Archive for the ‘Bate-papo com o leitor’ Category

Você, leitor, me ajuda a continuar a história!

quarta-feira, maio 12th, 2010

Lara saiu de casa, atrasada como em todos os dias, mas daquela vez não seguiu o ritual café-escovardentes-pegarbolsa-alimentarcão-sair. A preocupação com o relatório que iria apresentar era tanta que não tomou café, apenas escovou os dentes; não pegou a bolsa, mas alimentou Joca e saiu. O salto enroscou na calçada esburacada (por que ainda uso salto alto se o médico disse que me faz mal?) e ela tropeçou quando pensava em dar aquele par. Caiu em uma poça de água fedorenta e gritou alto um palavrão. Por que as manhãs tinham que ser daquela maneira? Desde que Gilberto saíra de casa, ela nunca mais fora a mesma. Estava distraída, andava atrasada, pouco conversava e mesmo que não tivesse a menor intenção de aceitar o cretino do ex-marido de volta, não parava de pensar nele. Por que ele fizera aquilo? Quando levantou, tentou secar o vestido sujo e antes de chegar ao trabalho teve uma surpresa.

Você, leitor, me ajuda a continuar a história!

Qual foi a surpresa que Lara teve?

A partir da resposta de um recado deixado aqui, eu continuo a história :-) E sim… pode ser o que você quiser! Afinal, nem eu sei como essa história vai continuar. Só depende de você.

Alegrias,

Fernanda.

Medos de criança

quinta-feira, abril 29th, 2010

Quando eu era criança, tinha medo de grampear o dedo. Era um dos meus maiores medos, eu achava que podia morrer se grampeasse o dedo. Isso porque um dia, enquanto fazia um trabalho de escola, sem querer machuquei o dedo com um grampeador e o susto assombrou meus pensamentos depois. Também tinha medo de ficar próximo aos carros, na rua, porque achava que poderiam passar por cima dos meus pés. Não me atropelar, mas passar por cima dos meus pés e amassá-los. São os medos absurdos e fantasiosos de criança, mas que hoje me fazem achar graça :-) Má tinha medo de atravessar a linha do trem, acho que era a síndrome de desenho animado, em que o trem só passava (muito rápido) quando o personagem colocava o pé na linha. Ele também tinha medo do homem do saco (que ele achava que era um homem que viu na igreja um dia). E eu também tinha medo de bola em jogos da escola – ops, essa é apenas uma desculpa para eu ter sido péssima jogadora sempre ;-)

E você, lembra qual era o seu medo de infância?

Alegrias,

Fernanda.

“Quem ama bloqueia” – a luta contra a TIM

quinta-feira, abril 22nd, 2010

Nunca pensei que eu ficaria tão irritada com uma operadora de telefonia celular, mas estou. Se eu contar o tempo todo que estou com problemas com a TIM, acho que já vamos para um mês. Começou assim: às vezes não podia ligar, às vezes não podia receber chamadas. E hoje não consigo fazer nada, simplesmente porque o sinal da TIM está um lixo aqui na região. Eu procuro a rede, não aparece. Ligo para a TIM, explico que não consigo rede, eles dizem que é meu aparelho (!!) e eu digo que TODAS AS PESSOAS que têm TIM no meu trabalho não conseguem falar também. E a mula no telefone diz que os aparelhos estão com problema (!!). Eu me irritei que desisti. Tentei o chip Vivo do Má no meu celular, que eu COMPREI, mas está bloqueado. Como as lojas fecham às 18h, eu saio do trabalho às 18h e não há shoppings aqui, eu não consegui resolver isso ainda – porque as mais de 10 ligações pra TIM não resolveram nada. Assim que conseguir, vou a uma loja trocar tudo.  E eu estou com a TIM desde a vinda da empresa para o Brasil, há tantos anos que nem me lembro mais. Sou fiel, viu. Mas chega, cansei.

Qual operadora de telefonia celular é “menos pior” na opinião de vocês? Me ajudem a escolher.

Enquanto isso, eu fico com a musiquinha abaixo na cabeça. Não conheço os serviços da OI, mas as propagandas da empresa são ótimas e inteligentes. E vocês que têm meu número de celular, já sabem: meu querido só está funcionando como despertador ultimamente.

Alegrias,
Fernanda.

