrelas brilhantes que tudo corra bem nessa nova etapa da vida da família toda. E que a felicidade que morou aqui esteja conosco em todas as casas em que estivermos.

Alegrias,

Fernanda.