O que você queria ser quando crescesse?

terça-feira, abril 20th, 2010

A minha certeza deve ter nascido comigo. Sem exageros. Aos seis anos eu tive meu primeiro caderno de poesias (em breve mostro algumas páginas para vocês, se eu encontrar o caderno-sumido) e desde muito pequena dizia que seria jornalista e escritora. Assim, com todas as letras, sem dúvidas. Não passei por aquele perrengue da adolescência de não saber o que escolher no vestibular. Deve ser difícil. Eu tive um desvio no caminho no colegial (e o fiz por motivos justos e coerentes), mas faria de novo porque ganhei amizades (poucas, mas ótimas e valiosas). No vestibular eu só tinha Jornalismo como opção. E, por isso mesmo, não tive como opção muitas universidades.

Inspirada no texto do Alex Castro, “O sonho dos seus 12 anos”, lembrei de quando eu tinha essa idade lá no blog dele. E escrevi o seguinte: Quando eu tinha 12 anos, na sétima série, eu escrevia redações dizendo que seria jornalista e escritora. Montei um jornalzinho com minha prima e vendíamos exemplares na porta do prédio dela (do lado de dentro das grades). O pessoal comprava, tanto de fora quanto dos apartamentos. Eu realmente me tornei jornalista, concluí a faculdade em 2000, fiz especializações, trabalho em um jornal, gosto muito da minha profissão – embora ela seja pouco valorizada quando não se trata de “grande imprensa” e mal remunerada. E escritora eu engatinho para ser, mas já lancei meu primeiro romance em janeiro, Nove Minutos com Blanda. É um livro para adolescentes/jovens, uma comédia romântica bem leve. Escrever é a minha vida. Acho que eu não seria feliz sem escrever, não mesmo.

E é isso. Nunca pensei em ser algo diferente. Só há momentos em que fui mais jornalista e em outros, mais escritora. Ultimamente, estou na segunda opção. Mas sempre fui apenas essa Fernanda. E essa é uma das certezas da vida que eu não mudaria.

E você, o que queria ser (profissionalmente) quando crescesse? E o que se tornou?

Alegrias,

Fernanda.

Um novo curso em minha vida

quarta-feira, abril 14th, 2010

Você, caro leitor, vai dizer que eu pirei na batatinha em procurar mais um curso para fazer. Provavelmente você está certo, mas eu não resisti. Dessa vez fui aprovada para fazer mais um curso à distância pelo Knight Center for Journalism in the Americas, da University of Texas em Austin. Já participei de dois cursos à distância, um sobre atualização gramatical pela PUC de São Paulo em 2008 e um sobre Jornalismo 2.0 pelo Knight Center em 2009. Dessa vez, vou estudar RAC (Reportagem com Auxílio de Computador).

Eu adoro me atualizar e os cursos são puxados. Vale lembrar que a louca aqui trabalha em período integral em um jornal, divulga seu primeiro livro (e vende, com amor e carinho, peça o seu aqui), Nove Minutos com Blanda e escreve o segundo romance (nas horas “vagas”) (?). É, e ainda tem aquela coisa de piano, natação e tal. Não é à toa que escolhi deixar o piano por um tempo no fim do mês, até me acertar com os horários (o que me deixa triste, é claro, puxa… mas não estou dando conta).

Por isso, peço paciência aos leitores que vêm sempre aqui, caso um dia, de repente, não consiga colocar um post. Todo dia tem post, vocês sabem, e tentarei vir aqui sempre que puder. Mas eventualmente pode ser que eu não consiga e queria explicar o motivo. Não me abandonem ;-)

Abaixo o vídeo final do curso de Jornalismo 2.0, do ano passado. Eu quem fiz tudo, era o exercício: a escolha da pauta, a preparação, as entrevistas, a filmagem, edição, tudo. Fiquei tão orgulhosa! Foi o meu primeiro vídeo na vida. E espero aprender muitas outras coisas bacanas agora também. Adoro estudar.

Alegrias,

Fernanda.

Leite condensado e ar condicionado

sexta-feira, abril 9th, 2010

As melhores invenções da humanidade são leite condensado e ar condicionado. Como o friozinho está chegando (mesmo que dure quase nada por aqui), o melhor é mesmo o leite condensado. É feriado municipal hoje, este post é programado porque no momento estou trabalhando, mas depois volto com novidades. Para adiantar: a terceira tiragem do livro chegou hoje!! Quem quiser um exemplar, basta pedir aqui. Ainda não consegui responder a todos os e-mails que estou devendo sobre o livro e parcerias de sites, então calmem, calmem amores, que a tia Fê vai responder tudinho! :-)

Alegrias,

Fernanda.

Desafio do conhecimento

terça-feira, março 2nd, 2010

Recebi esse e-mail e achei muito interessante. Quantas personalidades vocês conseguem reconhecer? (Cliquem na imagem para ver maior).

_02032010_desafio

Alegrias,

Fernanda.

Cisne ou patinho feio?

sábado, fevereiro 27th, 2010

Fernanda, outro dia fiz um comentario e o meu marido veio com a seguinte frase: “Nunca passa, ne?!”. Ele se referia aos comentarios maldosos que ouvimos na adolescencia, aquele momento da vida onde nao estar dentro dos padroes doi. Lembrei do que ele disse qdo li o q vc escreveu. Sei que eh dificil aceitar mas Fernanda, na boa, vc EH bonita! Nem vou entrar no merito do conteudo, q vc tb tem. Tente aceitar, vc eh uma mulher bonita! Olha suas fotos, sua expressao, nao se apegue a detalhes, pois perfeita vc nao eh, nem eu, nem ninguem. Mas olhe o conjunto, vc eh super bonita, vc tem uma expressao viva e vc brilha! Chega de falar q vc nao eh bonita, vc cresceu, vc mudou, deixe o Patinho Feio no passado e assuma o Cisne no qual vc se transformou. Beijo, Re

(mais…)

Cirurgia plástica: o que você pensa sobre isso?

quinta-feira, fevereiro 25th, 2010

Hoje o programa Happy Hour, da GNT, abordou o tema lipoaspiração. Gosto do programa e do bate-papo. Um cirurgião plástico, o músico Jair Oliveira, a atriz Mel Lisboa e uma moça que fez lipo estavam na roda. Bacana a conversa. A Mel abordou uma questão interessante: de ela buscar aceitar quem ela é, do jeito que é, e que a individualidade de cada um é que nos faz especiais. Achei muito legal, mas quero saber de vocês: o que pensam da cirurgia plástica?

Eu não sou radical pelo sim e pelo não. Procuro não acusar as pessoas das suas escolhas, sabem por quê? Pra mim, cada um sabe como é ser quem é. Eu, particularmente, não acho legal a banalização da cirurgia, do tipo faço hoje e dali a um ano faço de novo no mesmo lugar, e de novo dali a mais cinco anos e pronto, virei escrava. O exagero em tudo é o erro. Mas cada um sabe onde aperta seu calo. E se algo que não vai fazer mal a ninguém pode fazer bem para a auto-estima, por que criticar? Que bobagem!

Quantas crianças com “orelha de abano” passam a vida inteira ouvindo piadinha quando poderiam simplesmente, com uma cirurgia, resolver esse “probleminha”? Há cirurgias E cirurgias, então não podemos generalizar. E acho que temos de nos amar como somos, aceitar o corpo que temos, aceitar o rosto que temos e sermos felizes, poxa! Eu sou contra a padronização da mulher, de fazermos cirurgias para ficarmos todas iguais, absolutamente iguais. Mas existem traumas e eles podem sumir com a ajuda da medicina, assim como a plástica pode ajudar tantas pessoas que passaram por acidentes e necessitam de intervenções.

Hoje, e somente hoje, eu digo que não faria lipo. Pode ser que eu queira fazer um dia e se eu quiser, não vejo problema nenhum nisso. E já fiz coisas que as pessoas achavam arriscadas e faria de novo (como a cirurgia para corrigir meu estrabismo), então quem é eu além de mim para saber o quanto minha vida melhorou depois disso? ;-) E não sou padronizada, não sou bonita, não sou emborrachada e não pretendo ser. Mas cada pessoa é única. Por que insistimos que os outros têm que ser como nós?

De qualquer forma, eu quero saber: você já fez uma plástica? Faria, se pudesse, onde? Não faria e por quê?

Alegrias,

Fernanda.

Carnaval com responsabilidade

sexta-feira, fevereiro 12th, 2010

São três jornais para escanear e mostrar para vocês até agora. É engraçado ver minha foto no jornal, a carona lá grande, sendo que eu sempre entrevistei e fiz matéria e agora sou o motivo da matéria. Tô gostando muito, porque escrever é a minha vida. Uma colega aqui da cidade me disse que gostou demais de ”Nove Minutos com Blanda” e emendou “você ainda vai vender muitos livros”. Deus a ouça.

Carnaval está aí. O único lugar em que gostaria de estar, sem ser exatamente na minha casa, é a Bahia. Queria ver de novo aquele mar, sentir o cheiro da moqueca, provar mais uma vez o vatapá… E de lá. Meus amigos Rosi e Gui foram tão bons anfitriões que agora eu só quero ir para a Bahia, Ó Pai Ó! :-)

Mas é aqui mesmo que estarei e preciso desse tempo. Para trabalhar com o livro, meu filhinho literário amado. Para descansar. E para trabalhar com a cobertura do Carnaval da cidade, porque, oras bolas, eu escolhi ser jornalista e não é fácil ;-)

Para quem for pular Carnaval, e gostar de folia: use camisinha. Tá, e você vai me dizer que já sabe e blábláblá, mas chega na hora e esquece? Acabou de conhecer um rapazinho e acha que é o amor da sua vida? Não caia nessa. Usar preservativo é uma prova de amor… à sua vida!!! Não marque bobeira. E se beber, por favor, pegue um táxi ou vá de carona com quem não bebeu. Você não vai ser louco de estragar sua vida inteira porque quer dirigir com álcool no sangue, né? Para quê? Chame o amigo táxi e tá tudo bem. E não abuse da bebida porque ninguém precisa dela para se divertir.

Alegrias (com responsabilidade!)

Fernanda.

Dia do leitor

quinta-feira, janeiro 7th, 2010

Hoje é Dia do Leitor no Brasil. Você sabia? E é engraçado pensar que leitor, para mim, sou eu e é quem me lê. Isso é fantástico! Saber que as pessoas te leem por algum motivo (“Nossa, que loira chata!” também tá valendo, desde que leia, embora eu prefira outras opções). Eu amo meu blog, mas escrever para mim não é só um caderno de memórias ou um passatempo. É profissão. É paixão. É minha vida.

Então quero saber, para comemorar a data de hoje, qual foi o melhor livro que você já leu? E qual seu autor preferido? E seu estilo de livro favorito? (romance, drama, comédia romântica, terror, qualquer coisa vale). Vamos lá, contem tudo!

Eu já li de tudo. Tudo mesmo mesmo mesmo. Mas meu livro favorito, embora pareça clichê (e daí se for?) é Ensaio Sobre a Cegueira. Porque eu fiquei de boca aberta quando li e nada superou até hoje. Meus escritores favoritos são muitos, porque eu adoro muitos estilos. Mas gosto demais de Maurício de Sousa (vale quadrinho, né?), Sidney Sheldon (esse cara era demais, ele sabia prender uma leitura – e se você acha que é muito pop, não sabe o que está perdendo), Stephen King (que faz um terror muito bom, e eu gosto), Clarice Lispector (não só por frases de Orkut, meu povo, mas essa mulher me ensinou o que era epifania na adolescência e eu fiquei fascinada pelos seus livros), Machado de Assis (a quem chamo carinhosamente de Machadão, meu love) e Agatha Christie (delícia de policial, delícia). Esses são meus preferidos assim, na lata, sem precisar procurar na estante, sabem? Mas depois eu conto mais, porque amo livros.

Agora é sua vez, vai.

Qual foi o melhor livro que você já leu?

Qual seu autor preferido?

Qual seu gênero favorito de livro?

Alegrias,

Fernanda.

PS: Eu adoreeeeeei vocês serem curiosos (aqui nesse post). Conto a novidade na próxima semana. Prometo. :mrgreen:

Novidade? Adivinha!

quinta-feira, janeiro 7th, 2010

O ano começou voando, acreditem em mim. Mas tudo bem, eu não abandono vocês e venho bater um papo. 8-) Na primeira aula de natação da semana, nadei 1.000 metros. Pô, mil metros! Para mim, é muito. Tudo bem que eu calculo assim “Quantas piscinas preciso nadar para comer uma panela de brigadeiro?”, o que não é necessariamente um pensamento esportivo, mas tá valendo.

E na aula de ontem foram alguns tiros, aquela coisa horrorosa que você sai nadando sem respirar, muito muito rápido, sabem? Quase morro com isso. Mereço pelo menos umas duas panelas agora.

Em casa, ligo a TV e só desgraça. Não que eu não saiba, eu sei, eu sei, lindos. Eu leio o dia inteiro, eu trabalho num jornal, lembram? Só desgraça, vamos ser sinceros? Eu não gosto disso, nunca fui desse tipo de coisa, nem leio quando posso, e se posso evitar também assistir a telejornais, eu evito. Vou ver A Fazenda, dar risada, brincar com os gatos e ser feliz. Eu rezo a quem precisa de oração, mas não podemos nunca nos alimentar de tragédias alheias, queridos. Eu não sou jornalista abutre. Nunca fui, nunca serei.

E notícia boa? Tem, claro que tem. Mas não é boa, é ÓTIMA. Mas antes de eu contar, que tal você, querido leitor fofo amado cuti-cuti, tentar descobrir? Quem acertar ganha uma bala Juquinha!

Alegrias,

Fernanda.

Ode aos animais

sábado, dezembro 26th, 2009

Oi galera do bem!

Como passaram o Natal? Depois conto sobre o meu :-)

Vamos compartilhar nossas fotos de bichos? Me ajudem a formar um slide bem legal! Comecei um com Polly e Teddy e quero acrescentar os companheiros de vocês aqui. Assim quem tem vergonha de mostrar o rosto também pode participar homenageando seu bichinho, que tal? (Update: Já temos mais fotos de leitores, oba!!!)

Me mandem uma foto de seu bichinho no e-mail contato@fernandafranca.com.br com o nome do animal e o seu nome.

Participem! Quero conhecer o bichinho de vocês e se quiserem contar a história de como foi que o adotaram eu também vou adorar saber.

Alegrias,
Fernanda.

O futuro bem lá na frente

sexta-feira, dezembro 18th, 2009

Hoje fui fazer uma matéria no Centro de Convivência para a Terceira Idade Joaquina Maria de Arruda. Um lugar lindo, como uma chácara, com árvores, lago, refeitório, espaço para fisioterapia, quartos e muito mais. A Prefeitura Municipal mantém um projeto chamado Centro Dia, em que alguns idosos (além daqueles que moram lá) vão passar o dia. Ganham transporte, alimentação e participam de atividades. Na hora de entrevistar, eu logo percebo o clima do lugar. As pessoas não conseguem esconder. E as idosas com quem falei estavam tão felizes que me contagiaram! Todos os Municípios deveriam ter um espaço assim. Mas não é a verdade.

85571665

Estar lá com eles me fez cair uma ficha tão grande. Todos na mesma faixa etária, cabelinhos brancos, e cada um do jeito que deve ter sido a vida toda. Eu sempre imaginei que a idade não nos faz chatos ou bacanas, apenas potencializa o que somos. E com o passar do tempo, não é difícil imaginar que seguimos o ciclo inverso e voltamos, cada vez mais, a ser crianças.

Não sei por que as pessoas têm preconceito com idosos. Falam “ah, aquele velho” ou “a velhota passou na frente da fila”, essas coisas horrorosas. Ser idoso não é um pecado, mas no mundo moderno parece que é. As pessoas não podem envelhecer, colocam cada vez mais botox, esticam tudo e ficar velho é… psiiiiuuuu fala baixo… é uma contravenção! “Credo, eu? Eu não, sou jovem”. É jovem, mas não para sempre. Nenhum de nós será para sempre.

_18122009_idosos01As pessoas tendem a ter empatia por crianças, mas deprezo pelos idosos. E para onde vamos, afinal? Se tivermos SORTE, é para lá que vamos. Porque só não fica velho quem morre antes, meus caros. Envelhecer deveria ser encarado com mais naturalidade. As mudanças no corpo devem acontecer, mas por que os mais jovens se acham melhores se não têm a experiência dos mais velhos?

Eu adoro falar com idosos, sou um chamariz. Os do prédio, quando me veem, já sabem que podem conversar porque eu sempre puxo papo. Na rua, de tanto eu dar Bom Dia, há vezes que eles mesmos me cumprimentam quando eu não os vejo. Eu gosto, principalmente, de ouvir histórias. De saber de onde vieram, quantos filhos tiveram, por que estão onde estão, o que fazem. Eu ADORO ouvir histórias de idosos. Eles têm tanto para nos ensinar, sabem?

IS098RD0KE todos chegaremos lá. Eu, você, a pessoa ao lado. O que eu imagino é que devemos dar atenção às necessidades da terceira idade, porque cada vez mais se vive mais, e é bom viver com saúde, na atividade. Eu me imagino bem velhinha (minha bisavó se foi quando tinha 99 anos, eu vou seguir a linha da família), lúcida (mas sem memória, óbeveeeo) e escrevendo livros. Que eu espero que até lá sejam lidos por muita gente. E vocês, como imaginam o futuro bem lá na frente?

Alegrias,

Fernanda.

Fotos GettyImages

Caderno de perguntas virtual

quinta-feira, dezembro 17th, 2009

Esse site é tipo caderno de perguntas (lembram, moçada?). Todo mundo tem agora, mas taqui o meu: http://www.formspring.me/fernandafranca. O bom é que os caras-de-pau podem perguntar anônimos. Quem quiser, pode deixar o nome. Mas tô me sentindo com 12 anos, isso tô.

Quem é que nunca respondeu um caderno de perguntas? Se quiser perguntar, vai lá.

Alegrias,

Fernanda.